Previsão do Tempo

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Viana do Castelo

Filme promocional turístico de Viana do Castelo from Alain Balões Special Events on Vimeo.


A cultura, tradições, folclore, artesanato, arquitectura, modernidade e muito mais num filme que apresenta a beleza de Viana do Castelo.

O 31 de Janeiro de 1891 em Portugal



A 31 de Janeiro de 1891 aconteceu no Porto a primeira tentativa revolucionária com o fim de destronar o regime monárquico. A evocação do 31 de Janeiro há-de ser para nós, hoje, não uma simples nostalgia, que continua a levar às campas dos Vencidos a fidelidade reconhecida dos correligionários irmanados dos ideais da liberdade, da igualdade e da fraternidade, mas também uma afirmação viva desta nossa Segunda República, continuadora das lutas que, ao longo de mais de um século e neste limiar de milénio, deram ao povo português a sua dignidade e autonomia cívica, sem as quais, quer no plano político quer no plano ético, não há democracia digna desse nome.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Momento de poesia - António Aleixo

O Pintor

Eu comecei com jeitinho
A compor o ramalhete;
Primeiro foi com azeite
E depois foi com cuspinho.
No começo era estreitinho,
Custava o pincel a entrar...
Começa a dona a gritar:
"Não me parta a tigelinha",
Mas que coisa engraçadinha,
Fui uma noite pintar...
.
Comecei devagarinho...
Quando fui ao outro mundo
Meti o pincel ao fundo
E parti o canequinho.
Até mesmo o pincelinho
Veio de lá todo pintado,
Eu já estava desmaiado,
Perdendo as cores do rosto;
Mas pintei com muito gosto
Com um caneco emprestado.
.
Vem a mãe toda zangada:
"Tem que pagar-me a vasilha...
No caneco da minha filha
Não pinta você mais nada...
...Lá isto, a moça deitada,
Sem poder levantar-se,
Com tanta tinta a pingar
No lugar da rachadela!..."
"Diga lá, que desculpe ela,
Eu pintei sem reparar!"...
.
Pra que vejam que sou pintor
E meu pincel nunca deixo;
Pra que saibam que o Aleixo
Não é somente cantor...
Também pinto qualquer flor
E faço qualquer bordado;
Mas aqui o ano passado,
Perdi, de pintar, o tino...
Fui pintar, fiz um menino,
Pintei e fiquei pintado.
.
.

António Aleixo

Praxes e ainda mais praxes!...



Academia de Submissos (2004/2005) é um documentário amador, sem intuitos comerciais, e fruto de um trabalho académico que foi concebido em 2004 com recurso a apenas uma pequena handycam de 300 euros.

Foram capturadas 70 horas de filmagens, e toda a sua realização foi um processo de acompanhamento constante durante 2 meses e meio das praxes académicas numa instituição do ensino superior.

É um trabalho que pretende entreabrir uma janela para o mundo das praxes, às vezes olhado com preconceito, ao qual nem sempre temos acesso, e que não deve deixar de ter a nossa atenção.

É a história de um grupo de caloiros e veteranos, que procuram com todas as suas forças ganhar um desfile, para assim provarem que são a melhor escola do ano. O processo de integração dos caloiros está directamente relacionado com a preparação do desfile, e a rivalidade entre escolas é levada ao extremo. É uma "guerra" que apenas uma escola pode ganhar.

PROFESSORA DE COIMBRA ACUSA REITORES DE FALTA DE CORAGEM PARA AGIR CONTRA PRAXES



Catarina Martins, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, diz que tem havido falta de coragem dos reitores para agir contra a vontade dos estudantes por causa das dificuldades financeiras no Ensino Superior. A docente promoveu, em 2012, uma petição contra as praxes e, no Opinião Pública desta manhã, explicou algumas das razões do movimento.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Sobre as praxes fala quem sabe!...

A Terceira Onda - Fascismos Na Escola [Legendado]





Em 1967, Ron Jones, um jovem professor de História californiano, criou um estado fascista virtual dentro do seu instituto. O seu objetivo era afastar os seus alunos dos atrativos do totalitarismo e do sentimento de pertença a um grupo. Desta forma pôs em funcionamento uma audaz experiencia social que superou as suas melhores expectativas, ou melhor, os seus piores pesadelos. Os estudantes envolvidos, 30 no princípio, passaram a ser 200. Entre eles cumprimentavam-se de uma forma específica e havia uma série de informantes que agiam como membros da Gestapo. Era, em suma, uma fiel recriação das raizes do Terceiro Reich. O grau de furor que Jones provocou serviu para distanciar os seus alunos de uma crescente onda de relativismo moral, mas à custa dos estudantes ficarem marcados na vida pela lembrança nefasta do que tinham levado a cabo. Esta experiência, denominada como a Terceira Onda, foi um simples episódio na História, mas que nos serve a todos como um alerta permanente. O relato do que ocorreu e poderia ocorrer facilmente novamente é de leitura obrigatória em escolas na Alemanha e no resto da Europa. Esta fascinante história real serviu de base para o best seller mundial A onda, a partir do qual se rodou também um filme com um titulo homónimo.

Para esta tarde de Domingo nada melhor que o filme a onda 2008





Um filme que retrata uma experiência feita numa sala de aula por um professor que pretendia provar aos seus alunos cépticos que algo como o nazismo podia perfeitamente voltar a repertir-se. O filme passa-se na Alemanha mas baseia-se numa experiência realizada nos EUA nos anos 60.

E esta? Hem!

sábado, 25 de janeiro de 2014

O QUE SE PASSA POR CÁ…

O QUE SE PASSA POR CÁ…


 
Cliquem nos itens abaixo para saber. Não deixem de ver o último!
  1. Em flores
  2. Em Assistentes pessoais
  3. Em cantinas
  4. Em subvenções vitalícias, precoces e que dobram de valor aos 60 anos
  5. Em Golf subsidiado, é essencial
  6. Em regalias aos ex-presidentes
  7. Em despesismo inútil
  8. Em Regalias e mais regalias aos deputados
  9. Em Incompetência / irresponsabilidade
  10. Majestoso menu de luxo, da AR
  11. Em video, mais luxos
  12. Os carros de luxo... ou bólides
  13. O orçamento da AR de 2013, engorda?
  14. Deputados defendem o povo, atacam deputados?
  15. Em Água mineral, por favor.
  16. Deputados representam o interesse dos deputados
  17. Em numerosos de deputados
  18. O futuro dourado
  19. Marinho Pinto tenta enfrentar os deputados advogados
  20. os privilegiados
CORRUPÇÃO À DESCARADA

Veja quem é o seu ídolo!...



Quem é o Grande exemplo da tua vida?


São só 2 ou 3 continhas e será revelada uma grande surpresa, algo que ainda não tinhas consciencializado!
Mas não faz mal... Mais vale tarde do que nunca...

1) Escolhe o teu número preferido de 1 a 9;
2) Multiplica-o por 3;
3) Soma 3 ao resultado;
4) Multiplica o resultado por 3;
5) Soma os dígitos do resultado.

Anda para baixo...




Vê o número que corresponde ao teu exemplo de vida :

1. Albert Einstein
2. Nelson Mandela
3. Ayrton Senna
4. Helen Keller
5. Bill Gates
6. Gandhi
7. George Clooney
8. Thomas Edison
9. Passos Coelho
10. Abraham Lincoln



P.S.: Pára de escolher outros números, este é o teu ídolo, ADMITE-O!!!!!!!!!

Os amigos nunca se esquecem!

"Quando o governo ataca as funções sociais do Estado, ataca a democracia...

Para onde caminhamos... O rumo de Portugal.



Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos.

Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal-agradecidos, protestamos. Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estoico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.

O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão.

O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.

Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver:
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo
que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores, que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia-miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.

As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.

Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia.
Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito.
Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis.
Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar do D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de
Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar.

Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.

Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval. Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.

Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os
processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.


António Lobo Antunes

Ao 1º Ministro Passos Coelho


Por: Ricardo Araújo Pereira 
"Caro Sr. primeiro-ministro, O conjunto de medidas que me enviou para apreciação parece-me extraordinário. Confiscar as pensões dos idosos é muito inteligente. Em 2015, ano das próximas eleições legislativas, muitos velhotes já não estarão cá para votar. Tem-se observado que uma coisa que os idosos fazem muito é falecer. É uma espécie de passatempo, competindo em popularidade com o dominó. E, se lhes cortarmos na pensão, essa tendência agrava-se bastante. Ora, gente defunta não penaliza o governo nas urnas. Essa tem sido uma vantagem da democracia bastante descurada por vários governos, mas não pelo seu. Por outro lado, mesmo que cheguem vivos às eleições, há uma probabilidade forte de os velhotes não se lembrarem de quem lhes cortou o dinheiro da reforma. O grande problema das sociedades modernas são os velhos. Trabalham pouco e gastam demais. Entregam-se a um consumo desenfreado, sobretudo no que toca a drogas. São compradas na farmácia, mas não deixam de ser drogas. A culpa é da medicina, que lhes prolonga a vida muito para além da data da reforma. Chegam a passar dois ou três anos repimpados a desfrutar das suas pensões. A esperança de vida destrói a nossa esperança numa boa vida, uma vez que o dinheiro gasto em pensões poderia estar a ser aplicado onde realmente interessa, como os swaps, as PPP e o BPN. Se me permite, gostaria de acrescentar algumas ideias para ajudar a minimizar o efeito negativo dos velhos na sociedade portuguesa:
1. Aumento da idade de reforma para os 85 anos. Os contestatários do costume dirão que se trata de uma barbaridade, e que acrescentar 20 anos à idade da reforma é muito. Perguntem aos próprios velhos. Estão sempre a queixar-se de que a vida passa a correr e que 20 anos não são nada. É verdade: 20 anos não são nada. Respeitemos a opinião dos idosos, pois é neles que está a sabedoria.
2. Exportação dos velhos. O velho português é típico e pitoresco. Bem promovido, pode ter aceitação lá fora, quer para fazer pequenos trabalhos, quer apenas para enfeitar um alpendre, um jardim.
3. Convencer a artista Joana Vasconcelos a assinar 2.500 velhos e pô-los em exposição no MoMa de Nova Iorque.
Creio que são propostas valiosas para o melhoramento da sociedade portuguesa, mantendo o espírito humanista que tem norteado as suas políticas.
Cordialmente,
Nicolau Maquiavel"