Previsão do Tempo

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Canastreiro

Povo que lavas no rio



Povo 

Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!


Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!

Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!

Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!

Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!

Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seio...
Mas a tua vida, não!

Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida, não!

Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!

Pedro Homem de Mello, in "Miserere"
(Cantada por Amália Rodrigues)

sábado, 17 de maio de 2014

SÁBADO 17 DE MAIO DE 2014 - DIA DE PRIMAVERA A FUGIR PARA O VERÃO E UMA MÚSICA REFRESCANTE DA NAIFA


Eu que em comovo
Por tudo e por nada
Deixei-te parada
Na berma da estrada
Usei o teu corpo
Paguei o teu preço
Esqueci o teu nome
Limpei-me com o lenço
Olhei-te a cintura
De pé no alcatrão
Levantei-te as saias
Deitei-te no banco
Num bosque de faias
De mala na mão
Nem sequer falaste
Nem sequer beijaste
Nem sequer gemeste
Mordeste, abraçaste
Quinhentos escudos
Foi o que disseste
Tinhas quinze anos
Dezasseis, dezassete
Cheiravas a mato
À sopa dos pobres
A infância sem quarto
A suor a chiclete
Saiste do carro
Alisando a blusa
Espiei da janela
Rosto de aguarela
Coxa em semifusa
Soltei o travão
Voltei para casa
De chaves na mão
Sobrancelha em asa
Disse: fiz serão
Ao filho e à mulher
Repeti a fruta
Acabei a ceia
Larguei o talher
Estendi-me na cama
De ouvido à escuta
E perna cruzada
Que de olhos em chama
Só tinha na ideia
Teu corpo parado
Na berma da estrada
Eu que me comovo
Por tudo e por nada

Mundo Cão..."O Bandido Solitário"...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Benfica.A diferença entre um árbitro competente e um artista.





Arbitro Manda repetir uma penalidade 3 vezes , por fazer o mesmo que o Beto fez!!

O Fado do Antoninho







Foi no Domingo passado que eu passei
À casa onde vivia o Antoninho
Mas está tudo tão mudado
Que não vi em nenhum lado
Os tais agentes da PIDE bonitinhos


Canção que se cantava às escondidas na Guerra Colonial.
Do Cancioneiro do Niassa, (Guerra Colonial, em Moçambique), sobre a música do fado "Dar de Beber à Dor", de Alberto Fialho Janes. Interpretação pela voz de Teresa Tapadas e guitarra de Mário Delgado. Do CD de João Maria Pinto «O Cancioneiro do Niassa - Canções Proibidas». Imagens: Cartoons de João Abel Manta.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Vista nocturna da Ponte 25 de Abril - Lisboa Portugal



Vista de Lisboa para a Ponte 25 de Abril e o Santuário Nacional de Cristo Rei, Almada

DEBATE NA ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL PARA O PARLAMENTO EUROPEU

ELEIÇÕES EUROPEIAS

A Associação 25 de Abril tomou a iniciativa de convocar os cabeças de lista dos partidos que têm representantes no Parlamento Europeu, para um debate sobre as várias opções que os partidos apresentarão durante a campanha que se iniciou hoje.
Julgamos que esta é uma oportunidade única, de conhecer o pensamento de cada um, num debate em que são colocados frente a frente, perante uma plateia que tem uma competência especial para avaliar os argumentos que os concorrentes irão apresentar e que necessariamente condicionará muito qualquer tendência que pudesse aparecer para se exagerar ou utilizar argumentos evidentemente demagógicos.
Por outro lado irão certamente esgotar aqui todas as variantes que farão repertório durante a campanha.
Em resumo, pensamos que pouco mais ou nada será acrescentado ao que aqui for dito
Por João Ferreira pelo Partido Comunista Português, Marisa matias pelo Bloco de Esquerda, Francisco Assis Pelo Partido Socialista e Paulo Rangel pelo PPD/PSD.






CONCLUSÕES FINAIS

E foi assim que a águia foi abatida!...



As novas leis para a marcação de penalidades no futebol, nem cinco árbitros conseguiram ver a adiantamento do guarda redes.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Que a águia não pare de voar - VIVA O BENFICA!

Águia

Os espigueiros (Galiza/Norte de Portugal)

Os espigueiros eram símbolo de riqueza, o tamanho indicava a riqueza que possuía o dono da casa.



O espigueiro maior da Galiza é o de Araño de Rianxo, com 37,05 mts. de comprimento.



Espigueiro de Carnota


O de Carnota (na foto) mede 34,7 metros, tem 22 pares de pés e foi construído em 1.768.

Dois espigueiros na Vila de Ruivães - Portugal


Espigueiro de Cidadelhe