Previsão do Tempo

domingo, 6 de julho de 2014

Usos e Costumes de "Antigamente" | Ponte de Lima, Minho - Portugal

A NÃO PERDER, ACOMPANHAMENTO BRILHANTE!...




COMO ESTACIONAR O CARRO DEPOIS DOS 70 ANOS ...




O MINHO E TODO O SEU EXPLENDOR!..




TALENTO É TALENTO!...




Neves-Corvo, Alentejo.

Alentejo - The song of the Earth from Daniel Pinheiro - Wildlife Films on Vimeo.

Neves-Corvo, Alentejo. A região mineira mais ativa em Portugal, onde está localizada uma das maiores minas de cobre na Europa.No entanto, a riqueza dessas terras não é apenas no subsolo. Na superfície, a biodiversidade prospera Entre as estepes cerealíferas e azinheira montado. Uma viagem através dos vários habitats da região, revelando alguns de seus mais animais e plantas característicos e como eles se adaptaram a um ambiente de extremos. A relação entre homem e natureza e como ela tem-se em forma durante séculos. Uma história de cooperação contada na primeira pessoa.

Uma viagem pela natureza de Portugal continental.

SPIRIT OF LUSITANIA from Daniel Pinheiro - Wildlife Films on Vimeo.

O burro que queria ser cavalo!...




Redacção: O que eu quero ser quando for grande


O que eu quero ser quando for grande

Andava eu na quarta classe e fiz uma redacção
sobre o que eu queria ser um dia quando crescesse
Quero ser um marinheiro, sulcar o azul do mar
vaguear de porto em porto até um dia me cansar
quero ser um saltimbanco, saber truques e cantigas
ser um dos que sobe ao palco e encanta as raparigas
A sessôra chamou-me ao quadro e deixou-me descomposto
Ò menino atolambado, que gracinha de mau gosto
Lá fiz outra redacção, quero ser um funcionário
ser zeloso, ter patrão, deitar cedo e ter horário
ser um barquinho apagado sem prazer em navegar
humilde, bem comportado, sem fazer ondas no mar
A sessôra bateu palmas e deu-me muitos louvores
apontou-me como exemplo e passou-me com quinze valores

Carlos Tê

sábado, 5 de julho de 2014

A Grande Rota da transumância

Grande Rota da Transumância from MPAGDP on Vimeo.

Mãos que fazem, que criam e que transformam!...




O tempo de Sofia!...



Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação
Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão
Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça.


Sophia de Mello Breyner Andressen

Hoje é sábado e como tal temos música!


Bem te avisei, meu amor
Que não podia dar certo
E que era coisa de evitar
Como eu, devias supor
Que, com gente ali tão perto,
Alguém fosse reparar
Mas não!
Fizeste beicinho e,
Como numa promessa,
Ficaste nua p'ra mim
Pedaço de mau caminho
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?
Embora tenhas jurado
Discreta permanecer
Já que não estávamos sós
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer
Vieram saber de nós
Nem dei pelo que aconteceu
Mas mais veloz e mais esperta
Só te viram de raspão
A vergonha passei-a eu
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A 4 de Julho de 1811, nascia em Godim, Peso da Régua, D. Antónia Adelaide Ferreira



A 4 de Julho de 1811 - faz hoje 203 anos - nascia em Godim, Peso da Régua, D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida por Ferreirinha, e foi uma empresária portuguesa de sucesso no século XIX.
Ficou conhecida por se dedicar ao cultivo do Vinho do Porto e pelas notáveis inovações que introduziu. A sua família era muito abastada, possuía muito dinheiro e vinhas.
O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se interessou pela cultura da família e esbanjou grande parte da fortuna.
D. Antónia teve dois filhos: uma menina, Maria de Assunção, mais tarde Condessa de Azanbuja, e um rapaz, António Bernardo Ferreira .
Ficou viúva muito nova (33 anos), a viuvez despertou nela a sua verdadeira vocação de empresária.
Sabe-se que a Ferreirinha, como era carinhosamente conhecida, se preocupava com as famílias dos trabalhadores das suas terras e adegas.
Apoiada pelo administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido, Antónia Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos espanhóis. Debateu-se contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para obter informação sobre os meios mais modernos e eficazes de combate a esta peste, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho.
A Ferreirinha investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais expostas à radiação solar, sem abandonar também as plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais.
A Quinta do Vesúvio, uma das suas muitas propriedades, era por ela percorrida e vigiada de perto. No ano de 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto.
Quando faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta quintas. Do Douro para o mundo passou a lenda da sua tenacidade e bondade.
(Wikipédia)
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O ano de 1868 foi um ano excelente, as qualidades de vinho eram enormes e os viticultores não conseguiam vender o seu vinho. D. Antónia compra enormes quantidades de vinho para ajudar os agricultores na luta contra os baixos preços praticados pela abundância de vinho.
Dois anos mais tarde surge a praga do oídio que destrói quase a totalidade dos vinhedos, atirando os Durienses para a miséria.
Mulher com uma capacidade enorme de negociar, pôde com alguma facilidade negociar com os ingleses todo o seu vinho que permanecia nos armazéns, contribuindo, assim, para um enriquecimento da casa Ferreira.

"Mãe é Mãe! Sogra é Sogra"!

A diferença entre ser sogra do genro e sogra da nora
Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem.
Uma pergunta à outra:
- Como vão seus dois filhos... a Rosa e o Francisco?
- Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso. É ele que levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, arruma a casa, lava as louças, recolhe o lixo e ajuda na faxina.
Só depois é que sai para trabalhar, em silêncio, para não acordar a minha filha. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!
- Que bom, heim amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também?
- Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, arrumar a casa, lavar a louça, recolher o lixo e ainda tem que ajudar na faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar, em silêncio, para sustentar a preguiçosa, vagabunda, encostada da minha nora - aquela porca nojenta e mal agradecida!
CONCLUSÃO:

"Mãe é Mãe! Sogra é Sogra"!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A coisa e a importância da coisa!



A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia.
"Coisas" do português.
Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": Ô, seu "coisinha", você já "coisou" aquela coisa que eu mandei você "coisar"?
Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: Segura a "coisa" com muito cuidado / Que eu chego já."
Já em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. (menos o trem, que lá é chamado de "coisa"). A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a "coisa"!.
E, no Rio de Janeiro? Olha que "coisa" mais linda, mais cheia de graça...
A garota de Ipanema era coisa de fechar o trânsito! Mas se ela voltar, se ela voltar, que "coisa" linda, que "coisa" louca. Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino.
Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa também não tem tamanho.
Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira um monte de coisas...

Mas a "coisa" tem história mesmo é na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, a coisa estava na letra
das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: Prepare seu coração pras "coisas" que eu vou contar..., e A Banda, de Chico Buarque: pra ver a banda passar, cantando "coisas" de amor... Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "coisa" linda, "coisa" que eu adoro!

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade afinal, são tantas "coisinhas" miúdas. E esse papo já tá qualquer "coisa". Já qualquer "coisa" doida dentro mexe...
Essa coisa doida é um trecho da música "Qualquer Coisa", de Caetano,que também canta: alguma "coisa" está fora da ordem! e o famoso hino a São Paulo: "alguma coisa acontece no meu coração"!

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar.
Uma coisa de cada vez, é claro, afinal, uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal e coisa, e coisa e tal.

Um cara cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques.
Já uma cara cheio das coisas, vive dando risada. Gente fina é outra coisa.
Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Político, quando está na oposição, é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura.
Quando elege seu candidato de confiança, o eleitor pensa: Agora a "coisa" vai... Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Se as pessoas foram feitas para serem amadas, e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.

Mas, deixemos de "coisa", cuidemos da vida, senão chega a morte, ou "coisa" parecida... Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento:

"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS "COISAS".

Entendeu o espírito da coisa?


Francicarlos Diniz - jornalista e escritor, pós- graduado em Comunicação pela USP