Previsão do Tempo

terça-feira, 14 de outubro de 2014

O Fado do Antoninho

A BATALHA DO "AUGUSTO DE CASTILHO"

A BATALHA DO "AUGUSTO DE CASTILHO"









Completam-se amanhã 96 anos sobre o dia em que o “Augusto de Castilho”, dando combate a um submersível alemão, salvou o paquete “S.Miguel” e todos os que nele viajavam. Fica aqui uma pequena evocação.
Decorria a 1ª Guerra Mundial em Outubro de 1918 e apesar do perigo que a arma submarina já representava, era aguardado, a meados do mês, em Ponta Delgada, o paquete “S. Miguel”, da Empresa Insulana de Navegação, na viagem regular da carreira. O “S. Miguel” era um paquete misto, de cerca de 2500 toneladas e 91 metros de comprimento, que tinha capacidade para 220 passageiros. Fez a carreia da Madeira e Açores entre 1905 e 1930.
O “S. Miguel” vinha do Funchal sob escolta de um navio da Marinha, o caça minas “Augusto de Castilho”, que tinha como missão principal, havia quase dois anos, escoltar navios mercantes. O “Augusto de Castilho” era um navio de pesca do tipo arrastão, que se tinha chamado “Elite”, que foi requisitado e armado depois de Portugal entrar na 1ª Guerra Mundial. Deslocava 513 toneladas e media 49 metros de comprimento.
Iniciava-se o dia 14 de Outubro de 1918, quando o vigia do “Augusto Castilho” assinalou, na proximidade, um submersível alemão a navegar à superfície. Tratava-se do U-139, que pertencia ao tipo de submersíveis maiores que a Alemanha dispunha nesse ultimo ano da Guerra. O objectivo central do U-139 era afundar o paquete de um país inimigo. O U 139 pertencia à classe dos maiores submersíveis que a Alemanha possuía, media mais de 90 metros, deslocava cerca de 2000 toneladas e estava armado com torpedos e com duas peças de 150mm.
O 1º Tenente Carvalho Araújo, Comandante do “Augusto Castilho”, que tinha como missão defender o “S. Miguel”, não hesitou em agir em conformidade com essa missão, navegando em aproximação do U-139, dando-lhe combate. Com este procedimento ficou criada a possibilidade do “S. Miguel”, navegando a toda a velocidade, se afastar do submersível que o ameaçava e rumar para Ponta Delgada, onde chegou um dia e pouco depois.
Enquanto o “S. Miguel”, usando toda a potência que as suas caldeiras geravam, se afastava e desaparecia no horizonte, o “Augusto de Castilho”, usando as duas peças ligeiras de artilharia que estavam instaladas a bordo, uma em caça à proa e outra em posição de retirada à popa, aguentou, durante mais de duas horas um combate que só parou quando as munições se esgotaram e a máquina parou.
Esta acção do “Augusto de Castilho” representa um acto útil de heroísmo concreto, na medida em que o pequeno, mal armado e improvisado navio de escolta, atacando o submarino, possibilitou que o paquete escoltado pudesse escapar e chegar, são e salvo, a Ponta Delgada. No combate perderam a vida 6 dos 41 tripulantes do navio, entre os quais o Comandante, 1º Tenente Carvalho Araújo. Seguiu-se a longa e penosa travessia de 200 milhas dos sobreviventes, usando um escaler e um bote, sendo que o escaler alcançou Vila do Porto em 48 horas e o bote o Nordeste, ao fim de 6 dias.
Vinte e oito dias depois deste combate terminava, a 11/11/1918, a 1ª Guerra Mundial.
Quem tiver curiosidade em conhecer pormenores sobre o combate e o salvamento dos náufragos deve ler a narrativa “Duzentas Milhas a Remos” da autoria de Luís José Simões, chefe de máquinas do “Augusto de Castilho”. Tal narrativa está publicada na colectânea “Naufrágios, Viagens, Fantasias e Batalhas”, organizada por João Palma Ferreira e editada pela Imprensa Nacional Casa da Moeda em 1980.
Horta, 13 de Outubro de 2014 
José Decq Mota

CARTA ABERTA A NUNO CRATO!



Caro Nuno,

Acho que, depois do que temos passado juntos, já posso tratar-te por tu. Não é, pá?
Desculpa lá estar a chatear-te, ainda por cima nesta altura, em que estás a tentar dar uma de bombeiro. Acabei de ler a tua mais recente pérola, “temos aqui um fogo e vou ter que ser eu a apagá-lo”. Só te ficam bem esses sentimentos, mas permite-me que atire mais umas achas para a tua fogueira, Nuno.
Há 15 anos que a minha casa é a minha mala de viagem. Há 15 anos que salto de quarto alugado em quarto alugado. Há 15 anos que vivo sem poiso, sem certezas, sem futuro. Há 15 anos que sou professor (não sei se já tinhas percebido…)
Eu sei que deve ser difícil para ti imaginar, enquanto estás aí sentado na tua cadeira adquirida num qualquer antiquário, na tua casa provavelmente já paga, com o teu trabalho (este ou outro qualquer) certamente assegurado. Mas deixa-me dar-te umas luzes do que é a minha vida.
Eu sou apenas um entre as largas centenas de gajos e gajas responsáveis por educar os futuros cidadãos deste país. É em nós que os papás que não têm dinheiro para por os seus filhotes em colégios privados depositam as suas esperanças de transformar os seus bezerros em seres pensantes, socialmente e laboralmente produtivos.
Num país civilizado, eu pertenceria a uma das classes profissionais mais respeitadas. Mas não. Eu sou um nómada, um marginal. Não tenho casa, tenho um carro a cair de podre. Não posso casar, não posso ter filhos. Não posso ter uma vida normal. Não ganho para isso e, mesmo que ganhasse, quem é que quer ter uma relação com um gajo que passa um ano em Bragança e o seguinte no algarve? Quem é que quer sequer namorar com uma pessoa que não sabe onde é que vai viver daqui a seis meses?
Eu e os meus colegas, caro Nuno, somos um exército de zombies com diploma. Parecemos vivos mas, na verdade, estamos mortos. Fomos condenados a prisão perpétua por termos escolhido a profissão que amamos. “Emigrem!”, podes estar a pensar para com os teus botões, embora saibas que não o podes dizer em voz alta. E se eu não quiser emigrar, Nuno? E se eu quiser ajudar o meu país? E se eu ainda acreditar que posso ajudar a educar os filhos dos poucos que ainda se atrevem a tê-los, nesta terra que rejeita os seus mas depois exige tudo de quem cá fica?
Havias de visitar uma sala de professores, Nuno. Havias de ver com os teus próprios olhos. Os corpos cansados, a angústia, a raiva. A frustração. A corrida contra um tempo que teima em fugir, porque as 24 horas do dia não chegam para cumprir objetivos ridículos, metas inalcançáveis, tabelas, gráficos, percentagens impossíveis. Tudo para que tu e os teus comparsas possam apresentar os números redondinhos de sucesso escolar. Como se tu tivesses feito alguma coisa para que isso acontecesse!
Somos nós, Nuno. Nós, que acreditamos. Nós, que renunciámos involuntariamente à família, à terra, aos amigos, ao amor, para entrar todos os dias antes que dê o segundo toque, munidos de fichas, apontamentos, cálculos. Somos nós, Nuno, a escola somos nós. Não és tu. Não são os teus números. Não é o teu programazinho de computador que tem achaques e desata a transformar a nossa vida num inferno.
A culpa é tua, Nuno. Mas não peças desculpa. Vai-te embora. E fecha a porta.

Cancioneiro do Niassa (João Maria Pinto e Carlos Macedo) - "Hino de Vila...

Taberna do Diabo

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Cancioneiro do Niassa (João Maria Pinto e Janita Salome) - "Erva lá na p...

Cancioneiro do Niassa - Guerra do Ultramar - Moçambique

CANCIONEIRO DO NIASSA





" O CANCIONEIRO DO NIASSA, É UM DOCUMENTO HISTÓRICO DE UM VALOR SIMBÓLICO IMPORTANTE PARA CONHECER O CONTEXTO POLÍTICO, SOCIAL E CULTURAL QUE SE VIVIA NA ÉPOCA DA GUERRA COLONIAL."
PESQUISA E MONTAGEM , POR DOMINGOS SOBREIRO.

Beatles panqueca

Publicação das primeiras páginas dos jornais publicados hoje - 14/10/2014











Explica-me o "mantêm-se" e o "manter-se-ão" de Crato... :: Inferno T4 Ep.29

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Nunca acredite em sondagens!



AVISO IMPORTANTE: NUNCA ACREDITE EM SONDAGENS ! ...
As sondagens não refletem a tendência do eleitorado.

Um grande amigo meu realizou um levantamento por conta própria e concluiu que a próxima Presidente da República
vai ser, nem mais nem menos, que a mãe dele!
Metodologia de amostragem que ele aplicou neste estudo, foi a seguinte:


Ele telefonou para 3.547 pessoas

Entre as duas e as cinco horas da madrugada

e perguntou:

- EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR PARA PRESIDENTE?

Todos os entrevistados, sem excepção, responderam:


“ NA PUTA QUE TE... P….U”

ESTÁ MUITO BOA ESTA.

Pela terras de afeto de João de Araújo Correia - Caminhada (2013)

Salzedas - Aldeia Vinhateira do Douro (2013)

Trevões - Aldeia Vinhateira do Douro (2013)

Ucanha - Aldeia Vinhateira do Douro (2013)

Favaios - Aldeia Vinhateira do Douro (2013)

Provesende - Aldeia Vinhateira (2013)

Aldeia Vinhateira de Barcos, Tabuaço





Esta é uma das mais antigas aldeias da região do Douro Vinhateiro, e onde já inúmeras casas sofreram um processo de restauro, sem se perder a sua tipicidade. Digna da sua visita e a Igreja Matriz, classificada como Monumento Nacional, que remonta ao século XII e possui um interior ricamente decorado com um tecto todo pintado com representações das cenas da vida de Cristo e um explendorosos altar em talha dourada. Demarca-se na paisagem pelo seu conjunto urbanístico, denotando-se, à primeira vista, que o núcleo primitivo organizou-se em redor da Igreja Matriz.