Previsão do Tempo

terça-feira, 28 de outubro de 2014

SAFFRA - Safra Deste Ano





SAFFRA é a colheita deste ano. Um projeto que funde a música tradicional portuguesa com a modernidade do Fado e que desperta cinematograficamente através da sonoridade clássica. Das cordas e percussão, ressalta a pureza do piano de Tiago Machado, produtor e co-autor de um disco que une composições de Diogo Clemente, Dulce Pontes, Manuel Paulo, Jorge Fernando e Tiago Torres da Silva. Fernando Fernandes, FF, é a voz destas canções, revelando, pela primeira vez, a sua essência enquanto cantor e compositor naquele, que considera ser o seu primeiro disco a solo. De forma naif mas consciente, SAFFRA transporta-nos à infância, balançando no peso da Saudade mas sempre com o optimismo da colheita.

AVALIAÇÃO EXTERNA E AUTOAVALIAÇÃO DAS ESCOLAS

AVALIAÇÃO EXTERNA E AUTOAVALIAÇÃO DAS ESCOLAS


Estão, para mim, entre as perversidades mais graves que, atualmente, afetam a Escola. A avaliação externa é, de facto, o grande projeto educativo de todas as escolas. Estas moldam a sua organização e as suas práticas para ficarem “bem avaliadas”. A natureza da autoavaliação é mais uma das consequências da referida moldagem.
A troco de alguns rebuçados ̶ porque não passa disso ̶ as escolas vão respondendo assertivamente aos inquéritos da IGE (nos quais tudo fica muito mais rosado), vão apertando os garrotes administrativos e pedagógicos para “forçar” o sucesso numérico, vão inventando estratégias de ocultação da indisciplina, vão fazendo mais o que a Inspeção quer do que aquilo que, realmente, acham que deveria ser feito. Tudo para ficarem bem na fotografia e para poderem “aparecer” como escolas de excelência. É curioso, pois nunca ouvi tantas vezes esta palavra como agora! Vamos todos a caminho da excelência! Certas coisas, quando repetidas até à exaustão, acabam por se tornarem “verdadeiras”.
As escolas, sobretudo as mais “celentes”, têm autênticas máquinas de registar, somar, dividir, fazer médias, percentagens, gráficos, grelhas, relatórios… Enfim, uma “torre babelística” consumidora de meios tecnológicos, de papel e de tempo dos profissionais da docência. Não sou contra a autoavaliação, entenda-se. Mas sou contra a sua sacralização, a sua macrocefalia, a sua submissão completa aos ditames da avaliação externa.

A PERVERSIDADE
É muito provável que a imagem da Escola que resulta dos processos de avaliação externa e de autoavaliação seja belamente cruel com todos os estabelecimentos de ensino, com os profissionais que aí trabalham e com os alunos. Não me admira nada que todos os índices e todos os resultados estejam a melhorar, quando as escolas estão a perder imensos professores, imensos funcionários e as turmas engordam em número de alunos. Um dia destes, o Ministério da Educação cala-nos a todos com esses dados.

PERVERSIDADE DAS PERVERSIDADES
Quanto menos professores, menos funcionários e mais alunos por turma, mais sucesso e menos indisciplina há nas escolas.


Luís Costa

O Pão de Ló





O pão-de-ló costumava fazer-se em casa e bater-se à mão. Era um trabalho de mulheres determinadas, de braços fortes e enérgicos, que durante quase uma hora batiam os ovos e o açúcar até os transformarem numa espuma cremosa e delicada. A tarefa era árdua e justificava a entreajuda, a partilha do esforço, mas também do prazer de criar um alimento de festa, que vinha quebrar a monotonia e a pobreza das mesas da Quaresma.
No Minho, por exemplo, a tradição do folar é cumprida através das roscas, das regueifas e, sobretudo, do pão-de-ló.
Enquanto nos folares, os ovos, embora presentes na massa, assumem especial importância como elemento decorativo, no pão-de-ló é a sua quantidade invulgar, o seu excesso como ingrediente, que chama a atenção. O açúcar e um pouco de farinha completam a receita base do pão-de-ló, da qual existem inúmeras variantes.
O pão-de-ló costumava fazer-se em casa e bater-se à mão. Era um trabalho de mulheres determinadas, de braços fortes e enérgicos, que durante quase uma hora batiam os ovos e o açúcar até os transformarem numa espuma cremosa e delicada. A tarefa era árdua e justificava a entreajuda, a partilha do esforço, mas também do prazer de criar um alimento de festa, que vinha quebrar a monotonia e a pobreza das mesas da Quaresma.
A par destes pães-de-ló caseiros surgiram, no Minho, os pães-de-ló de pastelaria, que mecanizaram o processo, sem perda de qualidade e que, por isso, ganharam fama e reconhecimento muito para além da região.
Um deles é o pão-de-ló de Margaride, que no século XVIII começou a ser produzido para venda, e com tal qualidade que conquistou os paladares exigentes da Casa Real Portuguesa. Ainda hoje continua a fabricar-se, em belíssimas instalações fundadas no século XIX por Leonor Rosa e mantidas até hoje pela sua família. A excelência do produto, razão da sua industrialização precoce, aliada a um resguardar da técnica e da receita de origem, permitiu dar-lhe continuidade e garantir-lhe sucesso ao longo de dois séculos e meio.
O bolinhol, ou pão-de-ló de Vizela, é outro dos reputados pães-de-ló minhotos. Distingue-se facilmente pela sua forma rectangular e pela cobertura opaca de açúcar, que permite conservar-lhe o miolo ligeiramente húmido. Tal como o de Margaride, deve a sua existência a uma tradição familiar. A receita foi criada por Joaquina da Silva Ferreira, que começou a comercializá-lo em 1921, e hoje é confeccionado por várias pastelarias que pertencem a alguns dos seus descendentes.

Receita

Ingredientes:

24 gemas
6 claras
500 g de açúcar
250 g de farinha de trigo
2 cascas de limão
Sal q.b.

Acessórios:
Um alguidar amplo, batedeiras de arame em espiral, formas de pão-de-ló tradicional do Minho (formas de barro em que a cobertura é igual à base) e papel costaneira.

Confecção:
Deitam-se as gemas, as claras, o açúcar, as cascas de limão e umas pedrinhas de sal num recipiente amplo e bate-se até a mistura clarear e fazer castelo (deixando a massa cair com uma colher esta deve fazer um montinho).
Retiram-se as cascas de limão e, aos poucos, junta-se a farinha, que se peneira no momento. A farinha que deve ser bem misturada com as mãos e não batida. Este procedimento exige a participação de duas pessoas: uma para peneirar a farinha e outra para a incorporar.
Coloca-se um copo invertido no centro de uma das formas e forra-se a base desta com 1 folha de papel «costaneira». Verte-se a massa, enchendo até um pouco mais de meio, e tapa-se com a segunda forma. Leva-se a cozer em forno muito forte, no máximo durante 45 minutos.Verifica-se a cozedura com um esparguete ou um palito.

Primeiras páginas dos jornais publicados hoje - 28/10/2014












segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A origem do busto da República Portugues


Há mais de cem anos, Simões d’Almeida esculpiu aquele que seria, para sempre, o rosto da República Portuguesa. Era o busto de Ilda Pulga, uma mulher de Arraiolos que morreu com 101 anos, em 1993.
A história do busto de Simões d’Almeida começa em 1908, quando "o elenco de republicanos do presidente Braamcamp Freire e o vereador Ventura Terra lhe fazem uma encomenda para um busto”. Simões d’Almeida foi bolseiro da instituição e esteve a estudar em Paris e Roma. Em 1911, abriu-se um concurso público nacional para a criação de um busto da República.
Concorrem nove artistas, ganha Francisco dos Santos, outro dos grandes escultores da época, igualmente bolseiro da Academia e que também estudou em Paris e Roma. Simões d’Almeida ficou em segundo, mas foi o busto de Simões d’Almeida que se sobrepôs à ética republicana do concurso público, devido à sua exposição inicial, nos primeiros actos públicos oficiais da República. A 6 de Outubro, o novo regime faz um funeral conjunto a duas das figuras da luta contra a monarquia: Miguel Bombarda (1851- 3 Outubro de 1910) e Carlos Cândido dos Reis (o Almirante Reis, 1852 – 4 Outubro de 1910). Os novos símbolos ganham o seu primeiro grande espaço de divulgação em massa. E o busto de Simões d’Almeida é o que é exibido à multidão em apoteose republicana. A juntar a isto, em “A Revolução Portugueza”, o manifesto de Machado dos Santos, um dos rostos principais da luta republicana, também a peça de Simões d’Almeida teve um grande destaque simbólico.
Por detrás desta troca de bustos, podem estar também várias razões. Sobretudo de gosto, ou sensibilidade. Na opinião de alguns historiadores, o trabalho de Francisco dos Santos tem um toque mais de Paris, com uma mulher mais elegante. No de Simões d’Almeida, é mais portuguesa, com os seios mais fartos.
Hoje, a peça de Simões de Almeida é a que figura em todas as reproduções oficiais ou oficiosas.
Na sede da Academia Nacional Belas Artes está a peça original de Simões d’Almeida (a de 1908), em barro. Foi restaurada em 2009 pelo artista João Duarte.

Primeiras páginas dos jornais publicados hoje - 27/10/2014











A eleição presidencial no Brasil


domingo, 26 de outubro de 2014

PARA O ALMOÇO UMA BOA FEIJOADA DE CHOCOS.

 


Feijoada de Chocos
Ingredientes:


500 g de feijão branco cozido
500 g de chocos limpos
200 g de camarão
1 cebola
3 dentes de alho
polpa de tomate (4 colheres de sopa)
pimentão doce (1 colher de chá)
piri-piri ou 1 malagueta
coentros
50 ml de vinho branco
sal
azeite


Num tacho deitar a cebola picada, os alhos picados e o azeite, levar ao lume até a cebola ficar molinha, deitar a polpa de tomate e deitar apurar, juntar os chocos cortados, o pimentão doce e um bocadinho de coentros, o vinho, tapar e deixar cozinhar uns 10 minutos, entretanto deitar o camarão o piri-piri ou a malagueta e deitar o sal (não muito) e deixar apurar mais uns 5 minutos. Juntar o feijão já cozido (eu normalmente cozo o feijão na panela de pressão) se for preciso juntar um bocadinho de água e rectificar os temperos, juntando mais uns coentros mas guardando alguns para enfeitar, deixar estar a apurar mais 5 minutos.

Primeiras páginas dos jornais publicados hoje - 26/10/2014







sábado, 25 de outubro de 2014

Uma receita de bolo de laranja



Uma receita de bolo de laranja tão rápida e infalível que até dói: bata no liquidificador 4 ovos, 2 chávenas de açúcar, 1/2 de óleo e 2 laranjas com casca cortadas em quatro (bem lavadas e sem os topos). Junte 2 chávenas de farinha e 1 colher de sopa de fermento, bata mais um pouco, deite numa forma untada e leve ao forno pré-aquecido a 180º por 45 minutos. A única etapa difícil é mesmo esperar que arrefeça antes de comê-lo.

A 25 de Outubro de 1881 nasceu Pablo Picasso



Artista espanhol, nasceu a 25 de outubro de 1881, em Málaga, e faleceu a 8 de abril de 1973. Pablo Ruiz y Picasso demonstrou uma prodigiosa precocidade. Aos dezassete anos possuía uma técnica apurada e em Paris, no início do século, embora se mantivesse afastado dos grupos de vanguarda, tinha já uma reputação. Entre 1901 e 1906 desenvolve uma atitude social, evocando os mendigos, os deserdados, o que corresponde ao "período azul", uma fase sensível e melancólica, em que os azuis predominavam. O "período rosa" será mais vigoroso. Tematicamente, interessa-se pelo circo, pelos saltimbancos. Mas de 1906 a 1908 preocupa-se menos com os sentimentos e mais com a estrutura. Com Georges Braque, desenvolve uma nova conceção de pintura que dará origem ao Cubismo. Vários eventos prepararam esta evolução: a revelação da escultura negra e das artes primitivas, a retrospetiva de Seurat no Salão dos Independentes em 1905, a homenagem a Paul Cézanne, no Salão de outono de 1907 e, em Picasso, o conhecimento da escultura ibérica. O início do Cubismo pode ser datado a partir de As Raparigas de Avinhão (1907). As cores ainda estão sob a influência do período rosa, mas tornaram-se mais duras, e as personagens constam de formas semi-geométricas expressas como volumes num espaço abstrato. A atenção foi dirigida para as qualidades puramente formais. Numa primeira fase o Cubismo tem como referência o real, embora adotando em relação ao objecto vários pontos de vista e os problemas de profundidade e perspetiva deixam de se impor. Picasso e Braque colam nas telas pedaços de jornais, papeis, tecidos, embalagens de cigarros. Começarão depois a surgir imagens conceptuais do real, como na Natureza-Morta (1911), o que corresponde a uma nova fase na evolução do cubismo e que dará origem a uma viragem ainda mais radical na História da arte. As formas já não são diretamente inspiradas pelo real, a sugestão do volume é definitivamente abandonada, os planos são segmentados em planos de cor viva, por vezes texturada. Nos anos vinte inicia o seu período "greco-romano", com temas clássicos como em Mãe e Filho (1921) e nas figuras de centauros e faunos. Este período teve a sua origem na descoberta da arte italiana e numa colaboração estreita com Diaghilev, projetando os cenários e o guarda-roupa dos bailados Parada (1917), Pulcineia, (1920) e Mercúrio (1924). Minotauromaquia é um dos principais trabalhos dos anos trinta e fundamental para a compreensão de Guernica, obra que representa a destruição da cidade de Guernica pelos bombardeiros alemães, um episódio da Guerra Civil de Espanha. Os elementos principais são o touro, simbolizando "a brutalidade e a escuridão", o cavalo, como símbolo do "povo sofredor", e a rapariga com uma luz. Este painel foi proibido pelo governo franquista e tornou-se emblemático de um período de comprometimento político. Nesta época as deformações das imagens são acentuadas, a expressão é trágica. O fim da guerra traz mais serenidade e alegria à sua pintura. Na Provença, multiplica as experiências e as matérias, cria esculturas, trabalha com cerâmica. No último ciclo da sua pintura, o artista questiona as obras de Delacroix, de Velásquez e o contemporâneo Matisse, sob pretexto de concretizar o tema da criação, do pintor e do modelo. Picasso foi sempre um criador muito pessoal, nunca se prendeu a fórmulas, criava estéticas, combinava-as, renovava esquemas mais tradicionais. Embora marcada pelo Cubismo, a sua arte evocará sempre múltiplas metamorfoses. Segundo o próprio Picasso, os estilos que usou "não devem ser considerados como evolução, mas como variação".
Pablo Picasso. In Infopédia

Publicação das primeiras páginas do jornais de hoje - 25/10/2014










sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O Meu Bairro - Benfica - Jornalista Mário Zambujal





Neste episódio Ana Sousa Dias percorre as ruas do Bairro de Benfica com o jornalista Mario Zambujal.
O bairro, desenvolvido a partir do séc.XVII em torno do convento de S.Domingos, cresceu depois do terramoto com os lisboetas que fugiram da Baixa.
Zambujal, que vive no bairro há 45 anos é o nosso guia de excelência através da Mata de S.Domingos, o Palácio Fronteira, o Bairro Grandella, o Beau Sejour, o Jardim Zoológico, a Chafariz de S. Domingos e o renovado Estádio da Luz.