Previsão do Tempo

quarta-feira, 4 de março de 2015

Gabriel Contino, mais conhecido por Gabriel o Pensador, nasceu no Rio de Janeiro a 4 de março de 1974



Gabriel Contino, mais conhecido por Gabriel o Pensador, nasceu no Rio de Janeiro a 4 de março de 1974, é um rapper, compositor, escritor e empresário brasileiro.
Iniciou sua carreira musical ao lançar a música "Tô Feliz (Matei o Presidente)", sendo logo contratado pela Sony Music.
Pela gravadora tem lançados sete álbuns: Gabriel o Pensador, Ainda É Só o Começo, Quebra-Cabeça, Nádegas a Declarar, Seja Você Mesmo (mas não Seja sempre o Mesmo) e Cavaleiro Andante.
O seu último álbum, Sem Crise, foi lançado de forma independente.
Além de cantor, Gabriel é escritor e lançou em 2001 o livro autobiográfico Diário Noturno.
Quatro anos mais tarde lançou Um Garoto Chamado Rorbeto, que ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro infantil no ano seguinte. Em 2008, lançou o livro Meu Pequeno Rubro-Negro e um ano depois lança uma versão especial do mesmo livro intitulada de Meu Pequeno Rubro-Negro - Edição Especial do Hexa.
Escreveu em parceria com Laura Malin o livro Nada Demais que ainda não foi publicado.
Paralelamente a isso, Gabriel também é um ativista social tendo como projetos o "Pensador Futebol" que investe em jovens jogadores que querem se profissionalizar e junto de Luís Figo e Luiz Felipe Scolari comanda o projeto de futebol chamado "Dream Football" que através do envio de vídeos via internet dá a oportunidade dos participantes serem contratados por times profissionais de futebol.
Além de projetos de futebol, ainda tem um projeto social conhecido como "Pensando Junto" que atende as crianças carentes da Rocinha.

José Casanova nasceu no Couço a 4 de março de 1939



José Casanova nasceu no Couço a 4 de março de 1939 e morreu em Lisboa a 15 de novembro de 2014.
No Couço o José Casanova, desde muito novo, viveu acontecimentos da luta antifascista nesta terra de resistência dos trabalhadores e do povo contra a exploração e a opressão, pela liberdade e a democracia.
Aderiu ao Partido Comunista Português em 1958, com 19 anos, e as suas primeiras actividades políticas foram desenvolvidas na União da Juventude Portuguesa, de cuja Direcção fez parte.
Assumiu como jovem comunista papel destacado nas candidaturas democráticas de Arlindo Vicente e Humberto Delgado em 1958.
Desempenhou tarefas partidárias em vários pontos do País nas décadas de 50 e 60 do século XX.
Preso pela PIDE em 1960, julgado e condenado a dois anos de prisão, foi sujeito às chamadas “medidas de segurança” que o forçaram a permanecer cerca de seis anos nas prisões fascistas.
Entre 1971 e 1974, José Casanova esteve exilado na Bélgica, prosseguindo aí a sua actividade partidária, quer junto dos emigrantes portugueses – foi Presidente da Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica – quer em contactos com os movimentos de libertação das ex-colónias: MPLA, PAIGC e FRELIMO.
Regressado a Portugal em Abril de 1974, assumiu tarefas partidárias na Organização Regional de Lisboa.
Membro do Comité Central do PCP desde 1976. Foi membro da Comissão Política de 1979 a 2008. Entre outras tarefas foi responsável pela Organização Regional de Lisboa de 1989 a 1996 e pela Organização Regional de Santarém entre 1997 e 1998.
José Casanova foi director do “Avante!”, Órgão Central do PCP, entre 1997 e Fevereiro de 2014. Actualmente era responsável pela Comissão Nacional da Cultura.
Salienta-se ainda a sua produção no campo literário, com os romances “Aquela Noite de Natal”, “O Caminho da Aves” e “O Tempo das Giestas”, bem como com outras obras, nomeadamente o livro sobre Catarina Eufémia, recentemente editado, e diversos trabalhos e participações.
José Casanova faleceu, deixa-nos a sua intervenção dedicada como militante e dirigente do PCP nas mais diversas tarefas e responsabilidades e a sua sensibilidade e contribuição no plano cultural. A melhor homenagem que lhe podemos prestar é prosseguir a luta do seu Partido de sempre, o Partido Comunista Português, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País, pelo ideal e projecto comunista.

terça-feira, 3 de março de 2015

A 3 de Março de 1918, foi assinado o tratado de Brest-Litovsk

A 03 de Março de 1875: Estreia em Paris a ópera Carmen, de Bizet

Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg nasceu em Mogúncia em 1398



Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg nasceu em Mogúncia em 1398 e morreu a 3 de fevereiro de 1468, foi um inventor e gráfico alemão.
A sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno.
Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.
Gutenberg foi o primeiro no mundo a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa móvel.
Entre as suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola do período.
A sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação desses elementos num sistema prático que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era economicamente rentável para gráficas e leitores.
O método de Gutenberg para fazer tipos é tradicionalmente considerado ter incluído uma liga de tipo de metal e um molde manual para a confecção do tipo.
O uso de tipos móveis foi um marcante aperfeiçoamento nos manuscritos, que era o método então existente de produção de livros na Europa, e na impressão em blocos de madeira, revolucionando o modo de fazer livros na Europa.
A tecnologia de impressão de Gutenberg espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo.
Sua obra maior, a Bíblia de Gutenberg (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), foi aclamada pela sua alta estética e qualidade técnica.

Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico nasceu no Rio de Janeiro a 3 de março de 1953



Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico nasceu no Rio de Janeiro a 3 de março de 1953, é um treinador, ex-futebolista e ex-dirigente brasileironota que atuava como médio.
Hoje é comentarista desportivo na TV Esporte Interativo e está sem clube.
Notabilizou-se como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, com ápice nas conquistas da Taça Libertadores da América e da Taça Intercontinental pela equipa carioca, além de quatro títulos no Campeonato Brasileiro e das suas participações pela Seleção Brasileira nos Mundiais da Argentina 1978, Espanha 1982 e México 1986.
É considerado por muitos especialistas, profissionais do desporto e, em especial, pelos adeptos do Flamengo, o maior jogador da história do clube e o maior futebolista brasileiro desde Pelé.
Não são poucos também os que o consideram como o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado frequentemente no estrangeiro como "Pelé Branco".
É o maior marcador da história do estádio do Maracanã, com 333 golos em 435 jogos.
Marcou 135 golos em campeonatos brasileiros.
Foi eleito como o terceiro maior futebolista brasileiro do século XX, o sétimo maior da América do Sul e o décimo quarto do Mundo, segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS).
É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi).
Foi eleito pela própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), o oitavo maior jogador do século, o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, o nono Brasileiro do Século no desporto, segundo pesquisa realizada pela revista Isto É, e o décimo maior jogador de todos os tempos pela revista inglesa World Soccer.
Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.
Após o Flamengo, Zico foi cobiçado por clubes italianos como Roma e Juventus, mas Zico foi para o Udinese, causando escândalo! Zico liderou uma equipa fraca conduzindo-a a um honroso nono lugar na temporada 1983/84, a quatro pontos da equipa que ficou no 4º lugar (a Inter), o que daria vaga para a Taça UEFA.
Zico marcou 19 golos, apenas um atrás de Michel Platini, da campeã Juventus, que foi o primeiro goleador.
O detalhe é que o francês jogou seis jogos a mais, muito por conta de uma lesão que Zico sofrera num particular contra o Brescia.
Jogando muitas vezes lesionado, sabendo da dependência que a equipa tinha em relação a si, Zico começou a se desencantar com os dirigentes do clube, que haviam prometido formar uma equipe forte o capaz para lutar pelo título, o que não aconteceu - além dele, os únicos jogadores com certo reconhecimento eram o seu colega de Seleção (e futuramente também de Flamengo) Edinho e um veterano ex-jogador da Seleção Italiana, Franco Causio, com quem fazia dupla no meio-do-campo.
Começou a sonhar com sua volta ao Flamengo.
A segunda temporada acabou por ser marcada pela luta para não descer, com ele a jogar apenas quinze vezes, ainda assim marcando doze golos.
Outro motivo para o seu desejo de se ir embora era o processo que sofria na Justiça Italiana por supostamente enviar ilegalmente dinheiro ao Brasil, que só mais tarde terminaria com a sua absolvição.
Zico não deixou de reproduzir na Itália sua jogada característica, apavorando os guarda-redes adversários com as suas marcações de faltas, gerando até acirrados debates nos programas desportivos nos canais de televisão do país: "Como evitar os golos de Zico?".
Na sua passagem pela Udinese, Zico marcou 17 golos de faltas dentre os seus 57 golos.
Zico foi treinador da Seleção Japonesa, Fenerbahçe, Bunyodkor, CSKA Moscou, Olympiakos, Seleção Iraquiana e Al-Gharafa.
Zico marcou 826 golos em toda sua carreira, 516 golos em jogos oficiais (Primeira divisão, Seleção Brasileira, taças nacionais e internacionais) e 310 em torneios não oficiais, Juvenil e particulares.

Alexander Graham Bell nasceu em Edimburgo/Escócia a 3 de Março de 1847



Alexander Graham Bell nasceu em Edimburgo/Escócia a 3 de Março de 1847 e morreu na Nova Escócia a 2 de Agosto de 1922.
Alexander Bell foi um cientista, inventor e fundador da companhia telefónica Bell.
Embora historicamente Bell tenha sido considerado como o inventor do telefone, o italiano Antonio Meucci foi reconhecido como o seu verdadeiro inventor, em 11 de junho de 2002, pelo Congresso dos Estados Unidos, através da resolução N°. 269. Meucci vendeu o protótipo do aparelho a Bell nos anos 1870.
Alexander Bell foi criado em Edimburgo mas, em 1870, aos 23 anos, mudou-se com a família para o Canadá, onde se estabeleceram em Brantford/Ontário. Antes de sair da Escócia, Alexander Graham Bell virou a sua atenção para o telefone, e no Canadá continuou o seu interesse por máquinas de comunicação.
Projectou um piano que podia transmitir música a uma certa distância por meio de electricidade.
Em 1873 acompanhou o seu pai a Montreal/Quebeque, onde trabalhou a ensinar o seu sistema de linguagem gestual.
A Bell mais velha foi convidada a introduzir o sistema numa grande escola para mudos em Boston, mas declinou o posto em favor do seu filho, que se tornou logo famoso nos Estados Unidos pelo seu sucesso neste importante trabalho.
Alexander Bell publicou mais de um tratado sobre o assunto em Washington, e é principalmente com os seus esforços que os milhares de surdos mudos na América podem agora falar quase, se não completamente, tão bem quanto as pessoas que conseguem ouvir.
Em Boston continuou a sua pesquisa no mesmo campo, e esforçou-se para produzir um telefone que emitisse não somente notas musicais, mas articulasse a fala.
Com financiamento do seu sogro americano, em 7 de Março de 1876, o Escritório de Patentes dos Estados Unidos concedeu-lhe a patente número 174.465 que cobre "o método de, e o instrumento para, transmitir sons vocais ou outros telegraficamente, causando ondulações eléctricas, similares às vibrações do ar que acompanham o som vocal.", ou seja o telefone.
Após ter obtido a patente para o telefone, Bell continuou suas experiências em comunicação, que culminaram na invenção da photophone - transmissão do som num feixe de luz - um precursor dos sistemas de fibra óptica actuais.
Também trabalhou na pesquisa médica e inventou técnicas para ensinar o discurso aos surdos.
Bell obteve 18 patentes concedidas em seu nome e outras doze que compartilhou com seus colaboradores.
Estas incluem 14 para o telefone e o telégrafo, quatro para o photophone, uma para o fonógrafo, cinco para veículos aéreos, quatro para hidroaviões, e duas para uma pilha de selénio.
Em 1888 era um dos membros fundadores da National Geographic Society e transformou-se no seu segundo presidente.
Recebeu muitas honrarias. O governo francês conferiu-lhe a decoração da Légion d'honneur (legião de honra), a Académie française atribuiu-lhe o prémio Volta, de 50 mil francos, a sociedade real das artes em Londres concedeu-lhe a medalha Albert, em 1902, e a universidade de Würzburg, Baviera, concedeu-lhe o grau de doutoramento honoris causa.
Bell casou-se com Mabel Hubbard em 11 Julho de 1877, tornou-se cidadão naturalizado dos Estados Unidos em 1882 e morreu em Baddeck/Nova Escócia, em 1922.
Encontra-se sepultado em Beinn Bhreagh Estate, Baddeck, Nova Escócia no Canadá.

João António Honrado nasceu em Ferreira do Alentejo a 3 de março de 1929



João António Honrado nasceu em Ferreira do Alentejo a 3 de março de 1929 e morreu em Beja a 21 de março de 2013, com 84 anos, foi um destacado militante e quadro comunista durante mais de 60 anos.
O João Honrado foi empregado de escritório, jornalista e publicista.
Foi militante comunista durante mais de 60 anos. Entrou para o PCP em 1950 e foi funcionário do Partido entre 1955 e 1983, tendo assumido tarefas em vários pontos do país durante a clandestinidade.
Depois do 25 de Abril de 1974 integrou a Comissão Distrital de Beja e a Direcção da Organização Regional do Alentejo (DORA) do Partido.
Depois da Revolução dos Cravos, fez parte da Comissão de Extinção da PIDE/DGS. Foi deputado à Assembleia Constituinte.
Aderiu ao Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD Juvenil) em 1947.
Preso em Abril desse ano, foi de novo preso em Janeiro de 1949, já ligado ao PCP, durante a campanha eleitoral de apoio ao candidato das forças democráticas, Norton de Matos.
Em Dezembro de 1955 passou à clandestinidade, como funcionário do Partido, e nessa qualidade dirigiu as lutas do sector estudantil de Coimbra em 1958/1962 e as greves operárias e dos pescadores da região do Porto.
Novamente preso em 1962 e em 1974, saiu em liberdade com o 25 de Abril, contando um total de 12 anos e meio de prisão nas masmorras da ditadura fascista.
Esteve preso em várias cadeias salazaristas: Aljube, Caxias e Peniche e também na Cadeia Penitenciária de Lisboa. Nas prisões lutava contra a ditadura fascista, nomeadamente contra as condições prisionais, tendo organizado levantamentos de rancho e greves de fome.
O nome de João Honrado está entre outros pelos quais se desenvolveram campanhas de solidariedade com os presos políticos, contra o regime prisional, pela defesa de vidas em perigo que era necessário salvar, por uma ampla amnistia, pela liberdade.
João Honrado assumiu durante anos a direcção do jornal “Reforma Agrária”. Foi um dos democratas que, em 1980, levou os municípios do distrito de Beja a organizarem-se em associação e a adquirirem o título do “Diário do Alentejo”, salvando o jornal da falência.
Trabalhou, sempre ligado ao sector da Informação, nas câmaras municipais de Odemira, de Serpa e de Mértola.
Mais tarde, em Beja, fundou com outros democratas a Cooperativa Cultural Alentejana e o jornal “Alentejo Popular”.
Tem vários livros publicados e inúmeros artigos dispersos em jornais regionais.
O seu exemplo de dedicação ao Partido Comunista Português, de coragem e de entrega à luta dos trabalhadores e do povo português não será esquecido.
E os comunistas homenageiam João Honrado continuando, hoje e amanhã, ombro a ombro com outros democratas e patriotas, a lutar contra as políticas antipopulares impostas pelas troikas nacional e estrangeira, por uma política patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada - os valores de Abril no futuro de Portugal, por uma sociedade sem exploração, mais justa e mais fraterna, pelo Socialismo e o Comunismo.
Esta é a minha simples homenagem à VIDA E LUTA DESTE GRANDE CAMARADA!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Fernando Augusto do Amaral Caiado nasceu em Leça da Palmeira a 2 de março de 1925



Fernando Augusto do Amaral Caiado nasceu em Leça da Palmeira a 2 de março de 1925 e morreu no Porto a 12 de novembro de 2006 e foi um grande jogador de futebol português e também treinador.
Fernando Caiado é frequentemente recordado como uma das personalidades mais importantes da história do futebol português.
Como futebolista excepcional que foi destaca-se na sua carreira, essencialmente, as passagens pelo Boavista FC, pelo SL Benfica e em representação da Selecção Nacional.
Mas também como treinador de futebol pode, seguramente, dizer-se que o Fernando Caiado realizou uma carreira admirável.
Acabou por ser na sua terra natal que o jovem Fernando Caiado iniciou a pratica do futebol, a modalidade que se tornaria na sua verdadeira paixão e à qual dedicou mais de 50 anos de vida.
Como sempre gostou de estudar, depois de concluir a instrução primária, Fernando Caiado rumou à cidade do Porto para continuar os estudos. De qualquer forma, nunca conseguiu deixar o futebol de lado e sempre que podia lá recorria aos campos de futebol improvisados na zona da sua residência.
Era no Campo do Bessa, a casa do Boavista FC, que treinava e jogava a escola de Fernando Caiado. Tal facto foi, notoriamente, decisivo para o ingresso de Fernando
Caiado, com apenas 15 anos de idade, nos juniores do Boavista.
Realizou a sua estreia oficial com a camisola boavisteira numa partida entre as equipas de juniores do Boavista FC e do Sport Progresso.
Curiosamente, estreou-se pela equipa principal do Boavista FC precisamente num encontro frente ao Leça FC, o principal clube da sua terra natal, o qual terminou com uma derrota dos axadrezados por 2-1.
De qualquer forma, Fernando Caiado, pelo menos ate ser internacional, foi sempre um jogador amador do Boavista FC, recebendo apenas em algumas situações esporádicas um prémio de jogo.
Desde os 18 anos de idade, altura em que deixou de estudar, Fernando Caiado aliou sempre a pratica do futebol no Boavista FC com a profissão de desenhador de máquinas de fundição.
Como se referiu, esta situação manteve-se apenas até ao momento em que o futebolista Fernando Caiado tornou-se internacional português, pois, a partir de então, passou a auferir do Boavista FC um salário de 700 escudos.
Chega entretanto a época de 1945/46 altura em que Fernando Caiado disputará pela primeira vez o Campeonato Nacional da 1ª Divisão pelo Boavista FC. O clube axadrezado é o penúltimo classificado na principal competição nacional, mas as exibições de Fernando Caiado são verdadeiramente fantásticas.
De tal forma assim é que acabará por chegar no final desta temporada à principal selecção nacional de futebol, já depois de algumas presenças nos trabalhos das selecções mais jovens ou nos treinos preparatórios da equipa principal de Portugal.
No final da época de 1951/52, em que o Boavista ficou em 5º lugar da 1ª divisão, Fernando Caiado, com 27 anos de idade, entendeu que era chegado o momento de seguir um novo rumo na sua carreira de futebolista.
É assim que Fernando Caiado cumpre o sonho de jogar no SL Benfica, clube onde ingressou na época de 1952/53 e permaneceu até ao final da sua carreira de futebolista. Nesta altura, como se disse, Fernando Caiado era já um jogador internacional emuito conceituado no futebol português.
Cumpriu um total de 16 internacionalizações pela principal Selecção Nacional de Portugal. Seis delas enquanto jogador do Boavista FC e as restantes já no período em que defendeu as cores do SL Benfica.
A ultima presença de Fernando Caíado na Selecção Nacional foi no sensacional empate a 2-2 conseguido por Portugal no dia 9 de Junho de 1956 frente à poderosa selecção da Hungria, equipa onde pontificava, sobretudo, o extraordinário avançado Puskas.
A chegada de Fernando Caiado ao SL Benfica visava, essencialmente, substituir a vaga deixada pelo mítico futebolista encarnado Francisco Ferreira, um veterano em final de carreira.
De tal forma, que a estreia de Fernando Caiado com a camisola benfiquista ocorreu na festa de despedida de Francisco Ferreira, num desafio que o SL Benfica venceu o FC Porto por 1-0.
Desde logo, o nortenho Fernando Caiado assumiu um lugar na equipa titular do SL Benfica treinada pelo técnico argentino Alberto Zozaya. Nesta época de estreia de Fernando Caiado, o SL Benfica quedou-se pelo 2º lugar do Campeonato Nacional, embora tivesse conquistado a Taça de Portugal ao derrotar o FC Porto por 5-0 na final em que Fernando Caiado não jogou.
Fernando Caiado, alem de futebolista do SL Benfica, exerceu também as funções de técnico. Com resultados assinaláveis era o treinador do Colégio Moderno de Malpique no Campeonato Escolar.
Por esse facto, foi sem surpresa que passou também a integrar o corpo técnico do SL Benfica.
Tornou-se colaborador do treinador Valdivieso nos treinos das equipas de juniores, principiantes e iniciados do SL Benfica.
Na última temporada como futebolista (1958/59) voltaria a vencer a Taça de Portugal, embora não tivesse actuado no jogo da final frente ao FC Porto.
O futebolista Fernando Caiado completou então sete épocas ao serviço do SL Benfica, alinhando nesse periodo em 140 jogos oficias e apontando 22 golos.
Como títulos de destaque, diga-se, venceu dois Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão e quatro Taças de Portugal.
Encerrada a carreira da futebolista tornou-se secretario técnico do SL Benfica e treinador adjunto da equipa principal.
Foi treinador adjunto dos técnicos Otto Glória, José Valdivieso, Bela Guttmann,
Fernando Riera, Lajos Czeizer e Elek Schwartz, vencendo vários campeonatos nacionais, Taças de Portugal e as Taças do Campeões Europeus.
Em algumas ocasiões assumiu mesmo a condição de treinador principal do SL Benfica, nomeadamente no final da época de 1961/62, substituindo Bella Gutmann, e na temporada de 1964/65, ocupando o lugar deixando vago pelo treinador Elek Schwartz.
Em ambas as ocasiões, Fernando Caiado comandou os destinos do SL Benfica guiando às conquistas das Taça de Portugal referentes a essas mencionadas temporadas.
No Campeonato do Mundo de 1966 em Inglaterra, Fernando Caiado desempenhou também as funções de treinador adjunto da Selecção Nacional, coadjuvando o técnico principal Otto Glória na notável campanha portuguesa em terras de sua majestade.
Depois foi treinador do Braga, Sporting, Vitória de Guimarães, Boavista, CUF, Espinho, Benfica, em quase todos em diversas épocas e por várias vezes.
Como treinador mantinha o seu espírito de disciplinador, criterioso e muito trabalhador. Preparava até à exaustão não só a sua equipa como os adversários que tinha que defrontar.
Fernando Caiado, uma antiga glória do futebol português, faleceu na sua residência na cidade do Porto, no dia 12 de Novembro de 2006, contando com 81 anos de idade, vítima de uma doença prolongada.

Bento António Gonçalves nasceu em Fiães do Rio/Montalegre a 2 de Março de 1902



Bento António Gonçalves nasceu em Fiães do Rio/Montalegre a 2 de Março de 1902 e morreu, assassinado, por tudo a que o regime fascista o submeteu, no Tarrafal a 11 de Setembro de 1942.
Bento Gonçalves foi o secretário-geral do Partido Comunista Português de 1929 a 1942, ano em que o mataram no Tarrafal.
Hoje comemoramos o 112º aniversário do nascimento de Bento Gonçalves!
Para assinalar esta importante efeméride dos comunistas e do seu Partido, vou recorrer a um texto escrito pelo saudoso camarada Francisco Miguel:
“Ao atingir um determinado grau de consciência dos seus interesses de classe e do seu destino histórico, o proletariado e mais exactamente a classe operária de qualquer país forja e tempera, educa e treina a sua vanguarda organizada, o seu partido político de classe. Do Partido da classe operária, destacamento revolucionário, só fazem parte os trabalhadores mais conscientes, firmes e decididos na luta contra a exploração e opressão capitalistas, os mais capazes de fazer sacrifícios na luta em defesa dos interesses de todos os trabalhadores e do povo, em defesa dos interesses do país justamente compreendidos.
O Partido da classe operária terá de ser dirigido pelos mais capazes dos elementos que o constituem. Ser dirigente dum Partido da classe operária, do Partido da vanguarda do proletariado, não é situação que possa ser confiada a qualquer. Coube a Bento Gonçalves ser eleito e mantido como Secretário Geral do Partido Comunista Português desde 21 de Abril de 1929 até 11 de Setembro de 1942, data da sua morte no Campo de Concentração do Tarrafal.
E foi sob a direcção de Bento Gonçalves que o Partido Comunista Português, fundado em Março de 1921, começou a ser orientado por uma linha verdadeiramente marxista-leninista que assegurou a justeza da sua orientação, lhe permitiu ligar-se às massas e, não só resistir à repressão fascista, mas desenvolver-se e crescer dentro dessas difíceis condições.
É sabido que o PCP foi o único Partido que o fascismo não foi capaz de suprimir. E é à justa e firme orientação imprimida ao PCP por Bento Gonçalves que se deve, fundamentalmente, esta grande vitória dos comunistas portugueses que é ao mesmo tempo e principalmente, uma vitória da classe operária portuguesa.
Só a classe operária foi capaz de produzir dirigentes revolucionários como Bento Gonçalves, e forjar o único Partido que o fascismo não foi capaz de destruir, não obstante tê-lo sempre como o alvo principal da sua feroz repressão.
Bento Gonçalves, nascido no concelho de Montalegre, Trás-os-Montes, com excepcionais dotes de inteligência, foi o operário mais esclarecido e da mais firme têmpera revolucionária do seu tempo e um dos que mais se sacrificou na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo.
Bento Gonçalves foi um comunista totalmente entregue à causa da libertação dos trabalhadores.
Bento Gonçalves começou a trabalhar em Lisboa, ainda muito novo, como torneiro de madeira, passando depois a torneiro de metais e foi nessa profissão que deu provas da sua grande capacidade e perícia profissionais.
Como operário do Arsenal da Marinha, ali ganhou a estima e o respeito de todos os seus camaradas de trabalho, pela maneira humana e amiga como sabia viver e conviver com todos os outros companheiros de trabalho. Encabeçando a luta dos operários do Arsenal da Marinha, de cujo sindicato foi o mais activo e mais esclarecido dirigente, Bento Gonçalves impôs-se ao respeito dos próprios dirigentes e directores da empresa.
A sua competência profissional era de tal ordem que nunca qualquer engenheiro, por mais conhecedor que fosse, pôde deixar de reconhecer a invulgar competência do operário calmo, modesto que era Bento Gonçalves. Poder-se-á dizer que um dos traços da sua grandeza e da sua alma de revolucionário estava na sua natural e visível modéstia. (...)
No dia 11 de Setembro de 1974, realizou-se no Arsenal da Marinha, hoje do Alfeite, uma sessão de homenagem à memória de Bento Gonçalves, no dia do 32º aniversário da sua morte, e a que assistiram várias centenas de operários arsenalistas e em que falaram dois camarada do CC do PCP, Pedro Soares e Francisco Miguel, ambos companheiros de Bento Gonçalves no Campo de Concentração do Tarrafal.
Bento Gonçalves - recordêmo-lo aqui uma vez mais - faleceu no Tarrafal com uma biliose quando já tinha cumprido toda a pena a que o próprio tribunal fascista o havia condenado.
A sua morte foi, por várias razões, um verdadeiro assassinato.
Bento Gonçalves foi uma das muitas vítimas das violências e arbitrariedades do regime fascista que nos oprimiu.
Bento Gonçalves era o homem mais simples e comum que podíamos encontrar.
Mas esse homem simples, igual a todos os homens simples, era ao mesmo tempo um homem extraordinário no saber porque, além de inteligente e estudioso, era um gigante no seu porte moral, na maneira como sabia, queria e podia dedicar-se em primeiro lugar e acima de tudo à luta pelo bem-estar e felicidade do povo trabalhador.
Nos momentos mais difíceis da sua vida de lutador, preso ou em liberdade, Bento Gonçalves pensou sempre mais nos seus camaradas do que em si próprio. E nessa atitude - devo dizê-lo - nem sempre teve a nossa concordância.
Nós, os que convivíamos mais de perto com ele, na clandestinidade ou na prisão, entendíamos que ele devia ter mais cuidado consigo próprio, porque nisso também estavam os interesses do Partido e da Revolução.
Vi o camarada Bento Gonçalves pela primeira vez em Moscovo, quando na capital soviética se realizou o VII Congresso da Internacional Comunista.
Bento Gonçalves encabeçava a delegação do nosso Partido ao Congresso e eu já lá me encontrava como aluno da Escola Leninista.
Foi lá também, e nessa mesma altura, que vi pela primeira vez o nosso camarada Álvaro Cunhal, então Secretário da Federação da Juventude Comunista.
Fui companheiro de Bento Gonçalves no Tarrafal desde o mês de Junho de 1940 até à sua morte. Vi morrer Bento Gonçalves. Estava aos pés da sua cama, na chamada enfermaria, quando aquele nosso querido camarada expirou. Foi um momento que não posso esquecer nem aqui descrever com palavras.
Bento Gonçalves era o homem de que todos os presos podiam ser amigos e a quem os próprios inimigos, carcereiros, eram obrigados a respeitar.
A sua grande estatura moral, em situação tão difícil, impunha-se.
Vendo em Bento Gonçalves o Secretário Geral do PCP que eles odiavam e temiam, os carcereiros fascistas não podiam apagar nem ignorar a forte personalidade do revolucionário talentoso que era Bento Gonçalves.
Para comunistas ou não comunistas, Bento Gonçalves foi sempre o amigo, o camarada sempre disposto a prestar a sua ajuda a quem dela precisasse.
Prendendo Bento Gonçalves e condenando-o à morte lenta no Tarrafal, o fascismo privou, não só o nosso Partido mas todo o nosso povo, de um dos seus melhores filhos.
Qualquer país, ao perder um homem como era Bento Gonçalves, fica mais pobre.
O PCP teve em Bento Gonçalves um dos seus principais obreiros.
O PCP, a classe operária portuguesa, o proletariado português, têm fundadas razões para estarem orgulhosos de terem tido como um dos seus mais destacados dirigentes esse operário nascido no concelho de Montalegre, Bento António Gonçalves, cujo nome viverá sempre no coração dos comunistas, da classe operária e de todos os trabalhadores conscientes do nosso País”

Lou Reed nasceu em Brooklyn/Nova Iorque a 2 de março de 1942

Lou Reed nasceu em Brooklyn/Nova Iorque a 2 de março de 1942 e morreu em Long Island/Nova Iorque a 27 de outubro de 2013.
Lou Reed foi um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, considerado o 81º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Foi um dos vocalistas do The Velvet Underground, influenciando Iggy Pop, New York Dolls e David Bowie. Mais tarde toda a cena pós-punk inglesa. Admirador de Edgar Allan Poe e Raymond Chandler, além de James Joyce, a quem faz referências em Blue Mask.
The Velvet Underground foi um fracasso comercial no final dos anos 60, mas o grupo influenciou diversos outras bandas nas décadas seguintes, passando a se tornar uma das bandas mais citadas e influentes da época. Uma celebre frase de Brian Eno mostra a influencia musical da banda "... todo mundo que comprou um desses 30.000 cópias começou uma banda".
Após sua saída do grupo, Reed começou uma carreira solo em 1972.
Ele teve sucesso no ano seguinte com " Walk on the Wild Side ", mas depois não teve o sucesso comercial para que parecia ter potencial.
Reed era conhecido por sua voz inexpressiva diferenciada, letras poéticas e de cunho social crítico a sociedade como pobreza e desigualdade social.
Em maio de 2013 passou por um transplante de fígado. Voltou a ser internado em julho com um quadro de desidratação severa, vindo a morrer em 27 de outubro do mesmo ano.

domingo, 1 de março de 2015

A 1 de Março de 2007 morreu Manuel Bento

A 1 de Março de 1926, morre em Macau, vítima de tuberculose pulmonar, a que não será estranho o uso excessivo de ópio, o advogado, professor e poeta Camilo Pessanha

A 01 de Março de 1565: Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro?

Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli nasceu em Florença a 1 de março de 1445



Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli nasceu em Florença a 1 de março de 1445 e morreu a 17 de maio de 1510, estudou na Escola Florentina do Renascimento.
Foi igualmente receptivo às aquisições introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido.
As suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial as cores frias.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, relacionava-se bem no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo frescos para a Capela Sistina.
Foi ainda destacado retratista e o seu talento excepcional de transposição para a linguagem formal as concepções dos seus clientes, tornou-o um dos pintores mais disputados do seu tempo.
A sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, esvaiu-se e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica das suas obras, é que sua arte voltou a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
Sandro Botticelli era filho de um curtidor de peles, na adolescência trabalhou na casa de um ourives, possivelmente , na oficina de Filippo Lippi , a quem teria ajudado nas decorações da Catedral de Prata.
Botticelli foi sepultado na Igreja de Ognissanti, para a qual pintara, trinta anos antes, a “Êxtase de Santo Agostinho”.
Dedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente a Família Médici, para os quais pintou retratos.
Entre tais obras, destacam-se “Retrato de Giuliano de Medici” e “A adoração dos Magos”. O último rendeu-lhe a admiração e atenção da Família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato. Seus contatos com a Família Médici foram sem dúvidas úteis para que obtivesse proteção e condições para que produzisse várias de suas obras-primas.
Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as idéias clássicas. Por exemplo, a sua obra “Minerva e o Centauro”, parece representar a ideia do amor desenvolvida pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino. Tal síntese expressa-se em “A Primavera” e “O Nascimento de Vénus”, ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália.
Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora creia-se que Vénus pode ser vista como fonte do amor divino, tanto do ponto de vista cristão quanto pagão. Assim como o baptismo é o "Renascer em Deus", o nascimento de Vénus remete a esperança do "renascimento". Para A Primavera foi provavelmente buscar inspiração nas odes de Poliziano, nos Faustos de Ovídio e na poesia filosófica De rerum natura deLucrécio.
Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros “Nastagio Degli Onesti”, produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio.
Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como “A Virgem Escrevendo O Magnificat” (1485); “A Virgem de Granada” (1487) e “A Coroação da Virgem” (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e “Virgem com o Menino e Dois Santos” (1485), exposta nos Museus Estatais de Berlim (Staatliche Museen).
Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).

Gioachino Antonio Rossini, nasceu em Pésaro/Itália a 29 de fevereiro de 1792



Gioachino Antonio Rossini, nasceu em Pésaro/Itália a 29 de fevereiro de 1792 e morreu em Passy/Paris a 13 de novembro de 1868, com 76 anos.
Rossini foi um compositor erudito italiano, muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara.
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
Gioachino Antonio Rossini nasceu numa família de músicos em Pesaro, cidade na costa do mar Adriático, na Itália. O seu pai, Giuseppe, era um trompista e inspector de matadouros, e sua mãe, Anna Guidarini, era uma cantora, filha de um padeiro.
Os pais de Rossini começaram cedo sua educação musical, e aos seis anos de idade ele já tocava o triângulo na banda do seu pai.
O pai de Rossini simpatizava com a Revolução Francesa, e deu as boas-vindas às tropas de Napoleão quando elas invadiram o norte da Itália. Isto tornou-se um problema quando os austríacos restauraram o antigo regime, em 1796. O pai de Rossini foi preso, e sua mãe levou-o para Bolonha, onde ela passou a ganhar a vida como cantora nos diversos teatros da região da Romanha, onde seu pai eventualmente pode juntar-se a eles. Durante todo este tempo, Rossini freqüentemente foi deixado sob os cuidados de sua avó, já idosa, que não podia controlar efetivamente o garoto.
Após o retorno do seu pai, Rossini permaneceu em Bolonha, sob os cuidados de um talhante de porcos, enquanto seu pai tocava a trompa nas orquestras dos mesmos teatros em que Anna cantava.
O garoto teve aulas de cravo durante três anos com Giuseppe Prinetti, de Novara; este seu professor, que costumava tocar as escalas com apenas dois dedos.
Através da amigável interposição do Marquês Cavalli, a sua primeira ópera,”La cambiale di matrimonio”, foi produzida em Veneza quando ele era um jovem de apenas 18 anos.
No entanto, dois anos antes, já tinha recebido o prémio no Conservatório de Bolonha para sua “cantata Il pianto de Armonia sulla morte de Orfeo”.
Entre 1810 e 1813, em Bolonha, Roma, Veneza e Milão, Rossini seguiu produzindo óperas de sucesso variável. A memória destas obras foi suplantada pelo enorme sucesso de sua ópera Tancredi.
O libreto foi uma adaptação feita por Gaetano Rossi da tragédia Tancrède de Voltaire.
Vestígios de Ferdinando Paër e Giovanni Paisiello estão inegavelmente presentes em alguns fragmentos da música. Contudo, qualquer sentimento crítico por parte do público foi afogado pela apreciação de tais melodias como "Di tanti palpiti … Mi rivedrai, ti rivedrò", que se tornou tão popular que os italianos cantavam-na em multidões nos tribunais até que o juíz ordenasse que parassem.
Rossini continuou a escrever óperas para Veneza e Milão durante os anos seguintes, mas a sua recepção era fria e, em alguns casos, insatisfatória após o sucesso de Tancredi.
Em 1815 retira-se para a sua casa em Bolonha, onde Domenico Barbaia, o empresário do teatro de Nápoles, concluiu um acordo com ele para a tomar a direcção musical do Teatro San Carlo e do Teatro Del Fondo em Nápoles, escrevendo para cada um deles uma ópera por ano.
O seu vencimento deveria ser 200 ducados por mês; a este valor juntar-se-ia uma parte dos lucros das mesas de jogo instaladas no ridotto do teatro, que se elevava a cerca de 1000 ducados por ano. Este era um acordo extremamente lucrativo para qualquer músico profissional nessa altura.
Alguns compositores mais velhos, em Nápoles, nomeadamente Zingarelli e Paisiello, estavam inclinados à intriga contra o sucesso do jovem compositor, mas toda essa hostilidade foi fútil face ao entusiasmo com que foi recebida a execução na corte de Elisabetta, regina d'Inghilterra, na qual Isabella Colbran, que posteriormente se tornou a esposa do compositor, desempenhou um papel principal.
O libreto da ópera feito por Giovanni Schmidt, foi em muitos aspectos uma antecipação do que seria apresentado ao mundo alguns anos mais tarde, em Kenilworth de Sir Walter Scott.
Esta ópera foi a primeira em que Rossini escreveu os ornamentos das árias em vez de deixá-los a cargo dos cantores, e também a primeira em que o recitativo secco foi substituído por um recitativo acompanhado de um quarteto de cordas.
A sua mais famosa ópera foi apresentada em 20 de Fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma.
O libreto de Cesare Sterbini, uma versão da polémica peça de Beaumarchais, Le Barbier de Séville, era o mesmo que havia sido utilizado por Giovanni Paisiello no seu próprio Barbiere, uma ópera que tinha beneficiado de popularidade na Europa durante mais de um quarto de século.
Mais tarde, Rossini afirmou ter escrito a ópera em apenas doze dias.
Foi um estrondoso fracasso quando fez a sua estreia como Almaviva; os admiradores de Paisiello ficaram extremamente indignados, sabotando a produção assobiando e gritando durante todo o primeiro acto.
Contudo, pouco tempo depois da segunda apresentação, a ópera tornou-se tão bem sucedida que a fama da ópera de Paisiello foi transferida para a de Rossini, para quem o título O Barbeiro de Sevilha passou como um património inalienável.
Em 1822, Rossini casou com a soprano Isabella Colbran.
A produção de seu Guilherme Tell em 1829 marca o final da sua carreira como escritor de óperas. O libreto foi escrito por Étienne Jouy e Hippolyte Bis, e posteriormente revisto por Armand Marrast. A música é notável pela sua liberdade relativamente às convenções descobertas e utilizadas por Rossini nas suas obras anteriores, e marca uma fase de transição na história da ópera. Embora seja uma boa ópera, hoje em dia raramente é ouvida na íntegra, pois a sua versão original tem uma duração superior a quatro horas.
Em 1829 Rossini voltou para Bolonha. A sua mãe tinha morrido em 1827, e ele estava ansioso por estar com seu pai. Diligências com vista ao seu regresso a Paris, com um novo acordo, foram afectadas pela abdicação de Carlos X e pela Revolução de Julho de 1830. Rossini, que considerava o tema de Fausto para uma nova ópera, regressou a Paris em Novembro daquele ano.
Seis movimentos do seu Stabat Mater foram escritos em 1832 e os restantes em 1839, o ano da morte do seu pai.
O sucesso desta obra é comparável com os seus sucessos em óperas; mas seu comparativo silêncio durante o período de 1832 até sua morte em 1868 faz sua biografia parecer quase a narrativa de duas vidas - uma vida de rápido triunfo, e a longa vida de reclusão, da qual os biógrafos nos dão imagens na forma de histórias da sagacidade cínica do compositor, as suas especulações na cultura de peixes, a sua máscara de humildade e indiferença.
A sua primeira esposa morreu em 1845 e em 16 de Agosto de 1846, ele casou com Olympe Pélissier, que havia posado para Vernet no seu quadro de Judite e Holofernes.
Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848.
Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em Paris em 1855, onde a sua casa era um centro da sociedade artística.
Ele morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, 13 de Novembro de 1868 e foi sepultado no cemitério Père Lachaise, em Paris, França.
Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santa Cruz, em Florença, onde agora repousam.

Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin nasceu em Żelazowa Wola/Polónia a 1 de Março de 1810



Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin nasceu em Żelazowa Wola/Polónia a 1 de Março de 1810 e morreu em Paris a 17 de Outubro de 1849, muito novo, com 39 anos.
Chopin foi um pianista polaco radicado em França e um enorme compositor para piano da era romântica.
É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.
A sua técnica refinada e sua elaboração harmónica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.
Chopin era filho de mãe polaca e pai francês-expatriado. Aclamado em sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou a Polónia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete, professor e compositor, e adotou a versão francesa dada aos seus nomes, Frédéric-François. De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand. Sempre com a saúde frágil, morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose.
Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas composições são amplamente consideradas como repertório essencial para este instrumento.
Na maioria das vezes a sua música é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a dança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico.
Ele inovou com novas formas musicais, como a balada e introduziu significantes inovações nas formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio.
Alguns citam suas obras como "os principais pilares" do romantismo na música erudita do século XIX.
Além disso, Chopin mostrou-se nacionalista mesclando sua música com elementos eslavos, hoje as suas mazurcas polacas são fundamentais para a música clássica nacional polaca.
Em 1829, em Varsóvia, Chopin ouviu Niccolò Paganini tocar e conheceu também o compositor e pianista alemão Johann Nepomuk Hummel.
Também em 1829, Chopin conheceu o seu primeiro amor, uma estudante de canto chamada Konstancja Gładkowska.
Em agosto de 1829, três semanas depois de sair do Conservatório de Varsóvia, Chopin fez uma brilhante estréia, em Viena. Ele fez duas apresentações de piano e recebeu muitas opiniões e comentários favoráveis, juntamente com outros que criticaram o baixo tom que ele produziu com o piano.
Em dezembro de 1829, no Merchant's Club de Varsóvia, ele realizou a première do seu Concerto para piano em fá menor.
Em 17 de março de 1830, no Teatro Nacional de Varsóvia, ele fez a primeira apresentação de seu outro concerto para piano, em mi menor.
Em 2 de novembro de 1830, Chopin deixou Varsóvia para dar concertos na Europa Ocidental.
Ele nunca regressou à Polónia. Ao fim do mês, eclodiu o Levante de Novembro e sua companhia de viagem Titus Woyciechowski voltou para casa para participar.
Chopin permaneceu em Viena, em certa ansiedade pelos seus entes queridos.
Então, visitou Munique e Estugarda (onde ele teve conhecimento da ocupação da Polónia pelo exército do Império Russo) e em setembro de 1831 chegou a Paris.
Ele já tinha produzido um portfólio de importantes composições, incluindo seus dois concertos para piano e alguns de seus estudos Op. 10.
Em 1833, Chopin publicou cinco Mazurcas, o Trio para piano, violino e violoncelo, três Noturnos, os doze grandes estudos dedicados a Liszt e o Concerto em Mi menor.
Em 1834, publicou a grande Fantasia sobre árias polacas, o Krakowiak para o piano e orquestras, três outros Noturnos e o Rondó em Mi bemol maior.
Em Paris, Chopin fez várias visitas e passeios. Neste mesmo ano, com Hiller, visitou um Festival Musical Rhenish em Aachen, organizado por Ferdinand Ries.
Lá, Chopin e Hiller se encontraram com Mendelssohn, e os três passaram a visitar Düsseldorf, Koblenz e Colónia, usufruindo da companhia uns dos outros e tocando e aprendendo música juntos.
Em 1835, Chopin organizou um encontro da sua família em Karlsbad. Lá ele conheceu o Conde Franz von Thun-Hohenstein, cujas filhas Chopin havia ensinado em Paris. O conde convidou Chopin e seus pais para ficarem no seu castelo familiar no Elba, Děčín. Depois os pais de Chopin voltaram a Varsóvia; ele nunca os veria novamente.
Voltou a Paris passando por Dresden, onde permaneceu algumas semanas, e, depois, por Leipzig, onde se encontrou com Mendelssohn, Schumann e Clara Wieck. Na viagem de volta, ele teve um ataque brônquico tão grave que alguns jornais polacos informaram que ele havia morrido.
Em 1836, Chopin tornou-se noivo de uma jovem polaca de 17 anos, Maria Wodzińska, cuja mãe insistiu para que o compromisso fosse mantido em segredo.
No ano seguinte, o noivado foi cancelado pela sua família.
Em 1848, Chopin deu seu último concerto em Paris, além de visitar a Inglaterra e a Escócia com a sua aluna e admiradora Jane Stirling. Eles chegaram a Londres em novembro, e, embora tenha conseguido dar alguns concertos e apresentações de salão.
Ele voltou a Paris, onde em 1849 e ficou incapaz de ensinar e se apresentar.
Sua irmã, Ludwika, que tinha dado a ele as primeiras lições de piano, cuidou dele no seu apartamento na Praça Vendôme, nº 12. Nas primeiras horas de 17 de outubro Chopin morreu.
Até 2008 acreditou-se que morreu de tuberculose, estudos de Wojciech Cichy, da Faculdade de Medicina da Universidade de Poznan atribuíram a sua morte a uma fibrose cística.

Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927



Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927, é um músico, cantor, ator, ativista político e pacifista norte-americano de ascendência jamaicana.
Um dos mais bem sucedidos artistas de origem caribenha da história, foi apelidado de "Rei do Calypso" por popularizar o ritmo caribenho nos Estados Unidos nos anos 50.
Durante sua carreira tem sido um consequente ativista político, envolvido em lutas pelos direitos civis e diversas causas humanitárias e um grande amigo da revolução cubana.
Belafonte nasceu no Harlem, o bairro negro pobre da cidade de Nova Iorque e na infância viveu na Jamaica, país natal de sua mãe.
De volta aos Estados Unidos, fez o colegial numa escola pública da cidade e serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial.
No fim dos anos 40, começou a ter aulas de arte dramática junto com Marlon Brando, Tony Curtis e Sidney Poitier, enquanto trabalhava junto ao teatro negro americano.
Anos depois, receberia um Prêmio Tony por seu trabalho nos palcos da Broadway.
Belafonte iniciou sua carreira na música como cantor em night-clubs de Nova Iorque para pagar as suas aulas de ator.
O seu repertório misturava o pop com o folk ianque, pelo qual se interessou ao voltar da guerra.
Em 1952 conseguiu um contrato de gravação com a empresa RCA Victor e quatro anos depois seu álbum Calypso explodiu, sendo o primeiro LP a vender mais de um milhão de cópias no país.
Foi este disco que apresentou o Calypso ao público local e o consagrou como "Rei", apelido pelo qual ele tinha fortes reservas.
Durante os anos sessenta, além de ganhar dois prêmios Grammy e seis discos de ouro, introduziu diversos novos artistas ao público ianque, notadamente a cantora sul-africana Miriam Makeba com quem gravou diversas músicas anti-apartheid.
Um dos seus álbuns de sucesso, de 1962, traz a primeira gravação registada de um jovem tocador de harmónica chamado Bob Dylan.
Com a chegada dos Beatles aos Estados Unidos e a invasão do rock inglês nos espectáculos musicais, o sucesso de Belafonte começou a diminuir.
Mesmo sem o mesmo status de astro dos primeiros anos, ele continuou a fazer grandes shows pelo país e pelo mundo até 2003, quando anunciou que se retiraria dos palcos.
Belafonte sempre foi reconhecido como um dos grandes ativistas políticos dos Estados Unidos e dos mais consequentes. Apesar de famoso nas artes, isto nunca lhe protegeu da discriminação racial, especialmente no sul do país, onde se recusou a se apresentar entre 1954 e 1961. Neste período, como muitos outros, foi colocado na Lista Negra pelo Macartismo, tendo dificuldades para trabalhar.
Grande seguidor do Movimento dos Direitos Civis e um dos confidentes de Martin Luther King, levantou milhares de dólares para libertar sob fiança centenas de manifestantes presos e foi um dos organizadores da famosa Marcha sobre Washington.
Em 1968, ele e sua amiga, a cantora Petula Clark, protagonizaram uma cena pioneira na tv ianque, num programa especial da cantora britânica na rede NBC.
Durante a gravação, enquanto cantavam juntos e sorriam um para o outro, Petula, branca, segurou por instantes nos braços e ombros de Harry, levando o patrocinador, a marca de automóveis Plymouth, a querer retirar a cena da edição final, por medo da reação do público.
Petula recusou-se ameaçando impedir a transmissão do programa todo, pois ele era de sua propriedade (The Petula Clark Show) e a questão, entre a gravação e a exibição provocou grande discussão na imprensa.
Quando o show foi finalmente ao ar, sem cortes, provocando grandes índices de audiência, mostrava pela primeira vez na história duas pessoas de cores diferentes tendo contato físico carinhoso durante uma transmissão de televisão .
Em 1985 foi um dos organizadores do grupo de artistas que gravou a famosa música "We Are the World" que vendeu milhões de cópias em todo mundo e ganhou um Premio Grammy, e se apresentou ao vivo no super concerto Live Aid.
Em 1987 foi nomeado embaixador da boa vontade da Unicef.
Nesta função, foi a Ruanda e África do Sul, levantando fundos de ajuda e denunciando a miséria, exploração e racismo existente em grande escala no continente africano.
Desde o começo da carreira ele tem sido um feroz crítico da política externa ianque e, a partir dos anos 80, começou a dar declarações polémicas aos meios de comunicação, defendendo o fim do embargo económico a Cuba, elogiando as iniciativas de paz da ex-União Soviética, condenando a invasão de Granada, honrando a memória do Casal Rosenberg e elogiando Fidel Castro.
Harry Belafonte chamou a atenção por seus comentários políticos contra o governo Bush e a Guerra do Iraque.
Sendo um dos primeiros artistas a apoiar publicamente o jornalista e documentarista Michael Moore em sua cruzada cívica contra a eleição de George Bush e a invasão do Iraque, um de seus comentários mais ácidos foi feito durante uma entrevista a uma rádio de San Diego, quando acusou, usando palavras de um de seus mentores ideológicos, Malcom X, os então Secretários de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell e Condoleeza Rice, de serem usados como serviçais úteis do governo branco e direitista de George Bush.
Frases famosas de Harry Belafonte:
“Não importa o que diga o grande tirano e terrorista do mundo, George W. Bush, estamos aqui para lhe dizer que não centenas, nem milhares, mas milhões de pessoas nos Estados Unidos apóiam o seu governo e a sua revolução” (dirigindo-se a Hugo Chaves quando de uma sua ida à Venezuela acompanhado de outro artista e activista Danny Glover)
“Qual a diferença entre uns terroristas e outros terroristas?” (comparando o governo americano aos autores dos atentados do 11 de Setembro)
“Harry Belafonte, o Patriota” (o que ele gostaria que aparecesse no seu epitáfio se pudesse escolher)

Tabuaço - Onde a Natureza Sorri





No Portugal interior há um lugar de mistérios ancestrais, lugar de árvores frondosas e altas vertentes de luz; caminhos rasgados num paraíso natural.
Tabuaço mostra o rosto entre socalcos e uma paisagem a perder de vista. Neste lugar, o rio Douro estende um manto de águas tranquilas.
Imagine agora um lugar onde o património religioso é um dos pilares da história. Respire esta aragem sagrada.
Neste lugar, a festa é um longo pátio que chama gente de todo o concelho. O povo debulha em hinos de solenidade e alegria as sementes de uma tradição que se acende todos os anos, como demonstra a contenda entre os foliões do fundo de vila e cimo de vila. Nas ruas e praças, o sagrado dá as mãos ao profano num iluminar de folguedo. Gente de todas as idades e profissões numa alegria contagiante. Rostos e corpos que voam num carrossel de emoções.
E nesta paisagem quem é que fica indiferente ao convite da população que se junta em animados convívios e fartas merendas?
E mesmo ali ao lado o rio Távora espreguiça-se tranquilamente entre outeiros e vinhedos.
Casas de granito. Janelas sem trancas. Gente de coração aberto. Gestos hospitaleiros de quem sabe acolher viajantes.
Olha-se para esta imensidão e sente-se de imediato o cheiro a uva: a riqueza das riquezas de Tabuaço. Por estes socalcos a vinha cresce abençoada por um sol fecundo. É dura a jornada, mas os cestos vão tomando o corpo e cheiro. A delicadeza, o esforço, corte certeiro do cacho, sublinhado sempre com a alegria e cânticos. Da vinha para o lagar, a uva é sangue puro que corre. A marcha dos pisadores prolonga-se pela madrugada. Sintonia perfeita numa árdua caminhada. Amadurece nas encostas e lagares. Depois o vinho ganha finalmente cor, cheiro, timbre. À volta de uma mesa chega o momento sagrado do brinde.
Mas o vinho é apenas uma das atrações nesta terra de múltiplos sabores. O azeite de Tabuaço. O pão de Tabuaço. São produtos de excelência numa terra em que as mãos criadoras encontram em velhas receitas os segredos dos autênticos paladares. E na mesa rústica serve-se a tradição às fatias.
O impulso criador desta gente alarga-se também ao artesanato. Transformam xisto e outros materiais em peças únicas: miniaturas modeladas ao detalhe, graças à inspiradora paisagem envolvente.
São olhos rubros que despontam nas cerejeiras. Porque lhe chamam a melhor cereja do mundo? Fruto de muito trabalho é colhida por mãos calejadas. A cereja é tratada como cristal frágil. Carnuda e luzidia a cereja de Távora é cuidadosamente embalada antes de chegar ao consumidor.
O paraíso na montanha. Um assombro de pureza. Neste lugar qualquer família é tocada por um ambiente de absoluta tranquilidade. Longe do mar, perto da natureza. Tabuaço oferece também todas as condições para o gozo pleno dos tempos livres ou de umas férias tranquilas longe do bulício do litoral.
A serena respiração do Douro convida a largos e calmos passeios. Depois há abrigos de charme, conforto e acolhedores serviços de mesa.
Tabuaço não é um postal imperfeito.
Aqui até os desportos radicais têm palcos singulares. E quem olha de cima descobre facilmente como é tentador pedalar por estas encostas.
Tabuaço é uma porta aberta às famílias. Aqui celebra-se o regresso à infância. As crianças lançam as sementes do futuro e tudo se renova num chão fértil de possibilidades.
Tabuaço, onde a natureza sorri!

Ammaia