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sexta-feira, 6 de março de 2015

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni nasceu em Caprese/Itália a 6 de Março de 1475



Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni nasceu em Caprese/Itália a 6 de Março de 1475 e morreu em Roma a 18 de Fevereiro de 1564, mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo (português europeu) ou Michelangelo (português brasileiro), foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte.
Desenvolveu o seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença e vários papas romanos.
Iniciou-se como aprendiz dos irmãos Davide e Domenico Ghirlandaio em Florença.
Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras.
Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas.
A sua carreira desenvolveu-se na transição do Renascimento para o Maneirismo e o seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança.
Várias das suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, as duas tumbas Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro implementando grandes reformas em sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-lhe o Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio.
Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida.
A sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos numerosos sobre sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores.
Para a posteridade Miguel Ângelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.

Miguel Augusto Bombarda nasceu no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1851



Miguel Augusto Bombarda nasceu no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1851 e morreu em Lisboa a 3 de Outubro de 1910, foi um médico, cientista, professor e político republicano português
Miguel Bombarda nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1851, então capital do Império do Brasil. Formou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tendo defendido uma tese sobre o "Delírio das Perseguições".
Empregou-se como lente naquela instituição em 1880, onde ocupou, por largos anos, a cadeira de Fisiologia e Histologia; em 1903, passou para a cadeira de Fisiologia Geral e Histologia.
Nestas funções, deu um importante contributo para a reforma dos estudos médicos.
Colaborou, igualmente, com esta instituição, tendo contribuído para a construção do seu edifício e para a aquisição de material científico.
Dedicou-se, especialmente, às enfermidades do sistema nervoso, tendo, por este motivo, sido convidado para dirigir o Hospital de Rilhafoles, posição que começou a ocupar em 1892; reorganizou e melhorou esta instituição, tendo aberto um curso livre de psiquiatria em 1896.
Aí exerceu igualmente as funções de cirurgião hospitalar e ao reorganizar a sua gestão acabou por o dirigir, desde 1892. Foi, igualmente, médico no Hospital de São José.
Fez parte de várias instituições nacionais e estrangeiras, como o Conselho Superior de Higiene, a Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, da qual foi presidente e o Conselho de Medicina Legal; também exerceu a posição de secretário geral da Liga Nacional contra a Tuberculose, tendo organizado vários congressos.
Presidiu, igualmente, à Academia Real das Ciências Médicas de Lisboa. Nas funções de secretário-geral, foi responsável por organizar o XV Congresso Internacional de Medicina, que se realizou na cidade de Lisboa, em 1906.
Publicou várias dezenas de volumes e cerca de meio milhar de ensaios, a debruçar-se sobre os problemas clínicos terapêuticos e sanitários e sobre a Psiquiatria.
Defensor do anticlericalismo e do monismo naturalista e materialista, provocou polémica quando editou o livro “A Consciência e o Livre Arbítrio”, em 1897, e realizou várias conferências, como a Ciência e Jesuitismo e a Réplica a Um Padre Sábio.
Fundou, junto com Sousa Martins e Manuel Bento de Sousa, o jornal Medicina Contemporânea; dirigiu este periódico até à sua morte e colaborou frequentemente, tendo publicado vários artigos sobre as ciências médicas. Também colaborou na revista Brasil-Portugal (1899-1914).
Iniciou a sua carreira na política em 1908, como deputado adjudicado a Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, então Presidente do Conselho; de tendências liberais e anticlericais, declarou-se abertamente como republicano, e começou a colaborar nos planos para um golpe de Estado para derrubar a Monarquia. No entanto, dois dias antes daquele que se dá o inicio da Implantação da República Portuguesa, em 3 de Outubro de 1910, foi assassinado no seu gabinete do Hospital de Rilhafoles, por um doente mental.
Fundou, em 1901, a Junta Liberal, e foi um membro do Comité Revolucionário, em 1909.

Gabriel José García Márquez nasceu em Aracataca/Colômbia a 6 de março de 1927



Gabriel José García Márquez nasceu em Aracataca/Colômbia a 6 de março de 1927 e morreu a 17 de Abril de 2014, é um enorme escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano.
Considerado um dos autores mais importantes do século 20, ele foi premiado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972 e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado “Cem Anos de Solidão”.

Gabriel Garcia Márquez foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana.
Viajou muito pela Europa e vivia no México quando faleceu.
É pai do cineasta Rodrigo García.
Em abril de 2009 declarou que se reformava e que não pretendia escrever mais livros.
Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, noticiou que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora esteja em bom estado físico, perdeu a memória e não voltará a escrever.
Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955.
Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse.
O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como “Crônica de uma morte anunciada” e “El amor en los tiempos del cólera”.
Em 1967 publica “Cem Anos de Solidão”, livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração.
Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico".
As suas novelas e histórias curtas - fusões entre a realidade e a fantasia – levaram-no ao Nobel de Literatura em 1982.
Em 2002 publicou sua autobiografia “Viver para contar”, logo após ter sido diagnosticado um cancro linfático.
Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.
Tem interesse por cinema e trabalha principalmente como diretor.
Em 1950 estudou no Centro experimental de cinema em Roma.
Participou diretamente nalguns filmes, tais como, Juego peligroso, Presságio, Erendira, entre outros.
Em 1986 funda Escola Internacional de Cinema e Televisão em Cuba, para apoiar a carreira de jovens da América Latina, Caribe, Ásia e África.
Em 1990 conhece Woody Allen e Akira Kurosawa, diretores pelos quais tem admiração.
Sabíamos desde 2012 que Gabriel Garcia Marquez estava doente e tinha deixado de escrever, mas a sua saúde agravou-se e venceu-o!

Maria Helena Vieira da Silva morreu em Paris a 6 de março de 1992

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quinta-feira, 5 de março de 2015

Retrato do poder (em bom vernáculo)



Retrato do poder
(em bom vernáculo)


o crato é um chaparro
a cristas não vale um escroto
a luís é um escarro
e o aguiar um arroto


é uma mancha o machete
o portas um filme porno
o pires não vale um pirete
o guedes não vale um corno

a esteves uma estouvada
a paula tê uma cruz
o macedo, uma maçada
o mota um lambe-cus

este governo é mosquedo
esta presidência um coio
o pedro não vale um pêdo
nem o poiares vale um poio

António Aleijo in «Esta bílis que despejo»

Manuel José de Arriaga Brum da Silveira, faleceu em 5 de Março de 1917

 
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta, filho de Sebastião de Arriaga e de D. Maria Antónia Pardal Ramos Caldeira de Arriaga, ambos descendentes de famílias nobres açorianas.
Casou com D. Lucrécia de Brito Berredo Furtado de Melo, neta do comandante da polícia do Porto e partidário das forças liberais à data da revolução de 1820, de quem teve seis filhos, dois rapazes e quatro raparigas. Faleceu em 5 de Março de 1917, com 77 anos de idade.
Na Universidade de Coimbra, onde se formou em Leis, cedo manifestou simpatia pelas ideias republicanas, o que provocou um conflito insanável com o pai, que o deserdou e lhe deixou de custear os estudos. Para sobreviver e pagar a Faculdade, teve então de dar aulas de Inglês no liceu.
Em 1866, concorreu a leitor da décima cadeira da Escola Politécnica e da cadeira de História do Curso Superior de Letras. Não conseguindo a nomeação para qualquer delas, teve de continuar, agora em Lisboa, a leccionar a mesma disciplina de Inglês. Dez anos depois, em 26 de Agosto de 1876, já faz parte da Comissão para a Reforma da Instrução Secundária. Simultaneamente, vai cimentando a sua posição como advogado, tornando-se um notável casuísta graças à sua honestidade e saber. Entre as várias causas defendidas destaca-se, em 1890, a defesa de António José de Almeida, após este ter escrito no jornal académico O Ultimatum, o artigo "Bragança, o último", contra o rei D. Carlos.
Na sequência dos acontecimentos de 5 de Outubro de 1910, e para serenar os ânimos agitados dos estudantes da Universidade de Coimbra, é nomeado reitor daquela Universidade, tomando posse em 17 de Outubro de 1910.


Filiado no Partido Republicano, foi eleito por quatro vezes deputado pelo círculo da Madeira. Em 1890, foi preso em consequência das manifestações patrióticas de 11 de Fevereiro, relativas ao Ultimato Inglês.
Em 1891, aquando da revolta de 31 de Janeiro, já fazia parte do directório daquele Partido, em conjunto com Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo.
Nos últimos anos da monarquia, sofre um certo apagamento, dado que o movimento republicano tinha chegado, entretanto, à conclusão que a substituição do regime monárquico não seria levada a cabo por uma forma pacífica. Os republicanos doutrinários são, então, substituídos pelos homens de acção que irão fazer a ligação à Maçonaria e à Carbonária.
Depois da proclamação do regime republicano foi então chamado a desempenhar as funções de Procurador da República.


ELEIÇÕES E PERÍODO PRESIDENCIAL


Foi eleito em 24 de Agosto de 1911, proposto por António José de Almeida, chefe da tendência evolucionista, contra o candidato mais directo, Bernardino Machado, proposto pela tendência que no futuro irá dar origem ao Partido Democrático de Afonso Costa.
O escrutínio teve o seguinte resultado:
Manuel de Arriaga 121 votos
Bernardino Luís Machado Guimarães 86 votos
Duarte Leite Pereira da Silva 1 voto
Sebastião de Magalhães Lima 1 voto
Alves da Veiga 1 voto
Listas brancas 4 votos


Assiste-se na época à divisão efectiva das forças Republicanas. De 27 a 30 de Outubro de 1911, reúne-se, em Lisboa, o Congresso do Partido republicano em que é eleita a lista de confiança de Afonso Costa, passando o partido a denominar-se Partido Democrático. Em 24 de Fevereiro de 1912, por discordar da nova linha política seguida pela nova direcção, António José de Almeida funda o Partido Evolucionista, e dois dias depois, Brito Camacho, o Partido União Republicana, divisão que, no entanto, pouco adiantará para a resolução das contradições deste período deveras conturbado. O início da Primeira Grande Guerra vem agravar ainda mais a situação, dando origem à polémica entre guerristas e antiguerristas.
O Ministério de Victor Hugo de Azevedo Coutinho, alcunhado de Os Miseráveis, que vigora entre 12 de Dezembro de 1914 e 25 de Janeiro de 1915, não vem alterar em nada a situação, acabando por ser demitido na sequência dos acontecimentos provocados pelo "Movimento das Espadas", de âmbito militar, onde se destacaram o capitão Martins de Lima e o comandante Machado Santos.
O Presidente Manuel de Arriaga tenta inutilmente chamar as forças republicanas à razão, envidando esforços no sentido de se conseguir um entendimento entre os principais dirigentes partidários. Goradas estas diligências, não dispondo de quaisquer poderes que lhe possibilitassem arbitrar os diferendos e impor as soluções adequadas e pressionado pelos meios militares, vai então convidar o general Pimenta de Castro para formar governo que é empossado em 23 de Janeiro de 1915.
O encerramento do Parlamento e a amnistia de Paiva Couceiro vão transformar em certezas as desconfianças que os sectores republicanos tinham acerca daquele militar, desde o governo de João Chagas onde ocupara a pasta da Guerra e evidenciara uma atitude permissiva face às tentativas monárquicas de Couceiro. A revolta não se fez esperar. Em 13 de Maio do mesmo ano, sectores da Armada chefiados por Leote do Rego e José de Freitas Ribeiro demitem o Governo que é substituído pelo do Dr. José de Castro, que inicia as suas funções em 17 do mesmo mês.
O Presidente é obrigado a resignar em 26 de Maio de 1915, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças da Guarda Republicana.
Manuel de Arriaga não conseguiu recuperar deste desaire, morrendo amargurado dois anos depois, em 5 de Março de 1917. Foi substituído pelo Dr. Teófilo Braga.

Pier Paolo Pasolini nsceu em Bolonha a 5 de março de 1922



Pier Paolo Pasolini nsceu em Bolonha a 5 de março de 1922 e morreu, assassinado, em Óstia a 2 de novembro de 1975, com 53 anos!
Pasolini foi um cineasta, poeta e escritor italiano.
Nos seus trabalhos Pasolini demonstrou uma versatilidade cultural única e extraordinária, que serviu para transformá-lo numa figura controversa.
Embora o seu trabalho continue a gerar polémica e controvérsia até hoje, enquanto Pasolini ainda era vivo, os seus trabalhos foram tidos como obras de arte segundo muitos pensadores da Cultura italiana.
O crítico literário americano Harold Bloom considera Pasolini o maior poeta europeu e a maior voz da poesia do século XX.
Era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira e de Susanna Colussi, professora primária, natural de Casarsa della Delizia (Friul), ao norte da Itália. Teve um irmão chamado Guidalberto Pasolini (1925 - 1945), que faleceu numa emboscada lutando na Segunda Guerra Mundial. Em 1926, o pai de Pasolini foi preso por dívidas de jogo e sua mãe mudou-se para a casa da sua família em Casarsa della Delizia, na região de Friuli.
Em 1939, Pasolini graduou-se em literatura pela Universidade de Bologna.
Era homossexual assumido e um artista solitário.
Antes de ficar famoso como cineasta, Pasolini havia trabalhado também como professor, poeta e novelista.
Entre seus livros mais conhecidos, estão Meninos da Vida, Uma Vida Violenta e Petróleo (livro). De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas.
Em 26 de janeiro de 1947, Pasolini escreveu uma importante declaração para a primeira página do jornal Libertà: "Em nossa opinião, pensamos que, atualmente, só o comunismo é capaz de fornecer uma nova cultura."
A controvérsia foi parcial devido ao fato de ele ainda não ser um membro do Partido Comunista Italiano, PCI.
Após sua adesão ao PCI, participou em várias manifestações, e, em meados de 1949, participou do Congresso da Paz, em Paris.
Observando as lutas dos trabalhadores e camponeses e vendo os confrontos dos manifestantes com a polícia italiana, ele começou a criar seu primeiro romance.
Em janeiro de 1950, Pier Paolo Pasolini mudou-se para Roma com a sua mãe.
Realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África (Apontamento para uma Oréstia Africana).
Os seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano , na época fortemente ligado à igreja católica, que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade.
Além disso, o seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno.
Prova disso é a obra Teorema, em que um indivíduo entra na vida de uma família e a desestrutura por inteiro, cada membro da família representa uma instituição da sociedade.
Dirigiu os filmes da Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I Raconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte.
Pasolini, num determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela indústria cultural, que os classificava como pornográficos.
Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irã, Nepal e Iêmen. Os filmes eram dobrados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só chegou a ser exibido ali na década de 80. No Brasil, só foi exibido após a abertura política.
Em Accattone, de 1961, Pasolini pôs em prática a sua visão sobre a classe do proletariado na sociedade italiana da época.
Pasolini gostava de trabalhar com atores amadores e do povo.
Pier Paolo Pasolini foi brutalmente assassinado em novembro de 1975.
Ele tinha o rosto desfigurado e várias lesões no corpo. Foi encontrado no hidro-aeródromo de Ostia.
Os motivos de seu assassinato continuam a gerar polémica até hoje, sendo associados, com maior probabilidade a crime político.
Ganhou o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes, por "Giovani Mariti" (1958), o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza, por "Il vangelo secondo Matteo" (1964) e o Prémio OCIC no Festival de Veneza, por "Il vangelo secondo Matteo" (1964), o Prémio Especial do Júri no Festival de Berlim, por "Il Decameron" (1971), o Urso de Ouro no Festival de Berlim, por "I Raconti di Canterbury" (1972) e o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes, por "Il fiore delle mille e una notte" (1974).

Arlindo Augusto Pires Vicente nasceu em Troviscal/Oliveira do Bairro a 5 de Março de 1906


 
Arlindo Augusto Pires Vicente nasceu em Troviscal/Oliveira do Bairro a 5 de Março de 1906 e morreu em Lisboa a 24 de Novembro de 1977.
Há 108 anos, na freguesia do Troviscal, nasceu Arlindo Vicente, um nome que honra o património de luta contra o fascismo.
Entre outras facetas, foi destacado protagonista de uma das batalhas que mais abalaram a ditadura: a farsa eleitoral para a Presidência da República, de 8 de Junho de 1958.
Reinava no país a ditadura dos monopólios e dos latifúndios, principal causa da situação de atraso e de miséria em que o País estava mergulhado. os registos desta época dão-nos conta da entrada em crise de sectores fundamentais para a economia, como os têxteis, a cortiça e as conservas, do aumento do desemprego e da subida do custo de vida para níveis insustentáveis para os trabalhadores.
Foi neste contexto de agravamento da situação económica e social, mas também do desenvolvimento da organização e luta dos trabalhadores, mobilizados, essencialmente, pela única força política com intervenção consequente na oposição ao regime, o PCP, que se travou este importante combate eleitoral.
Arlindo Vicente, ao aceitar a honrosa mas também perigosa missão de ser candidato da Oposição Democrática à Presidência da República, protagonizou um dos principais papeis deste confronto com o fascismo.
Um confronto que, pelas brechas provocadas nas muralhas do regime, ficou para sempre referenciado como um marco histórico da longa luta pela liberdade.
Missão de risco na medida em que ia muito para além da mera concorrência eleitoral. Era uma candidatura em nome de um projecto de ruptura com o regime fascista. Um projecto que, apesar de unitário, era abertamente apoiado e dinamizado pela força política mais temida e odiada pelo fascismo: O Partido Comunista Português.
Por isso, ao aceitar esta missão, Arlindo Vicente teve correu o perigo de ser preso, como aliás, veio a ocorrer, ou até mesmo de perder a vida, como aconteceu com Humberto Delgado, mais tarde assassinado pela PIDE.
Surgida após a desistência da candidatura do engenheiro Cunha Leal por alegadas razões de doença, a escolha de Arlindo Vicente para candidato é votada por unanimidade numa Assembleia de Delegados do Movimento Oposição Democrática (MOD), realizada a 20 de Abril.
Nos dias imediatos, para além dos materiais de campanha da candidatura, são também editados diversos documentos do PCP, apelando à unidade e à mobilização dos democratas em torno desta candidatura e dos seus princípios orientadores: a «unidade de toda a oposição através de comissões eleitorais organizadas sem discriminação»; a «participação activa e consequente até à boca das urnas»; a «defesa de um programa democrático de governo que unisse à sua volta toda a oposição».
Aproveitando ao máximo as escassas liberdades que o regime de Salazar foi obrigado a ceder, foi levada a cabo, por todo o país, uma activa e participada campanha de esclarecimento.
Uma campanha de massas, como defendia o PCP, que contribui para abrir caminho a uma ampla unidade das forças antifascistas.
Arlindo Vicente participa ajudando, com a sua capacidade e prestígio, a propagar as ousadas ideias de mudança que norteavam esta candidatura.
Entre muitas outras intervenções, numa entrevista ao jornal República, avança como pontos fundamentais: a «unidade de todos os portugueses»; a «restauração das liberdades democráticas»; a «elevação do nível de vida do povo e o desenvolvimento da economia nacional»; a «modificação da política ultramarina» e o «entendimento e cooperação de todos os povos e de todos os governos».
Dias mais tarde, numa outra entrevista ao mesmo jornal, assume outro compromisso arrojado para época: o de instituir a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
O seu passado com múltiplas provas dadas na luta contra o regime, as suas capacidades intelectuais e humanas e o prestígio que detinha, estiveram na base da escolha de Arlindo Vicente para o grande objectivo da Oposição democrática, o de reunir em torno de uma personalidade com este perfil todas as correntes opositores ao regime.
No entanto, este não foi o entendimento de alguns oposicionistas, que preferiram avançar com a candidatura do general Humberto Delgado, um militar de carreira até aí afecto ao regime e, como tal, sem referências que transmitissem confiança aos sectores democráticos.
Contudo, apesar do carácter de divisão que a candidatura de Humberto Delgado trouxe às forças opositoras ao regime, o PCP teve, desde o seu surgimento, uma posição lúcida quanto ao essencial do que estava em jogo: «o salazarismo é o inimigo comum das forças que apoiam as duas candidaturas», considerou o Comité Central, ao mesmo tempo que apelava à unidade na acção, tanto em torno das reivindicações dos trabalhadores, como contra a repressão e pelas liberdades democráticas.
Foi este ângulo de visão de valorização dos pontos comuns das candidaturas oposicionistas, numa perspectiva da construção de uma forte oposição em torno do objectivo central de derrotar o fascismo, que, em 31 de Maio, se chegou ao entendimento entre Humberto Delgado e Arlindo Vicente.
Em volta das candidaturas da oposição, tinha sido criado um poderoso movimento popular, para o qual muito tinham contribuído o MOD e o seu candidato.
Por isso, como expressa o comunicado da Comissão Política do PCP, emitido no dia seguinte à celebração do acordo, a desistência da candidatura de Arlindo Vicente foi um acto de lucidez e de coragem política, na medida em que, naquele momento, a candidatura de Humberto Delgado era a que «oferecia maiores possibilidades e perspectivas de se alcançar uma grande vitória».
A estrondosa farsa eleitoral montada a 8 de Junho deu a vitória a Américo Tomás, o candidato do regime. Mas o movimento popular e democrático desenvolvido em torno do processo eleitoral tinha acossado o fascismo e, como fera ferida, às denúncias da fraude responde com feroz repressão.
Sucedem-se as vagas de prisões de comunistas e outros democratas. Arlindo Vicente pouco tempo depois é também acusado de actos «subversivos» e por isso condenado à prisão e à perda de direitos políticos. Humberto Delgado é obrigado a exilar-se, mas mesmo assim é assassinado pela PIDE.
O fascismo não foi derrotado neste combate, mas a sementeira de confiança na perspectiva de mudança de regime foi grande e profícua. Apesar do fascismo ainda ter conseguido sobreviver mais dezasseis anos, esta batalha eleitoral constitui uma parte importante do processo que levou ao derrube do fascismo em Portugal.
Advogado de réus políticos e artista
Arlindo Vicente salientou-se também no exercício da advocacia e nas artes da escrita e da pintura.
Como advogado, cuja actividade iniciou em Anadia e que prosseguiu em Lisboa, destaca-se a corajosa defesa de réus acusados de crimes políticos, atitude que poucos tinham coragem de assumir, dada a perseguição a que ficavam sujeitos.
Como artista, a sua actividade vai desde o papel de director do jornal de caricatura Pena, Lápis e Veneno, ao de pintor com méritos reconhecidos. Em 1927, organiza o 1º Salão de Arte dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Em 1930 e 1931, participa na organização do 1º e 2º Salão dos Artistas Modernos Independentes, em Lisboa. Em Novembro de 1974, as suas obras são novamente expostas na Sociedade Nacional de Belas Artes. Já depois do seu falecimento, realizam-se várias exposições, entre as quais, em 1990, na Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda, e no Museu Soares dos Reis, no Porto.
O reconhecimento de grande figura nacional
Arlindo Vicente ainda viveu os primeiros anos da revolução de Abril, participando em algumas das suas iniciativas.
Após o seu falecimento, em 1977, diversas iniciativas levadas a cabo um pouco por todo o País ilustram bem que é elevado o apreço que os democratas têm por esta figura: em 1983, foi agraciado postumamente com o Grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade; pelo menos em Lisboa, Coimbra, Oliveira do Bairro, Seixal e Grândola, Arlindo Vicente deu nome a ruas e avenidas; há poucos anos, em Aveiro, foi inaugurado o Museu da República Arlindo Vicente; presentemente, há sugestões para que em Bustos, freguesia vizinha da sua terra natal, seja criada a Escola de Artes Arlindo Vicente.
Em Oliveira do Bairro, concelho donde é natural, no dia 25 de Abril de 2006, uma comissão constituída por democratas, com o apoio dos órgãos autárquicos locais, comemorou o centenário do nascimento de Arlindo Vicente com a realização de uma sessão evocativa e uma exposição.
Os eventos, cujo lema foi «Arlindo Vicente, um lutador pela Democracia», estiveram à altura do homenageado. Contudo, o exemplo dado por esta figura nacional precisa de ser mais reconhecido e divulgado.
Porque em tempos de globalização do egoísmo e da corrupção de princípios, é importante recordar que vale a pena lutar por valores altruístas, mesmo quando essa luta se trava contra a corrente, como fez Arlindo Vicente.

(Publicado no Avante de 23 de Junho 2006)

Rosa Luxemburgo, nasceu em Zamość/Polónia a 5 de março de 1871


 
Rosa Luxemburgo, nasceu em Zamość/Polónia a 5 de março de 1871 e foi assassinada em Berlim a 15 de janeiro de 1919, com 47 anos.
Rosa Luxemburgo foi uma revolucionária marxista.
Entre os dirigentes e teóricos do movimento comunista internacional, Rosa Luxemburgo ocupa uma posição muito destacada.
A sua contribuição para a organização revolucionária dos trabalhadores da Polónia (onde nasceu em 1871), a sua actividade teórica e prática no quadro da ala revolucionária da «social democracia» alemã e da II Internacional, o seu combate intransigente contra o reformismo e o revisionismo e a sua luta contra a guerra, a sua posição solidária para com a Revolução de Outubro, fazem de Rosa Luxemburgo, como dela disse Lénine, «uma águia».
Foi mérito histórico de Rosa, com Karl Liebknecht, ter fundado o movimento Spartakus e o Partido Comunista Alemão.
Perseguida desde os seus tempos de estudante em Varsóvia, Rosa Luxemburgo foi forçada ao exílio e conheceu numerosas prisões.
A Revolução de Outubro na Rússia e a Revolução de Novembro de 1918 na Alemanha, apanharam-na na prisão.
Em liberdade, retomou imediatamente a luta, sendo vilmente assassinada, juntamente com Karl Liebknecht, em Berlim a 15 de Janeiro de 1919.
Em homenagem à sua memória, e com base em artigo do Militante, publicamos um texto de Rosa Luxemburgo sobre a Revolução alemã de Novembro, escrito pouco antes do seu assassinato, bem representativo da profundidade do seu pensamento:
“...O que nos ensina toda a história das revoluções modernas e do socialismo? A primeira fogueira da luta de classes na Europa terminou com uma derrota. O levantamento dos operários das fábricas de seda de Lyon, em 1831, saldou-se por um grande fracasso. Derrota também para o movimento cartista em Inglaterra. Derrota esmagadora para o levantamento do proletariado parisiense no decurso das Jornadas de Junho de 1848. A Comuna de Paris conheceu finalmente uma terrível derrota. A estrada do socialismo, considerando as lutas revolucionárias – está repleta de derrotas.
E no entanto esta história leva irresistivelmente, passo a passo, à vitória final! Onde estaríamos hoje sem todas estas «derrotas», de onde retirámos a nossa experiência, os nossos conhecimentos, a força e o idealismo que nos animam?
Hoje, que chegámos precisamente à véspera do combate final da luta proletária, estamos acantonados nestas derrotas e não podemos renunciar a nenhuma delas, pois de cada uma retiramos uma porção da nossa força, uma parte da nossa lucidez.
Os combates revolucionários são opostos às lutas parlamentares. Na Alemanha, durante quatro décadas, no plano parlamentar, só conhecemos «vitórias»; voávamos literalmente de vitória em vitória. E qual foi o resultado aquando da grande provação histórica de 4 de Agosto de 1914? Uma derrota moral e política esmagadora, um desmoronamento inaudito, uma bancarrota sem exemplo. Em contrapartida, até agora, as revoluções só nos trouxeram derrotas, mas esses fracassos inevitáveis são precisamente a caução reiterada da vitória final.
Com uma condição, é verdade! Porque é preciso estudar em que condições cada derrota teve lugar. Resulta ela do facto de que a energia das massas se quebrou contra a barreira das condições históricas que não tinham atingido maturidade suficiente, ou ela é atribuível às meias-medidas, à indecisão, à fraqueza interna que paralisaram a acção revolucionária?
Para cada uma destas duas eventualidades, dispomos de exemplos clássicos: a Revolução francesa de Fevereiro, a Revolução alemã de Março. A acção heróica do proletariado parisiense em 1848 é a fonte viva onde todo o proletariado internacional colhe toda a energia.
Pelo contrário, as pungentes ninharias da Revolução alemã de Março são como uma grilheta que entrava toda a revolução da Alemanha moderna. Elas repercutiram-se – através da história particular da social-democracia alemã – mesmo nos acontecimentos mais recentes da Revolução alemã, mesmo na crise que acabamos de viver.
À luz desta questão histórica, como julgar a derrota do que se designa por «semana spartaquista»? Ela é proveniente da impetuosidade da energia revolucionária e da insuficiente maturidade da situação, ou da fraqueza da acção desenvolvida?
De uma e de outra! O duplo carácter desta crise, a contradição entre a demonstração vigorosa, resoluta, ofensiva das massas berlinenses e a indecisão, as hesitações, os adiamentos da direcção, tais são as características deste último episódio.
A direcção ficou enfraquecida. Mas pode e deve-se instaurar uma nova direcção, uma direcção saída das massas e por elas escolhida. As massas constituem o elemento decisivo, a rocha sobre a qual será construída a vitória final da revolução.
As massas estiveram à altura da sua tarefa. Elas fizeram desta «derrota» um elo na série de derrotas históricas, que constituem o orgulho e a força do socialismo internacional. E está aí a razão por que a vitória florescerá no terreno desta derrota.
«A ordem reina em Berlim!» polícias estúpidos! A vossa «ordem» está construída na areia. A partir de amanhã a revolução «erguer-se-á de novo com estrondo» proclamando aos quatro ventos, para vosso maior pavor: «Eu era, eu sou, eu serei!»”


Josef Stalin, grande dirigente da Revolução de Outubro, da construção do socialismo na URSS, lider do Exército Vermelho que derrotou o nazi-fascismo e salvou a humanidade, héroi soviético e grande dirigente da classe operária e do PCUS , faleceu a 5 de março de 1953!

Hugo Chávez, faleceu a 5 de março de 2013



Hugo Chávez, militar revolucionário, presidente da República Bolivariana da Venezuela, faleceu a 5 de março de 2013, há dois anos!

Maria Alda Nogueira, faleceu a 5 de março de 1998




Maria Alda Nogueira, mulher notável, grande lutadora comunista, que consagrou muito da sua vida à causa da Emancipação da Mulher, à luta da classe operária e dos trabalhadores, aos ideais da Liberdade, da Democracia e do Socialismo, faleceu a 5 de março de 1998!

Descoberta solução para a crise!


Pronto ... chegou a coisa mais adorada! Com ela os seus problemas são resolvidos.

quarta-feira, 4 de março de 2015

A 04 de Março de 1394: Nasce no Porto o Infante D. Henrique

A 4 de Março de 1777: D. Maria I demite o Marquês de Pombal e afasta-o de Lisboa

Aleksander Stepánovich Popov nasceu em Turinskiye Rudniki a 4 de Março de 1859



Aleksander Stepánovich Popov nasceu em Turinskiye Rudniki a 4 de Março de 1859 e morreu em São Petersburgo/Rússia a 13 de Janeiro de 1906, foi um importante físico russo.
Popov estudou na Universidade de São Petersburgo. Foi o inventor da antena e, através dela, transmitiu ondas electromagnéticas à distância.
Em 1890 continuou com as experiências iniciadas pelos pioneiros da rádio, como Hertz.
Em 1894 construiu o primeiro receptor de rádio, uma versão do coesor e apresentou-o à Sociedade Russa de Física e Química a 7 de Maio de 1895.
Em Março de 1896 efectuou uma transmissão de rádio entre 2 edifícios do campus universitário e em 1898 transmitiu sinais entre terra e um barco que se encontrava a 5 quilómetros da costa.
Na mesma época, Marconi, de forma independente, realizava as investigações que o levaram a conseguir fazer a primeira transmissão sem fios.
Em 1901 foi nomeado para ser professor no Instituto Electrotécnico de São Petersburgo, que actualmente tem o seu nome, e em 1905 foi elegido para director.
Faleceu em São Petersburgo, com 46 anos, de hemorragia cerebral a 13 de Janeiro de 1906.

Paul Mauriat nasceu em Marselha a 4 de março de 1925



Paul Mauriat nasceu em Marselha a 4 de março de 1925 e morreu em Perpinhã a 3 de novembro de 2006, foi um orquestrador francês, especializado em Easy Listening.
O seu trabalho mais famoso é de 1968: "L'amour est bleu" ("Love is Blue"), originalmente gravado por Andre Popp
Paul Mauriat era filho de uma família de músicos, tendo o seu pai como o primeiro mestre. Aos quatro anos, iniciou seus estudos de piano. Aos dez, entrou para o Conservatório de Paris, saindo quatro anos mais tarde, decidido a seguir a carreira de concertista.
O encontro com o jazz, entretanto, mudou os planos iniciais de Mauriat. O novo ritmo decididamente influenciou o estilo que o tornaria famoso em todo o mundo.
Mauriat cresceu em Paris e, aos dezessete anos, organizou sua própria orquesta, apresentando-se em cabarés e teatros na França e em outros países da Europa.
Na década de 50, tornou-se o arranjador preferido de vários cantores franceses, entre os quais se destaca a figura de Charles Aznavour.
Mauriat retirou-se da profissão em 1998, num último show em Osaka, Japão.
A sua orquesta ainda faz shows pelo mundo, inclusive duas viagens para a China.
Entre seus maiores sucessos, os mais conhecidos são "L'Amour est bleu", "El Bimbo" e "Penelope".
Em 2002 o escritor e perito na vida do maestro, Serge Elhaik, lançou uma biografia autorizada, escrita em francês, denominada "Une Vie en Bleu" ("Uma Vida em Azul").
Esta biografia contém valiosas informações sobre a discografia de Mauriat e muitas fotos dele e de sua orquestra.
Gilles Gambus, pianista do grupo, liderou a orquestra após a retirada de Mauriat em 1999, obtendo sucesso nas turnés que fez no Japão, China e na Rússia.
Posteriormente, o músico francês Jean-Jacques Justafre assumiu a regência da orquesta, com planos pra actuar em shows no Japão e Coreia do Sul.
Nos últimos meses de 2006, Mauriat retirou-se definitivamente do meio artístico e passou a residir na sua casa de verão na cidade de Perpinhã.
No início do mês de novembro de 2006, foi internado no hospital da cidade e, após dois dias, em 3 de Novembro, à uma hora da manhã, Mauriat faleceu aos 81 anos.

Antonio Lucio Vivaldi nasceu em Veneza a 4 de março de 1678

Antonio Lucio Vivaldi nasceu em Veneza a 4 de março de 1678 e morreu em Viena/Austria a 28 de julho de 1741, foi um grande compositor e músico italiano do estilo barroco tardio.
Tinha a alcunha de “il prete rosso” ("o padre ruivo") por ser um sacerdote católico de cabelos ruivos.
Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra “Le quattro stagioni” ("As Quatro Estações").
Vivaldi era filho de Camilla Calicchio e Giovanni Battista, o mais velho de sete irmãos.
O seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar seus conhecimentos musicais e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo.
Em 1703, Vivaldi tornou-se padre.
Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde fragilizada (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza.
Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas.
Em 1705 a primeira colecção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens.
Em 1712 compôs o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição.
Em paralelo com suas atividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo suas primeiras óperas e alguns concertos: "Outtone in villa" e "Orlando Furioso" e entre outros concertos, "La Stravaganza".
Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", a sua obra mais conhecida.
Apesar de todas as críticas que recebera,não deixou de seguir seu sonho,sendo também suposto ter tido vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante.
Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.
Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza.
As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena.
As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou La Cetra a Carlos em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial.
Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer.
Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da protecção real e de fonte de rendimentos.
Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver.
Faleceu pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741.
Encontra-se sepultado na Universidade Tecnológica de Viena, na Áustria.
Foi-lhe dada sepultura anónima de pobre (a missa de Requiem na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro).
Igualmente desafortunada, a sua música viria a cair na obscuridade até os anos de 1900.

Miriam Makeba nasceu em Joanesburgo/África do Sul a 4 de Março de 1932



Miriam Makeba nasceu em Joanesburgo/África do Sul a 4 de Março de 1932 e morreu em Castel Volturno/Itália a 10 de novembro de 2008, com 75 anos.
Foi uma cantora também conhecida como "Mama África" e uma grande ativista pelos direitos humanos e contra o apartheid na sua terra natal.
Makeba começou a carreira em grupos vocais nos anos 50, interpretando uma mistura de blues americanos e ritmos tradicionais da África do Sul.
No fim da década, apesar de vender bastante discos no país, recebia muito pouco pelas gravações e nem um cêntimo de royalties, o que lhe despertou a vontade de emigrar para os Estados Unidos a fim de poder viver profissionalmente como cantora.
O seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando participou no documentário antiapartheid Come Back, África, a cuja apresentação compareceu, no Festival de Veneza daquele ano.
A recepção que teve na Europa e as condições que enfrentava na África do Sul fizeram com que Miriam resolvesse não regressar ao país, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.
Foi então para Londres, onde se encontrou com o cantor e ator negro norte-americano Harry Belafonte, no auge do sucesso e prestígio e que seria o responsável pela entrada de Miriam no mercado americano.
Através de Belafonte, também um grande ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos, Miriam gravou vários discos de grande popularidade naquele país. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso mundial.
Em 1966, os dois ganharam o Prêmio Grammy na categoria de música folk, pelo disco An Evening with Belafonte/Makeba . Nessa época também trabalhou com o brasileiro Sivuca.
Em 1963, depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros na África do Sul, perante o Comitê das Nações Unidas contra o Apartheid, os seus discos foram banidos do país pelo governo racista, o seu direito de regresso ao lar e a sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.
Os problemas nos Estados Unidos começaram em 1968, quando se casou com o ativista político Stokely Carmichael, um dos idealizadores do chamado Black Power e porta-voz dos Panteras Negras, levando ao cancelamento dos seus contratos de gravação e das suas digressões artísticas.
Por este motivo, o casal mudou-se para a Guiné, onde se tornaram amigos do presidente Ahmed Sékou Touré.
Nos anos 80, Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto da ONU, que lhe atribuiu o Prêmio da Paz Dag Hammarskjöld. Separada de Carmichael em 1973, continuou a vender discos e a fazer espetáculos em África, América do Sul e Europa.
Em 1975, participou nas cerimónias da independência de Moçambique, onde lançou a canção "A Luta Continua" (slogan da Frelimo), apreciada até aos nossos dias.
A morte da sua filha única em 1985 levou-a a mudar-se para a Bélgica, onde se estabeleceu.
Dois anos depois, voltaria triunfalmente ao mercado norte-americano, participando no disco de Paul Simon Graceland e na digressão que se lhe seguiu.
Com o fim do apartheid e a revogação das respectivas leis, Miriam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu pessoalmente à chegada. Na África do Sul, participou em dois filmes de sucesso sobre a época do apartheid e do levantamento de Soweto, ocorrido em 1976.
Agraciada em 2001 com a Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas "por relevantes serviços pela paz e pelo entendimento mundial", Miriam continuou a fazer shows em todo mundo e anunciou uma digressão de despedida, com dezoito meses de duração.
Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se num concerto a favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de novembro.