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terça-feira, 21 de abril de 2015

A actriz Adelina Martins Campos faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 2008

Adelina Campos

A actriz Adelina Martins Campos faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 2008, aos 103 anos de idade. Era natural de Vila Flor, onde tinha nascido a 11 de Abril de 1905, mas foi viver para Lisboa com a avó, após o falecimento da mãe.
Formou-se em 1926 com o Curso de Arte de Representação do Conservatório Nacional de Lisboa, tendo-se estreado nesse mesmo ano, enquanto aluna do Conservatório, com a peça“As Duas Metades”, representada com grande sucesso no Teatro D. Maria II, em Lisboa.
Pertenceu, como convidada ou actriz residente, ao Teatro Nacional de D. Maria II – onde permanece durante catorze anos –, à Companhia de Ilda Stichine, à Companhia do Teatro Politeama, à Companhia Lucília Simões e à Companhia Maria Matos.
Prestou ainda relevante colaboração no Teatro da Trindade, na Companhia Gino Saviotti e na Companhia da Estufa Fria, e fez, também, diversas digressões artísticas ao Brasil. Revelou grandes dotes de ingenuidade dramática nas peças“Lourdes” e “Morgadinha de Valflor”.
Casara em 1927 com o actor Rodrigo Samwell Diniz(1888+1972), de quem teve um filho, Francisco Manuel Samwell Diniz. Visitara a sua santa terrinha, pela última vez, em 2002, na companhia dos netos, para «se despedir da terra que a viu nascer».
Em Julho de 2006, a Câmara Municipal de Vila Flor baptizou oficialmente o Auditório Municipal Adelina Campos, oito anos após a sua inauguração. Uma merecida homenagem, sem dúvida.
A atribuição do seu nome ao auditório deve-se à actriz Cecília Guimarães, que de visita a Vila Flor, em 2005, alertara a autarquia para a importância, longevidade e paradeiro de Adelina Campos, o que muito sensibilizou o presidente Artur Pimentel.
Assim o auditório do Centro Cultural de Vila Flor foi baptizado com o nome da actriz, por proposta do presidente da Câmara Municipal de Vila Flor, devido ao «facto da actriz de teatro e cinema mais velha do nosso País, com 101 anos [na altura], ser natural de Vila Flor».
«O nome deste auditório está muito bem entregue a Adelina Campos, uma grande actriz do nosso teatro e cinema», sublinhou o edil. A intenção do autarca era trazer a artista à sua terra natal, mas «devido à sua idade avançada, não foi possível», lamentou Artur Pimentel na altura.
No Museu de Vila Flor encontram-se depositadas uma série de cartas que a actriz Adelina Campos e o marido Samwell Diniz escreveram a Raul de Sá Correia, nas quais se negoceia a récita da peça “Três Num Automóvel”, que acabou por ser representada na Casa do Povo de Vila Flor, na noite de 28 de Fevereiro de 1952, em cuja peça também entrava como protagonista a actriz Hortense Luz.
O seu funeral realizou-se quarta-feira, 23 de Abril de 2008, a partir da igreja do Campo Grande para o talhão dos artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Teve notáveis interpretações nas seguintes peças teatrais, entre outras:
Napoleão, de P. Reynal, em 1946;
Rapazes de Hoje, de R. Ferdinand, em 1947;
O Gebo e a Sombra, de Raul Brandão, em 1958.
Participou nos seguintes filmes:
José do Telhado, de Armando Miranda, de 1945;
História Simples da Gente Cá do Meu Bairro, de Varela Silva, de 1965;
Uma Vontade Maior, de Carlos Tudela, de 1967;
O Diabo Era Outro, de Constantino Esteves, de 1969.
Noutros tempos a actriz Adelina Campos foi presença assídua nos programas de televisão, nas peças semanais que então a RTP transmitia semanalmente. Foi, conjuntamente com o seu marido, uma das mais ilustres figuras do nosso meio teatral nas décadas de 1920 a 1960, com brilhante presença nos palcos.

A 21 de Abril de 2004 - É assinado o contrato de aquisição de dois submarinos para a Marinha Portuguesa no valor de 800 milhões de euros.

A 21 de Abril de 2003 - Morre a pianista, compositora e cantora de jazz norte-americana Nina Simone, 70 anos.

A 21 de Abril de 1891 - Morre José Elias Garcia, do grupo fundador do Partido Republicano.

JOSÉ ELIAS GARCIA


Nascido em Cacilhas (Almada), a 31 de Dezembro de 1830, filho de José Francisco Garcia, chefe de oficinas do Arsenal da Marinha, defensor das ideias liberais que foi perseguido e preso pelos miguelistas. Em 1833, o pai de José Elias Garcia foge da cadeia do Limoeiro, quando aguardava a condenação à morte.
Elias Garcia estuda primeiro na Escola de Comércio de Lisboa, que conclui em 1848. Mais tarde entra na Escola Politécnica de Lisboa, seguindo posteriormente para a Escola do Exército(1857). Enveredando pela carreira militar assenta praça em 31 de Agosto de 1853, como voluntário noRegimento de Granadeiros da Rainha, atingindo o posto de coronel em 27-09-1888.
Dedicando-se ao ensino, foi convidado para leccionar a cadeira de Mecânica Aplicada, na Escola do Exército. Ocupou ainda outras funções como: noConselho Geral de Instrução Militar, Conselho Naval, presidente daJunta Departamental do Sul e da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses.
Foi um dos principais responsáveis pelo aparecimento de um grupo republicano cerca de 1850, fruto das consequências das revoltas que tinham eclodido na Europa em 1848. Os principais membros desse grupo eram José Maria Latino Coelho, António de Oliveira Marreca, António Rodrigues Sampaio, José Estevão de Magalhães, José Félix Henriques Nogueira,Anselmo Braamcamp, Luís Augusto Palmeirim, Francisco Maria de Sousa Brandão e os estudantes de então como José Maria do Casal Ribeiro, Custódio José Vieira, Joaquim Marcelino de Matos, Álvaro Rodrigues de Azevedo manifestam os seus ideiais republicanos nas publicações periódicas que surgem por essa época.
Foi iniciado na Maçonaria em 1853 com o nome simbólico de Péricles, naLoja 5 de Novembro, em Lisboa, ligada ao rito francês e subordinada àConfederação Maçónica Portuguesa. Em 1863 foi um dos responsáveis pela cisão de algumas lojas tendo criado a Federação Maçónica Portuguesa que o elegeu como Grão-Mestre. Quando em 1869 se fundem os vários orientes que existiam em Portugal e se cria o Grande Oriente Lusitano Unido, Elias Garcia foi uma das figuras de destaque. Em 1881 fazia parte da Loja Simpatia. Foi presidente do Conselho da Ordem entre 1882-1884 e 1887-1888 e Grão-Mestre interino entre 1884-1886 e 1887-1888, Grão-Mestre eleito em 1888, mas teve que renunciar em 1889. Segundo o Prof. Dr. Oliveira Marques, Elias Garcia "teve papel de relevo na expansão da Maçonaria e na sua orientação para formas progressistas declaradas".
Foi eleito como vereador da Câmara Municipal de Lisboa entre 1872 e 1890. Ocupando mesmo o cargo de Presidente da Câmara em 1878, sendo o vigésimo quinto presidente eleito deste município.
Em 1868, encontramo-lo ligado ao Grupo do Páteo do Salema (Clube dos Lunáticos)que vai estar na origem do
Partido Reformista, liderado pelo Marquês de Sá da Bandeira e pelo Bispo de Viseu, António Alves Martins tendo mesmo sido convidado a ocupar uma pasta governamental. Nessa condição foi eleito pela primeira vez deputado, em 1870, por dos círculos uninominais de Lisboa. Foi ainda eleito deputado pelo Partido Republicano, em 1881, repetindo-se idêntica situação em 1884, 1887 e 1890.
A 18 de Maio de 1876 esteve presente no jantar realizado no Hotel dos Embaixadores, em Lisboa, que marca o início do Partido Republicano, com a fundação do Centro Republicano Democrático Português. Sendo o representante da denominada ala moderada do Partido Republicano, o que lhe acarretou alguns dissabores e inimizades dentro e fora do partido. Foi presidente do Directório do Partido Republicano entre 1883 e 1891.

A sua produção literária ficou dispersa por inúmeros jornais e publicações períódicas de que destacamos:
- O Trabalho, Lisboa, 1858;
- O Futuro, Lisboa, 1859-1862;
- Jornal de Lisboa, Lisboa, 1865;
- Política Liberal, Lisboa, 1860-1862;
- Democracia e Democracia Portuguesa, Lisboa, 1873-1881;
- Revista Escolar Portuguesa, Lisboa, 1884;
- Capello e Ivens. Número único publicado pela Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses. Directores literários: Afonso Vargas, J. Augusto Barata e Palermo de Faria, Lisboa, 16 de Setembro de 1885, Imp. Nacional, 8 pág.
- José Estevão. Número único, comemorativo da inauguração do monumento em Aveiro. Publicação do Club Escolar José Estevão, Lisboa, 1889, Tip. da Companhia Nacional Editora, 8 pág.
- 14 de julho, 1789-1889, Número único, Porto, tip. Guttenberg, 1889. 4 pag.Publicado pelo Club Eleitoral Democratico Portuense.
- No Tejo. Grinalda litteraria. (Publicação de caridade). Lisboa, Tipografia Elzeveziana, 1887, 26 pág.

Publicou ainda:
- Curso de Mecânica Aplicada,Lisboa, 1871-1886;
- Câmara Municipal de Lisboa. Informação da proposta do vereador Joaquim José Alves, relativa ao remate da fachada principal do edificio dos novos paços do concelho, apresentada á camara pela commissão de obras e melhoramentos em sessão de 5 de outubro, e approvada em sessão de 12 de outubro de 1874, Lisboa, Tip. do Futuro, 1874, 22 pág.
- Discurso proferido... (na grande loja da Confederação Maçonica Portuguesa) em 20 de Dezembro de 1862 e para comemorar o falecimento do respeitavel Grão-Mestre e irmão José Estevão Coelho de Magalhães.

Sobre José Elias Garcia encontramos duas perspectivas completamente diferentes sobre a sua personalidade.
Magalhães Lima, nas suas Memórias, afirma [p. 30]:
"Estavamos um sábado, à noite, na redacção da Democracia, o nosso órgão. Não havia dinheiro para pagar as férias do pessoal tipográfico. Era o fim do mês e Elias Garcia havia recebido os seus honorários de professor da Escola do Exército. Tudo entregou ao chefe da tipografia, sem saber como paga o jantar do dia seguinte".

Por seu lado, Francisco Manuel Homem Cristo, com a sua escrita acusatória, afirma na sua obra Notas da Minha Vida e do Meu Tempo [vol. IV, p.153]:
"José Elias sacrificava tudo à conveniência de se conservar sem obstáculos à frente do partido".

A 21 de Abril de 2010 – Morte do espanhol Juan António Samaranch, que liderou o Comité Olímpico Internacional (COI) entre 1980 a 2001, em Barcelona, aos 89 anos

A 21 de Abril de 1985 – Morte do presidente eleito do Brasil Tancredo Neves, dois dias antes de tomar posse.

1A 21 de Abril de 1960 – É inaugurada a cidade de Brasília, nova capital do Brasil, projeto do arquiteto Óscar Niemeyer

A 21 de Abril de 1929 – Bento Gonçalves é eleito secretário-geral do PC



Coube a Bento Gonçalves ser eleito e mantido como Secretário Geral do Partido Comunista Português desde 21 de Abril de 1929 até 11 de Setembro de 1942, data da sua morte no Campo de Concentração do Tarrafal.
E foi sob a direcção de Bento Gonçalves que o Partido Comunista Português, fundado em Março de 1921, começou a ser orientado por uma linha verdadeiramente marxista-leninista que assegurou a justeza da sua orientação, lhe permitiu ligar-se às massas e, não só resistir à repressão fascista, mas desenvolver-se e crescer dentro dessas difíceis condições. É sabido que o PCP foi o único Partido que o fascismo não foi capaz de suprimir. E é à justa e firme orientação imprimida ao PCP por Bento Gonçalves que se deve, fundamentalmente, esta grande vitória dos comunistas portugueses que é ao mesmo tempo e principalmente, uma vitória da classe operária portuguesa. Só a classe operária foi capaz de produzir dirigentes revolucionários como Bento Gonçalves, e forjar o único Partido que o fascismo não foi capaz de destruir, não obstante tê-lo sempre como o alvo principal da sua feroz repressão. Bento Gonçalves, nascido no concelho de Montalegre, Trás-os-Montes, com excepcionais dotes de inteligência, foi o operário mais esclarecido e da mais firme têmpera revolucionária do seu tempo e um dos que mais se sacrificou na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo. Bento Gonçalves foi um comunista totalmente entregue à causa da libertação dos trabalhadores.
Bento Gonçalves começou a trabalhar em Lisboa, ainda muito novo, como torneiro de madeira, passando depois a torneiro de metais e foi nessa profissão que deu provas da sua grande capacidade e perícia profissionais.
Como operário do Arsenal da Marinha, ali ganhou a estima e o respeito de todos os seus camaradas de trabalho, pela maneira humana e amiga como sabia viver e conviver com todos os outros companheiros de trabalho. Encabeçando a luta dos operários do Arsenal da Marinha, de cujo sindicato foi o mais activo e mais esclarecido dirigente, Bento Gonçalves impôs-se ao respeito dos próprios dirigentes e directores da empresa. A sua competência profissional era de tal ordem que nunca qualquer engenheiro, por mais conhecedor que fosse, pôde deixar de reconhecer a invulgar competência do operário calmo, modesto que era Bento Gonçalves. Poder-se-á dizer que um dos traços da sua grandeza e da sua alma de revolucionário estava na sua natural e visível modéstia. (...)
No dia 11 de Setembro de 1974, realizou-se no Arsenal da Marinha, hoje do Alfeite, uma sessão de homenagem à memória de Bento Gonçalves, no dia do 32º aniversário da sua morte, e a que assistiram várias centenas de operários arsenalistas e em que falaram dois camarada do CC do PCP, Pedro Soares e Francisco Miguel, ambos companheiros de Bento Gonçalves no Campo de Concentração do Tarrafal.
Bento Gonçalves - recordêmo-lo aqui uma vez mais - faleceu no Tarrafal com uma biliose quando já tinha cumprido toda a pena a que o próprio tribunal fascista o havia condenado. A sua morte foi, por várias razões, um verdadeiro assassinato. Bento Gonçalves foi uma das muitas vítimas das violências e arbitrariedades do regime fascista que nos oprimiu.
Bento Gonçalves era o homem mais simples e comum que podíamos encontrar. Mas esse homem simples, igual a todos os homens simples, era ao mesmo tempo um homem extraordinário no saber porque, além de inteligente e estudioso, era um gigante no seu porte moral, na maneira como sabia, queria e podia dedicar-se em primeiro lugar e acima de tudo à luta pelo bem-estar e felicidade do povo trabalhador. Nos momentos mais difíceis da sua vida de lutador, preso ou em liberdade, Bento Gonçalves pensou sempre mais nos seus camaradas do que em si próprio. E nessa atitude - devo dizê-lo - nem sempre teve a nossa concordância. Nós, os que convivíamos mais de perto com ele, na clandestinidade ou na prisão, entendíamos que ele devia ter mais cuidado consigo próprio, porque nisso também estavam os interesses do Partido e da Revolução.
Vi o camarada Bento Gonçalves pela primeira vez em Moscovo, quando na capital soviética se realizou o VII Congresso da Internacional Comunista. Bento Gonçalves encabeçava a delegação do nosso Partido ao Congresso e eu já lá me encontrava como aluno da Escola Leninista. Foi lá também, e nessa mesma altura, que vi pela primeira vez o nosso camarada Álvaro Cunhal, então Secretário da Federação da Juventude Comunista.
Fui companheiro de Bento Gonçalves no Tarrafal desde o mês de Junho de 1940 até à sua morte. Vi morrer Bento Gonçalves. Estava aos pés da sua cama, na chamada enfermaria, quando aquele nosso querido camarada expirou. Foi um momento que não posso esquecer nem aqui descrever com palavras.
Bento Gonçalves era o homem de que todos os presos podiam ser amigos e a quem os próprios inimigos, carcereiros, eram obrigados a respeitar. A sua grande estatura moral, em situação tão difícil, impunha-se. Vendo em Bento Gonçalves o Secretário Geral do PCP que eles odiavam e temiam, os carcereiros fascistas não podiam apagar nem ignorar a forte personalidade do revolucionário talentoso que era Bento Gonçalves.
Para comunistas ou não comunistas, Bento Gonçalves foi sempre o amigo, o camarada sempre disposto a prestar a sua ajuda a quem dela precisasse.
Prendendo Bento Gonçalves e condenando-o à morte lenta no Tarrafal, o fascismo privou, não só o nosso Partido mas todo o nosso povo, de um dos seus melhores filhos. Qualquer país, ao perder um homem como era Bento Gonçalves, fica mais pobre. O PCP teve em Bento Gonçalves um dos seus principais obreiros. O PCP, a classe operária portuguesa, o proletariado português, têm fundadas razões para estarem orgulhosos de terem tido como um dos seus mais destacados dirigentes esse operário nascido no concelho de Montalegre, Bento António Gonçalves, cujo nome viverá sempre no coração dos comunistas, da classe operária e de todos os trabalhadores conscientes do nosso País.

A 21 de Abril de 1509 – Henrique VIII sobe ao trono de Inglaterra




A 21 de Abril de 1500 – Descoberta do Brasil: a armada de Pedro Álvares Cabral avista terras de Vera Cruz.

A 21 de Abril de 753 a.C. – Fundação de Roma por Rómulo, segundo a tradição.

21 de Abril de 2015 - Dia Mundial de oração pelas vocações

segunda-feira, 20 de abril de 2015

vila pouca dos pequeninos

Vila Pouca de Aguiar dos Pequeninos

Canção de Lisboa - Fernando Farinha


Canção de Lisboa

Fernando Farinha


Quando o fado era cantado
pelas tabernas de Alfama
ninguém diria que o fado
viesse a ter boa fama.
Era a canção
da bebedeira e do calão,
da rufiagem, capelão
e dos fadistas de samarra
e mal diria
a Madragoa e a Mouraria
quem em Lisboa inda haveria
assim tal gosto pela guitarra.


Adeus tardes de toiradas
com guitarras e cantigas
adeus noites bem passadas
com bom vinho e raparigas.

Hoje os fadistas
são tratados por artistas
e aclamados nas revistas
com ovações delirantes.
Vestem do bom
e por ser chique e ser do tom
já vão à tarde ao Odeon
se as matinés são elegantes.

Hoje o fado já não tem
a rufiagem por tema.
Poliu-se, já é alguém
e até já vai ao cinema.

O fado agora
é pedido a toda a hora
e ouvido p?lo mundo fora
com alegria e agrado
e há-de chegar |
a Hollywood e ter lugar, |
pois não se ilude quem pensar | (2x)
que há-de ser grande o nosso fado. |

Amor de Mãe - Alfredo Marceneiro


Amor de Mãe
Alfredo Marceneiro

Há vários amores na vida
Lindos como o amor perfeito
Belos como a Vénus querida
De tantos que a vida tem
Só um adoro e respeito
É o santo amor de mãe

Da mulher desventurada
Nesta vida ninguém fuja
Se ela acaso um filho tem
Deixá-la ser desgraçada
Porque a desgraça não suja
O santo afecto de mãe

Minha mãe amor em preçe
Eu sinto tão bem viver
Esse amor que ainda me invade
Que se mil anos vivesse
Não deixaria morrer
Por ti a minha saudade

Se para ser homem Jesus
Precisou que uma mulher
O desse á luz deste mundo
O amor de mãe é a luz
Que torna o nosso viver
Num hino de amor profundo

Apesar De Você!...



Apesar De Você
Chico Buarque
Composição : Chico Buarque


(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x 3

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão

(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria

Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você

(Coro3) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia

Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você

(Coro4) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá??

BOM DIA

Nelson Évora nasceu na Costa do Marfim a 20 de Abril de 1984



Nelson Évora nasceu na Costa do Marfim a 20 de Abril de 1984, é um atleta português de origem cabo-verdiana.
É especialista em triplo salto, embora também pratique salto em comprimento.
É um atleta de alto nível internacional que, actualmente, representa o Sport Lisboa e Benfica e que já representou Portugal em várias provas internacionais tendo sido campeão do mundo do triplo salto em 2007 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
A 18 de janeiro de 2012 Nelson Évora lesionou-se com gravidade durante um evento no Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Oeiras (Portugal).
O atleta voltou a lesionar-se e em Janeiro de 2014 foi anunciada uma artroscopia ao joelho.
Depois de ter lançado o seu site oficial em 2008, relançou-o com nova cara em 2012.
O seu recorde nacional de triplo salto de 2007 foi batido (já era seu) no dia 6 de julho de 2007 com a marca de 17,28 m no meeting de Paris.7 8
Voltou a bater o recorde no meeting de Madrid em 21 de Julho de 2007, o qual venceu, e onde alcançou a marca de 17,51 metros.
Quanto ao salto em comprimento o seu recorde pessoal é de 8,10 m, uma marca que constituiu mínimo para o Campeonato do Mundo de Osaka em 2007.
Nelson Évora apresentou uma evolução enorme no ano de 2007, tendo batido três recordes de triplo salto nesse ano, um recorde de salto em comprimento e também a medalha de ouro em Osaka 2007 com uma marca de 17,74m.
Campeão Olímpico em Pequim 2008, atingindo a marca de 17,67 m.


Joan Miró i Ferrà nasceu em Barcelona/Espanha a 20 de abril de 1893



Joan Miró i Ferrà nasceu em Barcelona/Espanha a 20 de abril de 1893 e morreu em Palma de Maiorca/Espanha a 25 de dezembro de 1983, foi um escultor, pintor, gravurista e ceramista surrealista catalão.
Quando jovem, Miró frequentou a Real Academia Catalã de Belas Artes de Sant Jordi da capital catalã e a Academia de Gali.
Os primeiros trabalhos receberam a influência dos pós-impressionistas, especialmente de Vincent Van Gogh e depois de Matisse.
Em 1919, depois de completar os seus estudos, esteve em Paris, onde conheceu Pablo Picasso e entrou em contato com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo.
No início da década de 1920, conheceu o fundador do movimento surrealista André Breton entre outros artistas.
A pintura “O Carnaval de Arlequim”, 1924-25, e “Maternidade”, 1924, inauguraram uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia, sem as profundezas das questões psicanalistas surrealistas.
Participou na primeira exposição surrealista em 1925.
Experimentando o "automatismo psíquico", os seus trabalhos tornaram-se mais abstratos e fantasistas. A influência de Paul Klee faz-se sentir neste período, na criação de uma imagética inventiva e enganadoramente infantil.
Em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado as duas obras “Interiores holandeses I” e “Interiores holandeses II”.
Nos finais dos anos vinte fazia uma série de colagens que evoluíram para objetos tridimensionais.
Nos anos trinta fazia objetos de madeira semelhantes às formas que criava na sua pintura. Estas construções estavam em paralelo com a obra de Arp, e é muito provável que os dois artistas se tenham influenciado mutuamente.
Entretanto, os trabalhos de Miró passaram por uma fase mais sombria, as cores tornaram-se mais escuras e as formas mais monstruosas. Perdeu depois esta agressividade e começou a incluir nas suas composições pessoas e animais.
Foi ainda o cenarista do bailado de Diaghilev Roméo et Juliette (1925) e do bailado do ballet de Monte Carlo Jeux d'Enfants (1931).
Em 1937, trabalhou em pinturas-murais e, anos depois, em 1941, concebeu a sua mais conhecida e radiante obra: “Números e constelações em amor com uma mulher”.
Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura.
Nas suas obras, principalmente nas esculturas, utilizou materiais surpreendentes, como a sucata.
Executou murais de grandes dimensões, nomeadamente para a Exposição Universal de Paris de 1937 e para a Universidade de Harvard, em 1950, e murais em cerâmica para a sede da Unesco em Paris, em 1955. Fez peças em cerâmica originais, semelhantes às figuras que povoam os seus quadros.
Três anos depois, rumou pela primeira vez aos Estados Unidos e nos anos seguintes, durante um período muito produtivo, trabalhou entre Paris e Barcelona.
No fim da sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto.
Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto que noutras se percebe a técnica feita com muito cuidado e, esse contraste, também aparece nas suas esculturas.
Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs os seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.

Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prémio Internacional da Fundação Guggenheim.
Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra.
Em 1978 recebeu a Medalha de Ouro da Generalidade da Catalunha e o Prémio Antonio Feltrinelli.