Previsão do Tempo

terça-feira, 21 de abril de 2015

Vitinho o original

A CIDADE DO PORTO





O Porto é uma cidade portuguesa, capital do distrito homónimo, situada no noroeste de Portugal e pertencente à região Norte e sub-região do Grande Porto.
A cidade do Porto é conhecida como a Cidade Invicta e como a Capital do Norte. Tem uma velha ligação socio-económica à Inglaterra e é a cidade onde vive a maior comunidade britânica em Portugal , sendo mesmo considerada a cidade portuguesa com o temperamento mais «centro-europeu» e onde se encontram as raízes judaicas mais antigas e consistentes dos portugueses, através de uma herança «marrana» milenar, onde melhor se pode verificar, em Portugal, o velho adágio centro-europeu da ética protestante que recupera o espírito de 'nação' judaico e que gerou o livre jogo do capitalismo e da economia de mercado: "Stadtluft macht frei" ("O ar da cidade liberta"). É a cidade que deu o nome a Portugal – desde muito cedo (c. 200 a.C.), quando se designava de Portus Cale, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, de onde se formou Portugal e de onde, mais tarde, se construiu o Império Português, visto que foi construído, maioritariamente, por pessoas da Região Norte. É ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitectura contemporânea e antiga, o seu centro histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO, pela qualidade dos seus restaurantes e pela sua gastronomia, pela sua principal equipa de futebol, o Futebol Clube do Porto, bem como pela sua principal universidade pública: a Universidade do Porto, colocada entre as 200 melhores a nível mundial e entre as 100 melhores universidades da Europa.
Em 2012 e 2014, a cidade do Porto foi eleita "Melhor Destino Europeu", distinção atribuída anualmente pela European Consumers Choice. Em 2013, foi eleita o "Melhor Destino de férias na Europa" pela Lonely Planet. Também no ano de 2014, a revista Business Destinations, que organiza anualmente os Bussiness Destinations Travel Awards, considerou que a Alfândega do Porto é o melhor espaço para “reuniões e conferências” da Europa, elegendo este centro de congressos pela sua qualidade e inserção urbana.
Porto, uma cidade maravilhosa que está à procura de ser descoberta.

O PARAÍSO!...

Já abriu ao público o Restaurante Vintage na Escola de Hotelaria e Turis...





Já abriu ao público o Restaurante Vintage na Escola de Hotelaria e Turismo do Douro/Lamego. Trata-se de um restaurante pedagógico, um conceito que está inserido nas actividades curriculares daquele estabelecimento de ensino.
O objectivo principal não é a obtenção de receitas, mas sim o contacto directo dos alunos com clientes normais e situações mais próximas da realidade.
Mas o que é que se pode comer num restaurante pedagógico que vai trabalhar com a matéria-prima e iguarias que são produzidas nas aulas de cozinha do dia.
Aqui fica a sugestão: às terças, quartas e quintas, participe numa aula prática, almoçando no Restaurante da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro/Lamego. Uma oferta gastronómica excelente e um serviço de altíssima qualidade a preços acessíveis.

A História do Cravo!

A 21 de Abril de 2014 - Morre Carlos Calvet, artista plástico, aos 86 anos.



Carlos Calvet, nasceu em Lisboa, em 1928. Licenciou se em Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto. Dedicou se desde muito cedo à pintura podendo registar se o ano de 1946 como o início de uma expressão lentamente desenvolvida salvaguardando um sentido de arte como modo pessoal de meditação. Além da pintura e da arquitetura, Calvet interessou se também pelo cinema, tendo realizado algumas curtas metragens, uma das quais com a participação do poeta Mário Cesariny. Expôs pela primeira vez em 1947, na 2.a Exposição Geral de Artes Plásticas na Sociedade Nacional de Belas Artes, obras que começavam a revelar um sentido de modernidade, marcado pelo cubismo estético de Braque e valorizando o estatismo dos objetos representados: copos, garrafas e, sobretudo, barcos. Em 1948 começam a surgir alegorias do tempo, através da representação de relógios. Entre 1948 e 1950 faz a sua primeira viagem a Paris. A partir de então, consciente da sua vocação como pintor, Calvet passa a estar mais atento à construção, ao jogo de volumes e à ambiguidade entre o simbolismo e a imagem natural. Nestas ambiguidades revela se a tendência para tudo petrificar. Em algumas paisagens aparecem ondas do mar e nuvens representadas como se fossem sólidos geométricos.
Depois de um período abstrato lírico (1963 1964), Calvet confronta as formas espontâneas com as geométricas (1964 1965). Com a redefinição do espaço, voltou lhe a necessidade de figuração de objetos inventados no próprio ato de execução. Primeiro, manchas informes que adquiriam presença insólita de objetos inidentificáveis; depois, passaram a ser objetos banais, parafusos, botões, caixas de fósforos, ladeados de decorativismos de gosto pop. O ano de 1966 marca o início da síntese "pop metafísica" que caracteriza toda a sua obra posterior.


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A 21 de Abril de 2011 - O músico Zé Leonel, um dos fundadores dos Xutos & Pontapés e dos Ex-Votos, morre aos 50 anos vítima de cancro no fígado.



A actriz Adelina Martins Campos faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 2008

Adelina Campos

A actriz Adelina Martins Campos faleceu em Lisboa no dia 21 de Abril de 2008, aos 103 anos de idade. Era natural de Vila Flor, onde tinha nascido a 11 de Abril de 1905, mas foi viver para Lisboa com a avó, após o falecimento da mãe.
Formou-se em 1926 com o Curso de Arte de Representação do Conservatório Nacional de Lisboa, tendo-se estreado nesse mesmo ano, enquanto aluna do Conservatório, com a peça“As Duas Metades”, representada com grande sucesso no Teatro D. Maria II, em Lisboa.
Pertenceu, como convidada ou actriz residente, ao Teatro Nacional de D. Maria II – onde permanece durante catorze anos –, à Companhia de Ilda Stichine, à Companhia do Teatro Politeama, à Companhia Lucília Simões e à Companhia Maria Matos.
Prestou ainda relevante colaboração no Teatro da Trindade, na Companhia Gino Saviotti e na Companhia da Estufa Fria, e fez, também, diversas digressões artísticas ao Brasil. Revelou grandes dotes de ingenuidade dramática nas peças“Lourdes” e “Morgadinha de Valflor”.
Casara em 1927 com o actor Rodrigo Samwell Diniz(1888+1972), de quem teve um filho, Francisco Manuel Samwell Diniz. Visitara a sua santa terrinha, pela última vez, em 2002, na companhia dos netos, para «se despedir da terra que a viu nascer».
Em Julho de 2006, a Câmara Municipal de Vila Flor baptizou oficialmente o Auditório Municipal Adelina Campos, oito anos após a sua inauguração. Uma merecida homenagem, sem dúvida.
A atribuição do seu nome ao auditório deve-se à actriz Cecília Guimarães, que de visita a Vila Flor, em 2005, alertara a autarquia para a importância, longevidade e paradeiro de Adelina Campos, o que muito sensibilizou o presidente Artur Pimentel.
Assim o auditório do Centro Cultural de Vila Flor foi baptizado com o nome da actriz, por proposta do presidente da Câmara Municipal de Vila Flor, devido ao «facto da actriz de teatro e cinema mais velha do nosso País, com 101 anos [na altura], ser natural de Vila Flor».
«O nome deste auditório está muito bem entregue a Adelina Campos, uma grande actriz do nosso teatro e cinema», sublinhou o edil. A intenção do autarca era trazer a artista à sua terra natal, mas «devido à sua idade avançada, não foi possível», lamentou Artur Pimentel na altura.
No Museu de Vila Flor encontram-se depositadas uma série de cartas que a actriz Adelina Campos e o marido Samwell Diniz escreveram a Raul de Sá Correia, nas quais se negoceia a récita da peça “Três Num Automóvel”, que acabou por ser representada na Casa do Povo de Vila Flor, na noite de 28 de Fevereiro de 1952, em cuja peça também entrava como protagonista a actriz Hortense Luz.
O seu funeral realizou-se quarta-feira, 23 de Abril de 2008, a partir da igreja do Campo Grande para o talhão dos artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Teve notáveis interpretações nas seguintes peças teatrais, entre outras:
Napoleão, de P. Reynal, em 1946;
Rapazes de Hoje, de R. Ferdinand, em 1947;
O Gebo e a Sombra, de Raul Brandão, em 1958.
Participou nos seguintes filmes:
José do Telhado, de Armando Miranda, de 1945;
História Simples da Gente Cá do Meu Bairro, de Varela Silva, de 1965;
Uma Vontade Maior, de Carlos Tudela, de 1967;
O Diabo Era Outro, de Constantino Esteves, de 1969.
Noutros tempos a actriz Adelina Campos foi presença assídua nos programas de televisão, nas peças semanais que então a RTP transmitia semanalmente. Foi, conjuntamente com o seu marido, uma das mais ilustres figuras do nosso meio teatral nas décadas de 1920 a 1960, com brilhante presença nos palcos.

A 21 de Abril de 2004 - É assinado o contrato de aquisição de dois submarinos para a Marinha Portuguesa no valor de 800 milhões de euros.

A 21 de Abril de 2003 - Morre a pianista, compositora e cantora de jazz norte-americana Nina Simone, 70 anos.

A 21 de Abril de 1891 - Morre José Elias Garcia, do grupo fundador do Partido Republicano.

JOSÉ ELIAS GARCIA


Nascido em Cacilhas (Almada), a 31 de Dezembro de 1830, filho de José Francisco Garcia, chefe de oficinas do Arsenal da Marinha, defensor das ideias liberais que foi perseguido e preso pelos miguelistas. Em 1833, o pai de José Elias Garcia foge da cadeia do Limoeiro, quando aguardava a condenação à morte.
Elias Garcia estuda primeiro na Escola de Comércio de Lisboa, que conclui em 1848. Mais tarde entra na Escola Politécnica de Lisboa, seguindo posteriormente para a Escola do Exército(1857). Enveredando pela carreira militar assenta praça em 31 de Agosto de 1853, como voluntário noRegimento de Granadeiros da Rainha, atingindo o posto de coronel em 27-09-1888.
Dedicando-se ao ensino, foi convidado para leccionar a cadeira de Mecânica Aplicada, na Escola do Exército. Ocupou ainda outras funções como: noConselho Geral de Instrução Militar, Conselho Naval, presidente daJunta Departamental do Sul e da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses.
Foi um dos principais responsáveis pelo aparecimento de um grupo republicano cerca de 1850, fruto das consequências das revoltas que tinham eclodido na Europa em 1848. Os principais membros desse grupo eram José Maria Latino Coelho, António de Oliveira Marreca, António Rodrigues Sampaio, José Estevão de Magalhães, José Félix Henriques Nogueira,Anselmo Braamcamp, Luís Augusto Palmeirim, Francisco Maria de Sousa Brandão e os estudantes de então como José Maria do Casal Ribeiro, Custódio José Vieira, Joaquim Marcelino de Matos, Álvaro Rodrigues de Azevedo manifestam os seus ideiais republicanos nas publicações periódicas que surgem por essa época.
Foi iniciado na Maçonaria em 1853 com o nome simbólico de Péricles, naLoja 5 de Novembro, em Lisboa, ligada ao rito francês e subordinada àConfederação Maçónica Portuguesa. Em 1863 foi um dos responsáveis pela cisão de algumas lojas tendo criado a Federação Maçónica Portuguesa que o elegeu como Grão-Mestre. Quando em 1869 se fundem os vários orientes que existiam em Portugal e se cria o Grande Oriente Lusitano Unido, Elias Garcia foi uma das figuras de destaque. Em 1881 fazia parte da Loja Simpatia. Foi presidente do Conselho da Ordem entre 1882-1884 e 1887-1888 e Grão-Mestre interino entre 1884-1886 e 1887-1888, Grão-Mestre eleito em 1888, mas teve que renunciar em 1889. Segundo o Prof. Dr. Oliveira Marques, Elias Garcia "teve papel de relevo na expansão da Maçonaria e na sua orientação para formas progressistas declaradas".
Foi eleito como vereador da Câmara Municipal de Lisboa entre 1872 e 1890. Ocupando mesmo o cargo de Presidente da Câmara em 1878, sendo o vigésimo quinto presidente eleito deste município.
Em 1868, encontramo-lo ligado ao Grupo do Páteo do Salema (Clube dos Lunáticos)que vai estar na origem do
Partido Reformista, liderado pelo Marquês de Sá da Bandeira e pelo Bispo de Viseu, António Alves Martins tendo mesmo sido convidado a ocupar uma pasta governamental. Nessa condição foi eleito pela primeira vez deputado, em 1870, por dos círculos uninominais de Lisboa. Foi ainda eleito deputado pelo Partido Republicano, em 1881, repetindo-se idêntica situação em 1884, 1887 e 1890.
A 18 de Maio de 1876 esteve presente no jantar realizado no Hotel dos Embaixadores, em Lisboa, que marca o início do Partido Republicano, com a fundação do Centro Republicano Democrático Português. Sendo o representante da denominada ala moderada do Partido Republicano, o que lhe acarretou alguns dissabores e inimizades dentro e fora do partido. Foi presidente do Directório do Partido Republicano entre 1883 e 1891.

A sua produção literária ficou dispersa por inúmeros jornais e publicações períódicas de que destacamos:
- O Trabalho, Lisboa, 1858;
- O Futuro, Lisboa, 1859-1862;
- Jornal de Lisboa, Lisboa, 1865;
- Política Liberal, Lisboa, 1860-1862;
- Democracia e Democracia Portuguesa, Lisboa, 1873-1881;
- Revista Escolar Portuguesa, Lisboa, 1884;
- Capello e Ivens. Número único publicado pela Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses. Directores literários: Afonso Vargas, J. Augusto Barata e Palermo de Faria, Lisboa, 16 de Setembro de 1885, Imp. Nacional, 8 pág.
- José Estevão. Número único, comemorativo da inauguração do monumento em Aveiro. Publicação do Club Escolar José Estevão, Lisboa, 1889, Tip. da Companhia Nacional Editora, 8 pág.
- 14 de julho, 1789-1889, Número único, Porto, tip. Guttenberg, 1889. 4 pag.Publicado pelo Club Eleitoral Democratico Portuense.
- No Tejo. Grinalda litteraria. (Publicação de caridade). Lisboa, Tipografia Elzeveziana, 1887, 26 pág.

Publicou ainda:
- Curso de Mecânica Aplicada,Lisboa, 1871-1886;
- Câmara Municipal de Lisboa. Informação da proposta do vereador Joaquim José Alves, relativa ao remate da fachada principal do edificio dos novos paços do concelho, apresentada á camara pela commissão de obras e melhoramentos em sessão de 5 de outubro, e approvada em sessão de 12 de outubro de 1874, Lisboa, Tip. do Futuro, 1874, 22 pág.
- Discurso proferido... (na grande loja da Confederação Maçonica Portuguesa) em 20 de Dezembro de 1862 e para comemorar o falecimento do respeitavel Grão-Mestre e irmão José Estevão Coelho de Magalhães.

Sobre José Elias Garcia encontramos duas perspectivas completamente diferentes sobre a sua personalidade.
Magalhães Lima, nas suas Memórias, afirma [p. 30]:
"Estavamos um sábado, à noite, na redacção da Democracia, o nosso órgão. Não havia dinheiro para pagar as férias do pessoal tipográfico. Era o fim do mês e Elias Garcia havia recebido os seus honorários de professor da Escola do Exército. Tudo entregou ao chefe da tipografia, sem saber como paga o jantar do dia seguinte".

Por seu lado, Francisco Manuel Homem Cristo, com a sua escrita acusatória, afirma na sua obra Notas da Minha Vida e do Meu Tempo [vol. IV, p.153]:
"José Elias sacrificava tudo à conveniência de se conservar sem obstáculos à frente do partido".

A 21 de Abril de 2010 – Morte do espanhol Juan António Samaranch, que liderou o Comité Olímpico Internacional (COI) entre 1980 a 2001, em Barcelona, aos 89 anos

A 21 de Abril de 1985 – Morte do presidente eleito do Brasil Tancredo Neves, dois dias antes de tomar posse.

1A 21 de Abril de 1960 – É inaugurada a cidade de Brasília, nova capital do Brasil, projeto do arquiteto Óscar Niemeyer

A 21 de Abril de 1929 – Bento Gonçalves é eleito secretário-geral do PC



Coube a Bento Gonçalves ser eleito e mantido como Secretário Geral do Partido Comunista Português desde 21 de Abril de 1929 até 11 de Setembro de 1942, data da sua morte no Campo de Concentração do Tarrafal.
E foi sob a direcção de Bento Gonçalves que o Partido Comunista Português, fundado em Março de 1921, começou a ser orientado por uma linha verdadeiramente marxista-leninista que assegurou a justeza da sua orientação, lhe permitiu ligar-se às massas e, não só resistir à repressão fascista, mas desenvolver-se e crescer dentro dessas difíceis condições. É sabido que o PCP foi o único Partido que o fascismo não foi capaz de suprimir. E é à justa e firme orientação imprimida ao PCP por Bento Gonçalves que se deve, fundamentalmente, esta grande vitória dos comunistas portugueses que é ao mesmo tempo e principalmente, uma vitória da classe operária portuguesa. Só a classe operária foi capaz de produzir dirigentes revolucionários como Bento Gonçalves, e forjar o único Partido que o fascismo não foi capaz de destruir, não obstante tê-lo sempre como o alvo principal da sua feroz repressão. Bento Gonçalves, nascido no concelho de Montalegre, Trás-os-Montes, com excepcionais dotes de inteligência, foi o operário mais esclarecido e da mais firme têmpera revolucionária do seu tempo e um dos que mais se sacrificou na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo. Bento Gonçalves foi um comunista totalmente entregue à causa da libertação dos trabalhadores.
Bento Gonçalves começou a trabalhar em Lisboa, ainda muito novo, como torneiro de madeira, passando depois a torneiro de metais e foi nessa profissão que deu provas da sua grande capacidade e perícia profissionais.
Como operário do Arsenal da Marinha, ali ganhou a estima e o respeito de todos os seus camaradas de trabalho, pela maneira humana e amiga como sabia viver e conviver com todos os outros companheiros de trabalho. Encabeçando a luta dos operários do Arsenal da Marinha, de cujo sindicato foi o mais activo e mais esclarecido dirigente, Bento Gonçalves impôs-se ao respeito dos próprios dirigentes e directores da empresa. A sua competência profissional era de tal ordem que nunca qualquer engenheiro, por mais conhecedor que fosse, pôde deixar de reconhecer a invulgar competência do operário calmo, modesto que era Bento Gonçalves. Poder-se-á dizer que um dos traços da sua grandeza e da sua alma de revolucionário estava na sua natural e visível modéstia. (...)
No dia 11 de Setembro de 1974, realizou-se no Arsenal da Marinha, hoje do Alfeite, uma sessão de homenagem à memória de Bento Gonçalves, no dia do 32º aniversário da sua morte, e a que assistiram várias centenas de operários arsenalistas e em que falaram dois camarada do CC do PCP, Pedro Soares e Francisco Miguel, ambos companheiros de Bento Gonçalves no Campo de Concentração do Tarrafal.
Bento Gonçalves - recordêmo-lo aqui uma vez mais - faleceu no Tarrafal com uma biliose quando já tinha cumprido toda a pena a que o próprio tribunal fascista o havia condenado. A sua morte foi, por várias razões, um verdadeiro assassinato. Bento Gonçalves foi uma das muitas vítimas das violências e arbitrariedades do regime fascista que nos oprimiu.
Bento Gonçalves era o homem mais simples e comum que podíamos encontrar. Mas esse homem simples, igual a todos os homens simples, era ao mesmo tempo um homem extraordinário no saber porque, além de inteligente e estudioso, era um gigante no seu porte moral, na maneira como sabia, queria e podia dedicar-se em primeiro lugar e acima de tudo à luta pelo bem-estar e felicidade do povo trabalhador. Nos momentos mais difíceis da sua vida de lutador, preso ou em liberdade, Bento Gonçalves pensou sempre mais nos seus camaradas do que em si próprio. E nessa atitude - devo dizê-lo - nem sempre teve a nossa concordância. Nós, os que convivíamos mais de perto com ele, na clandestinidade ou na prisão, entendíamos que ele devia ter mais cuidado consigo próprio, porque nisso também estavam os interesses do Partido e da Revolução.
Vi o camarada Bento Gonçalves pela primeira vez em Moscovo, quando na capital soviética se realizou o VII Congresso da Internacional Comunista. Bento Gonçalves encabeçava a delegação do nosso Partido ao Congresso e eu já lá me encontrava como aluno da Escola Leninista. Foi lá também, e nessa mesma altura, que vi pela primeira vez o nosso camarada Álvaro Cunhal, então Secretário da Federação da Juventude Comunista.
Fui companheiro de Bento Gonçalves no Tarrafal desde o mês de Junho de 1940 até à sua morte. Vi morrer Bento Gonçalves. Estava aos pés da sua cama, na chamada enfermaria, quando aquele nosso querido camarada expirou. Foi um momento que não posso esquecer nem aqui descrever com palavras.
Bento Gonçalves era o homem de que todos os presos podiam ser amigos e a quem os próprios inimigos, carcereiros, eram obrigados a respeitar. A sua grande estatura moral, em situação tão difícil, impunha-se. Vendo em Bento Gonçalves o Secretário Geral do PCP que eles odiavam e temiam, os carcereiros fascistas não podiam apagar nem ignorar a forte personalidade do revolucionário talentoso que era Bento Gonçalves.
Para comunistas ou não comunistas, Bento Gonçalves foi sempre o amigo, o camarada sempre disposto a prestar a sua ajuda a quem dela precisasse.
Prendendo Bento Gonçalves e condenando-o à morte lenta no Tarrafal, o fascismo privou, não só o nosso Partido mas todo o nosso povo, de um dos seus melhores filhos. Qualquer país, ao perder um homem como era Bento Gonçalves, fica mais pobre. O PCP teve em Bento Gonçalves um dos seus principais obreiros. O PCP, a classe operária portuguesa, o proletariado português, têm fundadas razões para estarem orgulhosos de terem tido como um dos seus mais destacados dirigentes esse operário nascido no concelho de Montalegre, Bento António Gonçalves, cujo nome viverá sempre no coração dos comunistas, da classe operária e de todos os trabalhadores conscientes do nosso País.

A 21 de Abril de 1509 – Henrique VIII sobe ao trono de Inglaterra




A 21 de Abril de 1500 – Descoberta do Brasil: a armada de Pedro Álvares Cabral avista terras de Vera Cruz.

A 21 de Abril de 753 a.C. – Fundação de Roma por Rómulo, segundo a tradição.

21 de Abril de 2015 - Dia Mundial de oração pelas vocações