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domingo, 19 de abril de 2015

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu no Recife/Brasil a 19 de abril de 1886



Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu no Recife/Brasil a 19 de abril de 1886 e morreu no Rio de Janeiro/Brasil a 13 de outubro de 1968, foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faz parte da geração de 1922 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema “Os Sapos” que abriu a Semana de Arte Moderna de 1922.
Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Clarice Lispector e Joaquim Nabuco, entre outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco.
Era filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e da sua esposa Francelina Ribeiro.
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, devido à profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio Nacional, como lhe chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa e Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose.
Para se tratar procurou repouso em Campanha, Teresópolis e Petrópolis.
Com a ajuda do pai, que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel e onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914 e teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.
Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.
Ao regressar, iniciou-se na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.
Dois anos depois, publicou o seu segundo livro, "Carnaval".
Em 1935, foi nomeado inspector federal do ensino e em 1936, foi publicada a “Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre a sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública.
De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II e, em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se reformou em 1956.
Manuel Bandeira possui um estilo simples e direto, embora não partilhe da dureza de poetas como João Cabral de Melo Neto, também pernambucano.
Aliás, numa análise entre as obras de Bandeira e João Cabral, vê-se que este, ao contrário daquele, visa purgar da sua obra o lirismo.
Bandeira foi o mais lírico dos poetas.
Aborda temáticas quotidianas e universais, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição académica considera vulgares.
Mesmo assim, conhecedor da literatura, utilizou-a, em temas quotidianos, de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais.
Na sua obra de estreia (e de curtíssima tiragem) estão composições poéticas rígidas, sonetos em rimas ricas e métrica perfeita, na mesma linha onde, em seus textos posteriores, encontramos composições como o rondó e trovas.
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

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