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domingo, 19 de abril de 2015

Ângelo Gaspar Martins nasceu no Porto a 19 de abril de 1930



Ângelo Gaspar Martins nasceu no Porto a 19 de abril de 1930 e é um ex-futebolista internacional do Benfica, bi-campeão europeu!
O seu pai era sapateiro, numa travessa das Antas. Ângelo caracterizava-se por uma irrequietude sem limites e pelo apego à trapeira. Já exibia dotes apreciáveis, quando gritava “sou do Benfica”, sempre que o confrontavam com a hipótese de fazer carreira no FC Porto.
Ainda garoto, jogou no Académico. Três anos depois do início seria irradiado.
Funcionou a cruel justiça federativa, já que tinha assinado duas fichas, uma pelo Académico e outra pelo FC Porto.
Já não sonhava com os terraços da bola, quando cumpria serviço militar em Santarém. Tinha 20 anos, mas dele ainda se falava.
O Benfica manifestou interesse em recrutá-lo, comprometendo-se a diligenciar o levantamento da irradiação!
Demorou alguns meses, mas as instâncias superiores condescenderam com o Benfica e o Ângelo.
Era jogador do Benfica, do clube da sua devoção.
Na época de 1952/53, provou que jamais poderia desistir do jogo, ao lado de Artur, Moreira, Caiado, Rogério, Félix, Arsénio, Águas e Coluna.
Com esses e outros companheiros muito contribuiu para pôr termo ao reinado dos Cinco Violinos do Sporting.
“Como espero jogar ainda muitos anos, é possível que possa enriquecer bastante o meu álbum”, dizia Ângelo, em 1957.
Aprendeu muito com Otto Glória, mas com Bela Guttmann chegaria ao cume.
Era já lateral, sobretudo do lado esquerdo, ele que havia começado a médio, quase indistintamente à direita ou à esquerda. “Rompe-se todo e morde a relva em sinal de alegria ou de desespero”, diziam na altura.
Foi bicampeão da Europa, venceu sete Campeonatos e cinco Taças de Portugal.
Despediu-se em Guimarães, frente ao Vitória local, em Maio de 1965, após 13 temporadas consecutivas no Benfica.
Foi 20 vezes internacional.
A dedicação ao clube, o irreplicável profissionalismo e os conhecimentos adquiridos conduziram-no à estrutura técnica do futebol juvenil.
Venceu sete Campeonatos Nacionais de juniores, seis de juvenis e dois de iniciados.
A loja do mestre Ângelo fabricou talentos em série. “Claro que sinto um enorme orgulho por ter trabalhado com muitos miúdos que garantiram um lugar ao sol no panorama do futebol português e até internacional. Não se pense, porém, que o mérito foi meu. Muitos contribuíram, desde logo eles próprios, mas é o Benfica e só o Benfica a justificar os louros”.

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