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segunda-feira, 29 de março de 2010

A 29 de Março de 1948, nasce Fernando Tordo, grande actor e compositor

 Fernando Tordo
Data de Nascimento:29-03-1948
Portador de um currículo que se desenha já bastante extenso, Fernando Tordo deu os primeiros passos no mundo da música em 1966, ao integrar a formação do grupo pop, Os Deltons, se bem que tenha sido por pouco tempo, uma vez que, no ano seguinte, o cantor juntou-se ao Sheiks, já na sua fase final, ocupando o lugar de Carlos Mendes.
Fernando Tordo nasceu em Lisboa no dia 29 de Março de 1948 e, vinte anos depois, participou pela primeira vez no Festival RTP da Canção, onde a apresentadora Maria Leonor lhe sugeriu que cantasse a solo. O convite para regressar ao Festival foi feito e, no ano seguinte, o cantor regressou, desta feita a solo, com "Cantiga", que se tornou no tema forte do seu primeiro EP. As canções que compôs em 1969, valeram-lhe, no ano seguinte, o Prémio de Compositor da Casa da Imprensa, e à medida que se declarava pouco apologista da canção de intervenção, foi atraindo a atenção de autores como Manuel da Fonseca, Ary dos Santos, Natália Correia e Sophia de Mello Breyner.
Nova passagem pelo Festival da Canção, em 1971, onde se classificou em terceiro lugar com "Cavalo à Solta", motivou a descolagem da carreira de Fernando Tordo.
Depois de um desentendimento com a sua editora, o cantor assinou novo contrato, desta feita com a Phillips, que fez chegar ao mercado, em 1972, o primeiro álbum do cantor, que no ano seguinte saíu vitorioso de mais uma participação no Festival da Canção, com o tema "Tourada", uma crítica aberta ao regime, que se tornou num escândalo, mas que o levou ao Luxemburgo em representação de Portugal. Após o 25 de Abril, Tordo assumiu pubicamente a sua militância no PCP.
Os seus filhos gémeos, Joana e João, nascem em 1975, e no ano seguinte, Tordo foi novamente número um no Festival da Canção, com "Portugal no Coração", mas aqui com a colaboração do grupo Os Amigos, que incluiu, na sua formação, Paulo de Carvalho, Luísa Basto, Ana Bola, Edmundo Silva e Fernando Piçarra. No mesmo ano, foi editado o álbum, "Estamos Vivos".
Tordo reune-se com Paulo de Carvalho e Carlos Mendes, em 1978, para a gravação de um disco retrospectivo da carreira dos Sheiks, ao qual chamaram "Dez Anos de Cantigas", e que foi sucedido, dois anos mais tarde, por "Cantigas Cruzadas", o último disco composto em colaboração com Ary dos Santos, com quem Tordo cortou relações ao fim de catorze anos de grande amizade, e que faleceria poucos anos depois.
"Adeus Tristeza" viu a luz do dia em 1983, e foi considerado o melhor disco do ano, na área da música ligeira, trazendo assim ao de cima a popularidade do cantor junto do público. Durante esse ano, Tordo troca Lisboa pelo Faial, nos Açores, onde se instalou em casa do líder comunista, Decq Mota, a mesma onde também Jacques Brel estivera em recuperação de acidente ocorrido no mar alto, próximo do arquipélago.
Em 1984, foi editado o disco "Anticiclone", que serviu de mote a um espectáculo na Aula Magna, e a outro na cave da Ocarina, no Bairro Alto. O registo foi o primeiro de dois a contar com a colaboração do maestro de Jacques Brel, François Rauber, a quem Tordo enviara algumas cassetes com canções gravadas, juntamente com um convite para participar no disco. "A Ilha do Canto", o segundo com François Rauber, chega às lojas em 1986, e à semelhança do trabalho anterior foi apresentado na Aula Magna, e ainda em Coimbra e no Porto.
Em 1988, editou em conjunto com José Calvário, um disco de homenagem ao seu amigo de longa data Ary dos Santos, intitulado "O Menino Ary dos Santos" e, no ano seguinte, regressou aos palcos com Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, com o espectáculo "Só Nós Três", que deu título ao álbum do mesmo ano.
Em 1994, depois de um afastamento prolongado regressou aos palcos do CCB e às edições discográficas com um álbum gravado com a Youth National Jazz Orchestra, com quem voltou a trabalhar no ano seguinte, em Londres, no disco "Lisboa de Feira".

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