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quarta-feira, 7 de abril de 2010

A 8 de Abril de 1929, nasceu o grande cantor Jacques Brel


Jacques Brel

Jacques Brel nasce em Bruxelas, em 1929. Cantor/actor, realizador e contador de histórias nato, Brel chegou a trabalhar na fábrica de cartão do pai, onde morria de aborrecimento.
É no meio dos cabarés de Bruxelas que desenvolve a veia de cantor/actor. A partir de então, recebe alguns convites, gravando para a Phillips o seu primeiro disco, que vende 200 exemplares.
Decide mudar-se para Paris com a mulher e os dois filhos. Aí “bebe” as novas influências francófonas: Bécaud, Susy Solidor, Yves Montand e, Georges Brassens, que Brel conhece pessoalmente. É também na “cidade-luz” que assina alguns contratos para cantar em cabarés. As críticas iniciais foram negativas, pelo que a sua família regressa a Bruxelas, mas Brel não desiste.
Entra no meio artístico parisiense, faz amigos e procura contactos. A acutilância das suas composições e a intensidade das suas interpretações conquistam o público. Sem pudor, com divertimento e ironia, tece fortes críticas às instituições de poder, às classes sociais, aos vícios.
Em 54 faz uma ‘tournée’ de Verão com Philippe Clay e Catherine Sauvage, produzida por Canetti. No ano seguinte conhece o seu grande amigo, George Pasquier (“Jojo”), muitas vezes mencionado nas letras das canções. Nesse ano é lançado o terceiro disco do cantor, que vende 40.000 exemplares em dois meses. Começa, em seguida, a fazer espectáculos a solo.
A sua carreira está então no bom caminho – de 60 a 65 faz tournées pelos EUA, União Soviética, Europa, Canadá e África do Norte, trabalhando exaustivamente a qualidade dos seus concertos. É impossível ficar indiferente à força deste cantor e o público aplaude-o efusivamente no concerto no Olympia, reconhecendo assim o seu estatuto de grande artista.
O disco La Valse a Mille Temps atinge grande sucesso, e em 1961 Brel regressa ao Olympia para interpretar músicas como “Les Bourgeois” e “Madeleine”. Em 64, a música “Amsterdam” continua a maravilhar o público. Passa do grotesco para o mais elegante em duas palavras, em dois versos, em duas notas musicais.
Em 1966, despede-se do “Music-hall”, e em 68 dá o seu último espectáculo. Autoriza a adaptação de todas as músicas para língua inglesa (excepto “Ne me quitte pas”) e o sucesso além-mares torna-se um dado adquirido.
Não abandona definitivamente o mundo artístico, virando-se agora para o cinema e para a arte da representação. Franz, no ano de 1972, e Far West, no ano seguinte, são os títulos dos seus filmes.
Morre em Babigny, em 1978.

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