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sexta-feira, 7 de maio de 2010

António José da Silva o Judeu nasceu no Rio de Janeiro a 8 de Maio de 1705


António José da Silva o Judeu nasceu no Rio de Janeiro a 8 de Maio de 1705. Oriundo de uma família cristã-nova que se refugiara no Brasil, vem para Portugal com a família.
Forma-se em Direito na Universidade de Coimbra e em 1737 é preso com a própria esposa, ambos acusados de actividades judaizantes pela Inquisição.
Poeta escritor e dramaturgo, é considerado o principal responsável pela renovação do teatro português no século XVIII. Preso pela Inquisição a 5 de Outubro de 1737, acusado de praticar o judaísmo, foi executado na fogueira em Lisboa a 18 Outubro de 1739, aos 34 anos, num “auto-de-fé” presidido pelo rei D. João V, “O Magnânimo”. No mesmo dia foram queimados mais dez “judaizantes”.
António José da Silva foi autor do chamado teatro de bonifrates (bonecos articulados), escrevendo peças à altura designadas por óperas. Estas, sob influência da ópera italiana, tinham-se desenvolvido substituindo os actores pelos referidos bonecos, sendo as cenas principais concluídas por árias cantadas. A esta influência do melodrama italiano juntou-se a da comédia espanhola, que então dominava o teatro português.
A obra do autor é significativa, na sua observação e sátira mordaz a aspectos da vida setecentista e a certos grupos sociais e profissionais. Das obras destacam-se: 
Vida do Grande D. Quixote de la Mancha (1733), Esopaida ou Vida de Esopo (1734), Os Encantos de Medeia (1735), Anfitrião ou Júpiter e Alcmena (1736), Labirinto de Creta (1736), Guerras do Alecrim e Manjerona (1737),Variedades de Proteu (1737), Precipício de Faetonte (1738) e outras.

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