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quarta-feira, 30 de junho de 2010

A 1 de Julho de 1974, morreu Juan Perón


Juan Domingo Perón nasceu no dia 8 de Outubro de 1895, em Lobos, provincia de Buenos Aires, Argentina, filho de Mario Tomás Perón e Juana Sosa.
Ingressou no Colégio Militar de la Nación em 1911, saindo dois anos depois subtenente de infantaria. Mais tarde, cursou a Escola Militar de Guerra, graduando-se em 1929. No ano seguinte, participou do golpe militar que derrubou o presidente Hipólito Yrigoyen, sendo designado secretário particular do ministro da Guerra. Posteriormente, tornou-se professor titular de história militar na Escola Superior de Guerra. Adido militar na embaixada da Argentina no Chile em 1936, três anos depois foi enviado à Itália em missão de estudos, onde especializou-se em infantaria de montanha. Regressou à Argentina em 1941.
Em 1943, depois de ter fundado o Grupo de Oficiais Unidos, Perón aderiu à conspiração militar que derrubou o presidente Ramon Castillo. No novo governo, chefiou o Departamento Nacional do Trabalho e Bem-Estar Social, vindo a conquistar grande popularidade entre a classe trabalhadora, sobretudo os mais humildes – os "descamisados" – , e os sindicatos.
Em Outubro de 1945, Perón – que, naquele ano, se tornara vice-presidente e ministro da Guerra – foi afastado dos cargos por um golpe civil e militar e em seguida preso. Os trabalhadores organizaram uma greve geral em todo o país e, comandados por Eva Duarte, companheira de Perón e lideres sindicais, promoveram uma grande concentração diante da sede do governo, em Buenos Aires, a fim de pressionar pela sua libertação Em 17 de Outubro, os militares não tiveram outra escolha senão libertá-lo.  Naquela noite, Perón, em discurso proferido perante 300.000 pessoas e retransmitido por rádio para todo o pais, prometeu levar o povo a vitória na eleição presidencial e construir uma nação forte e próspera. Dias depois, casou-se com Evita (apelido dado a Eva Duarte pelos trabalhadores), que o ajudaria a governar o país nos anos seguintes, sobretudo na área social.
Perón venceu o pleito de 1946, obtendo 56 % dos votos. Ao longo do mandato, nacionalizou as companhias de estradas de ferro, telefones, gás e algumas empresas de energia elétrica, promoveu o desenvolvimento industrial e garantiu o aumento da taxa de emprego e dos salários. Os trabalhadores receberam importantes benefícios, como aposentadoria, férias pagas e assistência médica.  Reeleito em 1951, enfrentou sérios problemas durante o seu segundo mandato presidencial. A morte de Evita em 1952, as dificuldades económicas e as reivindicações dos trabalhores enfraqueceram a sua posição e, em 1955, foi deposto pelos militares, exilando-se no Paraguai. Mais tarde, instalou-se na Espanha, onde, em 1961, casou-se com a ex-dançarina argentina Maria Estela Martínez. Durante os anos de exílio, continuou exercendo um importante papel na política argentina.
Perón retornou à Argentina em junho de 1973, e em Outubro, concorrendo pelo Partido Justicialista por ele fundado, foi eleito mais uma vez presidente, tendo sua mulher como vice. Contudo, não cumpriu o seu terceiro mandato até o fim. Já doente, morreu em 1º de julho de 1974. Após sua morte, Maria Estela Martínez de Perón assumiu a presidência, mas foi derrubada pelos militares em 1976.

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