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domingo, 27 de junho de 2010

Luigi Pirandello, nasceu, a 28 de Junho de 1867

LUIGI PIRANDELLO
Nasceu, em 28 de Junho de 1867, perto de Agrigento, na Sicília, numa localidade chamada Caos. A sua vida foi, como escreveu, a “involuntária passagem pela terra de um filho do caos.” Após o liceu em Palermo, irá ajudar o pai na gestão das minas de enxofre que a família possui. Mas cedo abandonará os negócios familiares para frequentar a Universidade, primeiro em Roma, depois em Bona, onde se licencia em Filologia Românica. A partir de 1892, estabelece-se em Roma onde inicia a sua carreira literária, aconselhado pelo seu conterrâneo Luigi Capuana a escrever narrativas. Em 1894, casa-se com Maria Antonietta Portulano, herdeira de um sócio do pai, que irá sofrer de distúrbios mentais que muito o afectarão. Em 1901, publica o primeiro romance, L'esclusa e, em 1902, Il turno. Autor de uma obra vasta, Pirandello escreveu diversos romances, contos e novelas que foram compilados sob o título de "Novelle per un anno" (15 vols., 1922-37). Com Ele Foi Matias Pascal,  romance publicado em 1904, obteve um enorme êxito editorial. Dos seus seis romances, os mais conhecidos são "Ele Foi Matias Pascal" (1904) e Um, ninguém e cem mil  (1926) ambos editados em Portugal na Cavalo de Ferro.
Mas será a partir de 1915 que começa a sua carreira triunfal de autor dramático, com obras como 
Cautela Libertino!, Limões da Sicília,  Liolà (1916), Para Cada Um a Sua Verdade, O Barrete de Guizos, A Volúpia da Honra (1917), Ma Non È Una Cosa Seria e Il Giuoco delle Parti (1918), muitas delas tendo origem nas suas novelas ou contos. Em 1918 publica o primeiro volume do teatro sob o título «Máscaras nuas», título que é todo um programa. Pirandello concentra-se no problema da identidade. O eu existe apenas em relação aos outros; consiste na mudança de facetas que escondem um abismo inescrutável. Numa peça como Para Cada Um a Sua Verdade (1918), duas pessoas detêm percepções contraditórias sobre uma terceira pessoa. A protagonista de Vestir os Nus (1923) tenta firmar a sua identidade ao assumir diversas identidades; gradualmente apercebe-se da sua verdadeira posição na ordem social e no fim morre «nua», sem máscara social, aos seus próprios olhos e dos amigos. Da mesma forma, em Henrique IV, (1922) um homem supostamente louco imagina que é um imperador medieval, e a sua imaginação e a realidade são estranhamente confusas. O conflito entre ilusão e realidade é central em A Vida Que Te Dei (1924) ou A Desconhecida(1930). A análise e dissolução de um eu unificado é levado ao extremo em Seis personagens à Procura de Autor (1921) onde o próprio palco, o símbolo da aparência versus realidade, é o centro da peça. Com esta peça, Pirandello conhece um êxito internacional que o leva aos principais teatros do mundo, de Berlim a Paris e a Nova Iorque. A sua produção teatral prossegue com Henrique IV e Vestir Os Nus (1922), O Homem da Flor na Boca (1923), Ciascuno a suo modo(1924). A partir de 1924, dirige, em Roma, o Teatro d'Arte que, durante três temporadas (até 1928), faz conhecer mundialmente o seu teatro. A intérprete por excelência da sua obra será  Marta Abba, a quem Pirandello está ligado sentimentalmente.
Com 
La Nuova Colonia (1928) inaugura uma série de textos que irão constituir o seu derradeiro ciclo, o dos «mitos» modernos, que culmina nos Gigantes da Montanha, texto inacabado. Desta sua última fase é também crucial o textoEsta Noite Improvisa-se (1930) onde especula sobre a vida, a criação e o teatro.
Em 1931, esteve em Lisboa, no Congresso da Critica, tendo assistido à estreia de 
Um Sonho, Mas Talvez Não, na companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Em 1934 é-lhe atribuído o prémio Nobel. Morre, em Roma, a 10  de Dezembro de 1936.

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