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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Thomas Henry Huxley, morreu a 29 de Junho de 1895


Thomas Henry Huxley (1825-1895), biólogo evolucionista, cunhou o termo "agnosticismo".
As bases filosóficas do agnosticismo foram assentadas no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, porém só no século XIX que o termo agnosticismo seria formulado. Seu autor foi o biólogo britânico Thomas Henry Huxley - avô paterno do escritor Aldous Huxley (autor do romance distópico Admirável Mundo Novo) - numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (deus) não foi nem nunca será resolvida.
Em suas palavras: "Eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose -- tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel." T. H. Huxley (1825-1895)
Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.
Se existe um Criador, um Deus, do tempo, do espaço, da energia, da matéria, até chegar a nossa criação, que poderia até ser atribuída a uma outra raça, então, só descobrindo e explorando as coisas em sua suposta ordem inversa da criação que chegaremos ao Criador, até lá a simples existência da vida não prova a existência de Deus nem a prova da evolução das espécies a nega. Aliás, talvez nem mesmo a existência da vida após a morte prová-la-ia.
O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus, não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril.
Isto porque o que determina a crença é a fé, e a fé não é baseada em racionalizações. Então simplesmente não há como provar racionalmente se Deus existe ou não.
Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de "ateísmo fraco" e usam a expressão "Ateísmo" apenas com o significado de "ateísmo ativo" (que afirma categoricamente a inexistência de Deus). O problema é que não se pode estabelecer realmente a crença de alguém simplesmente pelo fato de ele se intitular agnóstico. Pode haver, por exemplo, um teísta agnóstico que considere impossível descobrir por meio da razão se Deus realmente existe, mas que afirme crer em deus (ou deuses) por meio da fé. Há também aquele que não crê na existência dos deuses conforme descritos pelas religiões, mas acreditam na possibilidade de existência de um outro tipo de entidade sobrenatural (estes são comumente chamados de "deístas").
Cautela com as palavras "ateísta" ou "ateu", pois o ateísmo representa a ausência de crença na existência de Deus/divindades, não necessariamente a negação da existência de Deus.
O agnosticismo não é um meio-termo entre teísmo e ateísmo, pois classifica de acordo com um critério diferente. Teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam num deus daqueles que não acreditam. O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão não pode penetrar o reino do sobrenatural daqueles que defendem a capacidade da razão de afirmar ou negar a veracidade da crença teística.
Origem do Nome
"Agnosticismo" derivou-se da palavra grega "agnostos", formada com o prefixo de privação (ou de negação) "a-" anteposto a "gnostos" (conhecimento). "Gnostos" provinha da raiz pré-histórica "gno-",que se aplicava à idéia de "saber" e que está presente em numerosos vocábulos da nossa língua, tais como cognição, cognitivo, ignorar, conhecer, ignoto, ignorância, entre outros.
Origem da Doutrina
Filósofo grego nascido em Élida, fundador da escola filosófica, o ceticismo, uma doutrina prática, também conhecida como pirronismo, que se caracterizava por negar ao conhecimento humano a capacidade de encontrar certezas. Filósofo de teorias complicadas, acompanhou Alexandre, o Grande (356-323 a. C.), na conquista do Oriente, ocasião em que entrou em contato com os faquires da Índia. Estudou filosofia com o atomista Anaxarco de Abdera, durante e após esta expedição (334-325 a. C.) e iniciou-se no magistério (324 a. C.), na cidade de Élida. Ao meditar sobre os discursos filosóficos de sua época, concluiu que todas as doutrinas eram capazes de encontrar argumentos igualmente convincentes para a razão. Desdobrou sua filosofia em três questões: qual a natureza das coisas, como devemos portar-nos ante elas e o que obtemos com esse comportamento. Para ele toda intenção de ir além das aparências está condenada ao fracasso pelas deficiências dos sentidos e pela fraqueza da razão. Seu principal seguidor foi o escritor satírico Timón de Fliunte (320-230 a. C.). Seus ensinamentos exerceram influência sobre a Média e a Nova Academia. Durante o século XVII voltaram à atualidade em razão da reedição dos livros de Sexto Empírico (150-220), que codificara as obras doutrinárias da escola cética no século III da era cristã.

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