A história da formação do Uruguai e de sua independência, proclamada a 25 de agosto de 1825, está intimamente ligada à maçonaria, que chegara com os primeiros colonos a Montevidéu. Sua presença, aliás, já consta dos registros de 1807 com as inovações inglesas trazidas ao Rio da Prata, pois, junto com as tropas, vieram irlandeses integrados às divisões dos "Dragões", sendo fundada por este grupo a Loja Montevideo nº 192, na qual se iniciou o primeiro maçom uruguaio: don Miguel Furriol.
As lojas maçônicas florescem então no Uruguai, terra nova e solo fértil para o cultivo das novas ideias de igualdade, fraternidade e liberdade, pregadas por homens livres, praticantes da verdade, do amor e da tolerância, respeitadores das leis e dos costumes, das autoridades e da opção religiosa de cada um. Enfim, estamos a falar de pedreiros livres, onde os patriotas uruguaios vão buscar inspiração para a sonhada independência, e, em 1816, fundam as lojas Independentistas e Caballeros Racionales. Essa, em 1819, muda o nome para Loja Cabelleros Orientales, contando no seu apogeu com 300 integrantes.
Já conhecida como a Banda Oriental del Uruguay ou Província Cisplatina, adere aos Movimentos de Libertação das Colônias espanholas, rebela-se, sob as ordens do seu maior líder, José Gervasio Artigas - um comerciante de couro de gado no Uruguai, com grande influência junto à população rural - culminando em 25 de agosto de 1825 com o raiar do sol da independência, que seria oficializada com o Tratado de Montevidéu em 1828.
O hino uruguaio, em suas mais belas estrofes, imortalizou o lema de "Uruguai; Liberdade a qualquer Custo!", proclamado pelos orientais, nas lutas pela independência.
Por inspiração maçônica, diz:
"Orientais a pátria ou a tumba!
Liberdade ou com glória morrer!
É esse o voto que a alma pronuncia,
E heroicamente saberemos obedecer!
Liberdade, liberdade, orientais!
Esse grito a pátria salvou
Que seus bravos em ferozes batalhas
De entusiasmo sublime, inflamou."
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