Eduardo Prado Coelho (Lisboa, 29 de Março de 1944 — Lisboa, 25 de Agosto de 2007[1]) foi um escritor e professor universitário português.
Filho de Jacinto do Prado Coelho, Eduardo Prado Coelho cresceu em Lisboa e licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa, onde também se doutorou (em 1983), com uma tese intitulada A Noção de Paradigma nos Estudos Literários. Foi Assistente naquela faculdade durante treze anos (1970-1983). Em 1984, passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde foi Professor Associado no departamento de Ciências da Comunicação.
Em 1975 e 1976 foi Director-Geral de Acção Cultural no Ministério da Cultura, criado com a Revolução de Abril. Em 1988 foi para Paris ensinar no departamento de Estudos Ibéricos da Universidade de Sorbonne - Paris III. Entre 1989 e 1998 foi conselheiro cultural na Embaixada de Portugal em Paris. Foi Comissário para a Literatura e o Teatro da Europália Portuguesa (em 1990). Colaborou na área de colóquios na "Lisboa Capital Europeia da Cultura (1994). Em 1997 tornou-se director da delegação de Paris do Instituto Camões. Regressou a Portugal em Outubro de 1998, tendo voltado a ser professor na Universidade Nova de Lisboa. Foi o comissário da participação portuguesa no Salon du Livre, em2000. Foi membro do Conselho Directivo do Centro Cultural de Belém, membro do Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM), membro do Conselho de Opinião da Radiodifusão Portuguesa e da Radiotelevisão Portuguesa.
Teve ampla colaboração em jornais e revistas e publicou uma crónica semanal no jornal Público até à data da sua morte. Tem diversa bibliografia ensaística, em que se destacam um longo estudo de teoria literária (Os Universos da Crítica), vários livros de ensaios (O Reino Flutuante, A palavra sobre a palavra, A letra litoral, A mecânica dos fluidos, A noite do mundo) e dois volumes de um diário (Tudo o que não escrevi). Publicou nos seus últimos anos de vida Diálogos sobre a fé (com D. José Policarpo) e Dia Por Ama (com Ana Calhau), sendoNacional e Transmissível (2006) o seu último livro editado. Em 1996, recebeu o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores e, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom.
Vitimou-o uma doença cardíaca.
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