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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

1 de Outubro de 1553,Maria Tudor é coroada Rainha da Inglaterra

MARIA I - também conhecida por Maria Tudor, rainha de Inglaterra (Greenwich, 1516-Londres, 1558). Filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão, foi atingida por diversas humilhações em resultado do processo de separação dos pais, sendo declarada bastarda e, temporariamente, banida da linha de sucessão ao trono. Posteriormente regressou ao favor real, sendo-lhe restituído o direito de sucessão, a seguir ao seu irmão Eduardo, em 1544. Após o reinado deste, foi recebida apoteoticamente em Londres, confirmando o fracasso da tentativa de uma minoria protestante para colocar no trono Lady Jane Grey. Mas a orientação política de Maria, voltada para Roma e para Espanha, fez-lhe perder a popularidade. Tendo permanecido fiel à religião católica, a despeito de diversas pressões, procurou e conseguiu a reconciliação com Roma, auxiliada pelo cardeal Reginald Pole; mas o endurecimento da sua atitude para com os declarados hereges, a partir de 1554, dando lugar ao martírio de figuras de grande prestígio, tais como Cranmer, Latimer e Ridley, granjeou-lhe o cognome de "Sangrenta" e fortaleceu indirectamente a causa protestante. O seu casamento com Filipe II, sem descendência, e a subordinação da política inglesa aos interesses da Espanha constituíram também motivos de desagrado, culminando na participação da guerra contra a França, que levou à perda de Calais, em 1588. Piedosa e austera, bem intencionada e fanática, mas talvez, sobretudo, mal aconselhada, faltava-lhe o sentido político do pai e da irmã, tendo o seu curto reinado contribuído negativamente para a realização dos seus objectivos mais caros: a grandeza da Inglaterra e a sua reconciliação definitiva com o Papa.

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