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sábado, 11 de setembro de 2010

Amílcar Cabral, nasceu a 12 de Setembro de 1924



Amílcar Cabral (Bafatá, Guine-Bissau, 12 de Setembro de 1924 – 23 de Janeiro de 1973) filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, Cabral foi poeta, agrónomo, fundador do PAIGC e “pai” da independência conjunta de Cabo Verde (5 Julho de 1975) e Guiné-Bissau (oficialmente a 10 Setembro de 1974).

Assassinado a 24 de Janeiro de 1973 na presença da sua mulher Ana Maria em Conacry, Amílcar Cabral é considerado o teórico marxista mais destacado da revolução da África negra. O autor dos disparos foi Inocêncio Kani, guerrilheiro do PAIGC.

O primeiro disparo atinge o líder do PAIGC no fígado. Cabral senta-se no chão e tenta conversar, mas um segundo disparo de metralhadora atinge-o mortalmente na cabeça o que provoca a morte imediata.

Após a morte de Cabral e sobre o comando de Sekou Touré, presidente da Guiné Conacry, foi constituída uma comissão internacional, para apurar os factos da sua morte, e os conspiradores presos e entregues aos militantes do PAIGC, que prossegue ao fuzilamento dos mesmos.



Em 1932 Amílcar Cabral muda-se com a família para a ilha de Santiago, Cabo Verde onde vive grande parte da sua infância e juventude, na localidade de Santa Catarina. Entra para o liceu em S. Vicente no ano de 1937-38 onde completa em 1944 os estudos secundários.

Amante do desporto, em S. Vicente, Cabral foi secretário do “Boavista Futebol Clube” entre 1944-45.

Após terminar o liceu em São Vicente, Amílcar Cabral obtém uma bolsa para prosseguir os estudos universitários em Portugal em 1945-46, no Instituto Superior de Agronomia, onde acaba por conhecer e casar em 1946, com a sua primeira mulher, Maria Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues.

Em Portugal, Cabral participou activamente na luta anti-fascista juntamente com outros estudantes africanos. Foi militante do Movimento de Unidade Democrático da Juventude (MUDJuvenil) da qual afastou por divergências em relação às questões coloniais.

Amílcar Cabral teve uma vida activa na defesa dos seus ideais de libertação das colónias africanas. Em 1948-51 foi eleito presidente do Comité da Cultura da Casa dos Estudantes do Império (CEI), secretário-geral em 1950, e em 1951 vice-presidente da CEI.

Conjuntamente com outros estudantes africanos em Lisboa (Francisco José Tenreiro e Mário Pinto de Andrade) cria em 1951 o Centro de Estudos Africanos. Em 1956 Cabral funda com Viriato da Cruz e outros africanos o PLUA – Partido da Luta Armada Unida dos Africanos. Mais tarde em Bissau, cria o PAI - Partido Africano da Independência, que mais tarde viria a chamar-se PAIGC – Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Em 1952 regressa a Bissau, onde trabalha no posto experimental de Pessubé e realiza o recenseamento agrícola, o que viria a servir de base a preparação da estratégia da luta armada em 1963. Na Guiné-Bissau, Amílcar Cabral casa, em Maio de 1965, com a sua segunda esposa Ana Maria Foss de Sá.

Um dos líderes mais carismáticos africano, Amílcar Cabral, participa em várias conferências sobre o colonialismo em África: ONU Memorandum à Assembleia-geral da ONU em 1961; IV Comissão da Assembleia-geral da ONU em 1962; VIII Conferência dos Chefes de Estado e de Governo Africanos em Adis-Abeba em 1971; Comissão de Direitos Humanos da ONU sobre os crimes do colonialismo português em 1968.

Amílcar Cabral manteve contactos com comandante Ernesto “Che” Guevara em 1965 e com Fidel Castro em Escambray e Havana em 1966, para discutir pormenores da ajuda cubana ao PAIGC, numa altura em que o PAIGC já controlava metade do território Guineense.

No dia 1 de Julho de 1970 o Papa Paulo VI recebe em audiência Amílcar Cabral (PAIGC), Agostinho Neto (MPLA) e Marcelino dos Santos (FRELIMO). No mesmo ano Cabral recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Lincoln, Estados Unidos da América.



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