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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

José Ronald Golias ou simplesmente Ronald Golias, morreu a 27 de Setembro de 2005


ronaldgoliasol6 Ronald Golias, o Bronco.
José Ronald Golias ou simplesmente Ronald Golias (São Carlos, 4 de maio de 1929 – São Paulo, 27 de setembro de 2005) foi um comediante brasileiro, um dos pioneiros da televisão brasileira.
Golias viera de família humilde. Seu pai – Arlindo Golias, fora fã do artista Ronald Colman, por isso o nome Ronald. Todavia, na hora do batismo de Golias, o padre implicou porque o nome não tinha vínculos com bílbia, então decidiu-se colocar o nome José Ronald Golias.
Ronald Golias começou sua carreira artística nos anos quarenta participando de um grupo de acrobacias aquáticas, o Aqualoucos. Antes disso chegou a trabalhar como alfaiate e funileiro.
Nos anos cinqüenta,incentivado por seu amigo aqualouco Vicente Fiori, Golias ingressou no rádio onde conheceu Manoel da Nóbrega (pai de Carlos Alberto de Nóbrega) que logo a seguir o convidou para trabalhar no humorístico televisivo ” A Praça da Alegria”, na TV Paulista – Canal 5, em 1953.Pacífico, seu primeiro personagem marcante da televisão, apareceu em 1956 e tornou famoso o bordão “ô Cride fala pra mãe”, que foi citado em música do grupo brasileiro de Rock Titãs dos anos 80. Esse bordão remete a cidade natal de Golias, São Carlos, pois o original era “ô Cride fala pra mãe que eu vou lá no Grêmio”, (Grêmio Recreativo e Cultural Flôr de Maio), que é um clube social da comunidade negra da cidade.
No cinema, estreou em 1957, com a comédia “Um Marido Barra Limpa”, de Luís Sérgio Person. Em 1959, participou de chanchadas, como “Os Três Cangaceiros”, onde contracenou ao lado de Ankito e Grande Otelo. Também fez os filmes: O Dono da Bola e Golias Contra o Homem das Bolinhas . Sempre muito popular a ponto de, após apelidar Silvio Santos com a alcunha de Peru, na década de 1950, o apresentador ficou conhecido como “o peru que fala” quando trabalhava em espetáculos de artistas ligados a Manuel da Nóbrega com a charanga do Baú da Felicidade.
Em 1967, apresentou na televisão seu personagem Bronco, que já fazia sucesso no cinema. Carlos Bronco Dinossauro estreou no humorístico “Família Trapo”, da TV Record – Canal 7, de São Paulo, atual Rede Record,onde contracenava com Jô Soares, Ricardo Corte-Real, Cidinha Campos, Renata Fronzi e Otelo Zeloni e acabou se transformando no personagem mais divertido e popular do seriado. Teve uma filha chamada Paula, que o nome foi dado para homenagear Paulo Machado de Carvalho.
Silvio Santos sempre foi um grande fã de Ronald Golias. Ao lado do animador, Golias participou do programa A volta ao mundo em 80 perguntas, numa fase em que relançou sua carreira na televisão, depois de ter se afastado alguns anos para cuidar de suas fazendas. Nessa época, com o apoio de Silvio Santos ele criou novos tipos que aparecerem em quadros no programa dominical do apresentador e que ficariam igualmente famosos: o velhote Bartolomeu GuimarãesIsolda e o Profeta.
Ao todo, a carreira de Golias é muito extensa. Conta-se em mais de cinqüenta anos de atuações em televisão, apesar de apenas dez filmes. Trabalhou nas quatro principais emissoras de TV do Brasil: Rede Globo no programa Superbronco, com Liza Vieira; atual Rede Record na Família Trapo; Rede Bandeirantes no programa Bronco; e no SBT, em A Praça é Nossa, SBT Palace Hotel, Escolinha do Golias e Meu Cunhado. Na emissora atuou também em especiais ao lado de Maria Tereza e Hebe Camargo. Na Rede Globo, em 2000, ao lado de Renato Aragão viveu um funcionário de hotel no especial humorístico sobre os 50 anos da televisão brasileira.
Nos anos recentes podia ser visto na emissora de Sílvio Santos, o SBT, em programas como “A Praça é Nossa”, onde interpretava Pacífico, Profeta, Bartolomeu Guimarães e Isolda e no programa “Meu Cunhado”, humorístico que ressuscitou seu personagem mais famoso, o Bronco, contracenando com Moacyr Franco, que era um de seus melhores amigos na TV desde que começaram a carreira.
Faleceu vítima de infecção generalizada proveniente de infecção pulmonar, no Hospital São Luís na capital paulista, onde se encontrava internado desde o dia 8 de setembro de 2005. Foi sepultado no Cemitério do Morumbi.
Golias não gostava de ser chamado de sãocarlense, ele se intitulava carlopolitano, que é o gentílico latino de quem nasce em São Carlos.

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