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sábado, 4 de setembro de 2010
Peter McGuire é considerado o idealizador do Dia do Trabalho, a 5 de Setembro de 1882
Em 1882, Peter J. McGuire, um dos líderes da Federação Americana do Trabalho, solicitou que um dia do ano fosse preservado como feriado nacional para os trabalhadores de todos os níveis. A idéia começou a vingar a partir do dia 5 de setembro daquele ano, quando pela primeira vez os trabalhadores foram homenageados, após uma passeata de 10 mil operários, portando cartazes, que se reuniram na Praça dos Sindicatos, em Nova Iorque, e rumaram em direcção à Broadway. Por isso, Peter McGuire é considerado o idealizador do Dia do Trabalho, porque o movimento começou a estender-se ao mundo todo.
Todavia, na época a jornada de trabalho era muito intensa e os operários dos Estados Unidos estavam há tempos reivindicando um período de oito horas diárias de serviço. Assim, em 1º de maio de 1886, 200 mil trabalhadores, organizados pela Federação dos Trabalhadores dos Estados Unidos e do Canadá, resolveram entrar em greve na cidade de Chicago. A polícia travou violento choque com os grevistas, causando a morte de muitos deles e apreendendo oito de seus principais líderes: Augusto Spies, Michael Schwab, Samuel Fielden, Adolfo Fischer, Jorge Engel, Luiz Lingg, Oscar Neebe e Albert Parsons.
Por decisão judicial, quatro desses dirigentes foram, em novembro do ano seguinte, enforcados. Dos que sobraram, um - Luiz Lingg - suicidou-se na cadeia, esmagando entre os dentes uma cápsula com fulminato de mercúrio, e os demais foram condenados a prisão perpétua. Assim, o Dia do Trabalho passou a ser comemorado mais intensamente nos Estados Unidos depois do movimento de Chicago.
Esses grupos, que nem sempre se entendiam direito, especialmente do ponto de vista político, abraçavam um ideal comum, ou seja, a diminuição da jornada do trabalho para oito horas diárias. O movimento, com altos e baixos, destacando-se uma greve ocorrida em Nova Iorque, com a paralisação de 200 mil trabalhadores, arrastou-se até 1877, ano que marcou a vitória das oito horas, beneficiando os operários das indústrias norte-americanas.
O movimento interessou aos operários de todo o mundo, principalmente os do Canadá, mais próximos do meio reivindicador. Assim, em 1º de maio de 1886, depois de uma assembléia na qual tomaram parte representantes de várias organizações, ficou resolvida a deflagração de uma greve, tendo em vista a jornada de oito horas, em todo o território dos Estados Unidos e do Canadá.
Com o início do movimento, que paralisou grande parte das indústrias, a repressão policial se fez presente. Os trabalhadores resistiram com todas suas forças, e a luta se tornou sangrenta, com mortes dos dois lados. A repressão mais séria deu-se em Chicago, onde se reuniam importantes núcleos industriais e onde o proletariado era mais organizado.
Após diversos encontros entre grevistas e policiais, os patrões resolveram ceder em parte às aspirações dos empregados. Na luta, porém, os principais líderes dos trabalhadores foram presos. Contar os grevistas foi instaurado processo que acabou condenando uns à morte e outros à prisão perpétua. Dos condenados à morte, quatro foram enforcados e um suicidou-se na prisão. Todavia, em 1890, o governador do estado de Illinois - onde se deu o massacre -, John Altgeld, determinou fosse feita uma revisão do processo, que concluiu pela inocência dos condenados. Assim, com a restituição dos líderes à liberdade, reabilitou-se a memória dos que haviam sido executados.
Passados dois anos das execuções de Chicago, em 1888, o Congresso Socialista Internacional aprovava a instituição do dia 1º de maio como o Dia do Trabalho. Tal decisão foi adotada, em caráter mundial, em 1919, pela Liga das Nações, que a incorporou ao Tratado de Versalhes.
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