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terça-feira, 19 de outubro de 2010

A tragédia da Rua das Flores (ROSAS)


Bagão Félix, diz hoje no Diário Económico que a dívida das empresas públicas, os encargos com as parcerias público-privadas e as responsabilidades assumidas no âmbito da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações fazem com que a dívida pública ultrapasse os 200% do PIB.

Mais grave do que o défice de 9% é a dívida pública de 200% do PIB. É fácil baixar o défice para valores inferiores a 3%: basta cortar fortemente nos salários e aumentar impostos à tripa forra.

Só que a terapia provoca recessão. Juntar uma recessão a uma década de estagnação económica é o mesmo que deitar petróleo para cima de uma fogueira.

E o pior de tudo é que o país tem um primeiro-ministro e um líder da oposição que gostam de caminhar no fio da navalha. Ambos nutrem uma fatal atracção pelo abismo.

No PS, não se ouve uma única voz sensata. No PSD, apenas Manuela Ferreira Leite. Foi uma tragédia o eleitorado ter acreditado no que disseram os comentadores socialistas e duvidado das análises e propostas de Manuela Ferreira Leite. Agora, talvez já seja tarde para Portugal. Estamos a viver um período marcado por uma tempestade perfeita. Tudo parece conduzir-nos à tragédia.

O buraco na Caixa Geral de Aposentações não pára de aumentar. Chegará a um ponto insustentável. E a desgraça maior vai ser quando as gerações de professores que têm hoje menos de 50 anos de idade atingirem a idade da reforma. Nessa altura, não haverá dinheiro para lhes pagar. Andaram uma vida - em muitos casos mais de 45 anos - a descontar, reduziram-lhes brutalmente os vencimentos e no fim vão dizer-lhes: lamentamos, já não há dinheiro.

In "Profblog"

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