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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A 25 de Novembro de 1911 - D. Manuel Vieira de Matos, bispo da Guarda é entregue ao poder judicial, acusado de desrespeitar a Lei da Separação do Estado da Igreja.



Manuel Vieira de MatosPoiares (Peso da Régua), 22 de Março de 1861—Braga, 28 de Setembro de 1932) foi bispo da Guardaarcebispo de Braga e fundador do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português.
Em 1 de Abril de 1903 foi nomeado bispo da Guarda.
Em 1 de Outubro de 1914 foi nomeado Arcebispo de Braga.

D. Manuel Vieira de Matos (1915-1932) foi Arcebispo de Mitilene (Vigário Geral do Patriarcado de Lisboa) e depois Arcebispo-Bispo da Guarda. No quadro da tormentosa implantação da República e da Lei de Separação, a Igreja Católica, mormente os bispos e sacerdotes, foram vítimas de frequentes e arbitrárias perseguições. Quando D. Manuel Vieira de Matos veio para Braga tinha já sido desterrado e preso em três ocasiões. O singelo crucifixo (65) que se expõe foi, em palavras do Arcebispo escritas na base, o “Crucifixo de D. Manuel Vieira de Matos, seu companheiro, na prisão do Quartel do Carmo em Lisboa”. Ao chegar a Braga encontrou a Arquidiocese desmantelada das suas antigas estruturas de governo e acção pastoral. Empreendeu, então, uma infatigável intervenção em todas as frentes: adquiriu um novo Paço Arquiepiscopal, comprou o Seminário Menor (S. Domingos da Tamanca), iniciou a construção do novo Seminário Conciliar na Rua de Santa Margarida, instalou os mesmos Seminários; criou a revista “Acção Católica”; incentivou a publicação dos Fastos Episcopaes; cuidou da formação de um qualificado quadro de professores para os Seminários; tendo em vista a dinamização da vida cristã, no clero e no Povo de Deus, dinamizou congressos (eucarísticos, mariano, missionário, catequético); cuidou da renovação da música sacra; promoveu a implantação da Acção Católica e do Escutismo Católico; convocou o Sínodo de 1918; levou a cabo a restauração e reforma do Rito Bracarense, com a publicação do Breviário e do Missal; promoveu a criação do Tesouro-Museu da Sé de Braga; pediu, por razões pastorais, o desmembramento da Arquidiocese com a criação da diocese de Vila Real.

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