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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Érico Veríssimo nasceu a 17 de Dezembro de 1905




Érico Veríssimo


O escritor modernista da segunda fase Érico Veríssimo (1905-1975) era de uma família arruinada financeiramente e exerceu várias profissões na juventude. Farmacêutico, sua farmácia faliu porque: a) se desentendia com os fregueses, b) recusava-se a vender certos remédios, c) passava o tempo todo lendo Ibsen e escrevendo no papel de embrulho da farmácia e principalmente porque d) havia uma garota de olhos azuis que morava na frente da farmácia, Mafalda, com quem se casaria e teria seus dois filhos. Deixou o interior do RS após a separação dos pais e foi para POA, onde foi jornalista e secretário de revista. Trabalhando na Livraria do Globo, tornou-se grande amigo de Henrique Bertaso, filho do dono, de quem escreveu uma biografia. Veríssimo traduzia e trabalhava durante a semana e escrevia durante os fins de semana. Até a publicação de Olhai os Lírios do Campo, Veríssimo não tinha popularidade. Fortemente antifascista, assinou um manifesto em 1935 contra o fascismo e isso lhe rendeu algumas (falsas) acusações de comunista. Sentindo-se sufocado pelo Estado Novo, aceitou em 1943 um cargo como professor universitário nos EUA (e ele nem sequer completara oficialmente o segundo grau) e foi ensinar na Universidade de Berkley, na Califórnia. Viajou muito, especialmente quando nos anos 50 teve um cargo na União Pan-Americana. Teve vários enfartes e um lhe foi o fatal em 1975. Não chegou a completar o segundo volume de sua autobiografia, Solo de Clarineta, que seria uma trilogia. Entre suas obras mais famosas estão Clarissa, Música ao longe, Caminhos Cruzados, Um lugar ao Sol, Olhai os Lírios do Campo, Saga e O resto é silêncio (primeira fase, romances urbanos); O Tempo e O Vento (a mais famosa), dividido em três partes: O Continente, O Retrato e O Arquipélago (segunda fase, romances históricos); O Senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares (terceira fase, romances políticos). Escreveu também Noite (a ovelha negra de sua bibliografia, como ele chamava) e outras coisas: livros infantis, roteiros de viagem, biografias, uma autobiografia (a excelente Solo de Clarineta) e um livro sobre a Literatura Brasileira.

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