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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Yara Amaral Goulart, morreu a 31 de Dezembro de 1988


 
 A atriz Yara Amaral Goulart, conhecida como Yara Amaral, iniciou a carreira no teatro amador, em São Paulo, e, em 1962, participou de um dos Festivais de Teatros de Estudantes organizados por Paschoal Carlos Magno. No mesmo ano, Yara Amaral ingressou na Escola de Arte Dramática de São Paulo - EAD, onde se formou em 1965, quando estreou profissionalmente na montagem de “Hedda Gabler”, de Ibsen.
Em 1966, passou pelo Teatro de Arena onde, interpretando um pequeno papel em “O Inspetor Geral”, de Gogol, e foi aplaudida em cena aberta.
Mudando-se para o Rio de Janeiro, Yara Amaral participou do Grêmio Dramático Brasileiro, de Aderbal Freire Filho, destacando-se na peça “Reveillon”, de Flávio Márcio, 1974. No mesmo ano, protagonizou outro ambicioso espetáculo experimental, “Avatar”, de Paulo Afonso Grisolli, dirigido por Luiz Carlos Ripper. Pelo conjunto desses dois trabalhos ganhou seu primeiro Prêmio Molière.
Contracenou com Fernanda Montenegro em “A Mais Sólida Mansão”, de Eugene O'Neill, em 1976. Teve expressivo desempenho em “Os Filhos de Kennedy”, em 1977. No ano seguinte, participou do elenco de “Os Veranistas”, de Gorki, espetáculo inaugural do Teatro dos Quatro.
Ganhou seu segundo Prêmio Molière protagonizando uma comédia inconseqüente, “Eu Posso?”, de Reinaldo Loy (1982).
Em 1983, voltou ao Teatro dos Quatro para fazer Goneril na montagem de “Rei Lear”, de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Desde então tornou-se atriz convidada permanente do Teatro dos Quatro, onde fez um trabalho por ano, sempre em papéis de peso: “Assim É...(Se Lhe Parece)”, de Luigi Pirandello (1984); “Sábado, Domingo e Segunda”, de Eduardo de Filippo (1986), um desempenho comovente, premiado com o seu terceiro Molière; o monólogo “Imaculada”, de Franco Scaglia (1986); “Cerimônia do Adeus”, de Mauro Rasi (1987); e o papel-título em “Filumena Marturano”, de Eduardo De Filippo (1988), que foi sua última peça.
Yara Amaral atuou, também, em papéis de destaque em várias telenovelas, como "Dancin' Days", "O amor é nosso", "Sol de verão", "Guerra dos sexos", "Um sonho a mais", "Cambalacho", "Anos dourados" e "Fera radical".
No cinema, estreou em 1975 com "O rei da noite" de Hector Babenco e fez outros filmes importantes como "A Dama do lotação", "Mulher objeto" e "Leila Diniz".
Foi casada com Luís Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário.
Yara Amaral morreu, aos 52 anos, no auge de sua carreira, vítima do naufrágio do barco Bateau Mouche, na noite de reveillon de 1988, na Baía de Guanabara.

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