Relatores com licenciatura a avaliar colegas com doutoramento. Professores de Geografia a avaliar professores de História. E até educadores de infância a avaliar professores de Matemática que prestam serviço em escolas secundárias.
Tudo aquilo que não se deve fazer num processo de avaliação está a acontecer nas escolas estatais de Portugal com o beneplácito de uma ministra que se limita a sorrir e que acha que tudo vai bem no reino faz-de-conta do senhor Sócrates.
O que começou como uma farsa corre o risco de terminar em tragédia. Uma tragédia que destrói aos poucos o ambiente das escolas, que coloca professores contra professores, alimenta ressentimentos, invejas e frustrações e desvia os professores daqueles que são a sua razão de ser: os alunos.
Ainda por cima, os resultados da avaliação de desempenho não servem para nada. Ninguém é avaliado com insuficiente. E os que tiverem Muito Bom ou Excelente nada podem fazer com as menções de mérito porque as progressões na carreira estão congeladas e o mais certo é ficarem assim para sempre porque o dinheiro acabou.
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