Em primeiro lugar, a incerteza em torno das perspectivas de crescimento e produtividade no curto-médio prazo até que as reformas estruturais, sobretudo no mercado do trabalho e no sistema judicial, comecem a dar frutos.
A Moody está por dentro de reformas que os portugueses desconhecem.
O segundo factor foram os riscos de implementação das "ambiciosas metas de consolidação orçamental do Governo".
A Moody tem indicações sobre a execução orçamental que os portugueses desconhecem.
Além disso, a possibilidade de o Executivo ter de avançar com mais ajudas ao sistema financeiro do País, iria colocar pressão acrescida sobre as contas públicas do País, é o terceiro factor apontado pela Moody's.
A Moody tem razões, que os portugueses desconhecem, para desconfiar da banca.
A quarta e última justificação da agência de notação financeira são "as desafiantes condições de mercado que levaram ao aumento dos custos de financiamento do País". A Moody's alerta que, se se mantiverem, estas condições vão causar um enfraquecimento da sustentabilidade da dívida pública do País, "particularmente num contexto de juros mais elevados na Europa".
Estas razões são conhecidas de todos.
CONCLUSÃO: Sabe-se mais sobre Portugal lá fora do que cá dentro. O primeiro-ministro deve considerar que os portugueses não estão preparados para viver em democracia. E tem alguma razão... se estivessem, ele nunca teria (des)governado o País.
In "Portugal Contemporâneo"
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