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quarta-feira, 2 de março de 2011

O caso do sequestro no Porto



O caso do sequestro no Porto


No dia 23 de Fevereiro, um assaltante, de nome Renato Jesus, assalta uma enfermeira de 43 anos na loja de ATM´s do banco Millennium, afim de lhe sacar os códigos dos cartões multibanco. A enfermeira na sua mistura de pensamento; entre o pânico, o pensar que ia ficar sem o seu dinheiro, as compras de supermercado e as contas mensais que iria pagar, resistiu. Nessa decisão quase que perdeu a vida.
O assaltante sujeitou a vítima a um stress brutal, tanto física como psicologicamente. Como o assalto não correu da forma prevista, ou seja, subtrair algumas centenas de euros a uma cidadã comum, o marginal depois de ficar encurralado pela polícia, espetou-lhe a faca várias vezes, tendo ao que parece, lhe perfurado um pulmão.
O indivíduo assaltante revelou dupla má índole, o acto de roubar uma pessoa comum e quando confrontado numa situação de desespero, violentou-a sem pena.
A polícia que actuou neste cenário problemático, esteve muito bem, ao desenvolver uma estratégia que perante o cenário que lhe era apresentado, maximizou o objectivo de manietar o infractor e resgatar a vítima.

No dia 28 de Fevereiro, o destino, que é sempre incerto, entre-cruzou na comunicação social três pessoas envolvidas em situações ilícitas.
Renato Jesus, o assaltante, suicida-se com um lençol na enfermaria da prisão de Custóias, após, ter mostrado um sorriso logo no dia a seguir ao assalto que chocou a população. Neste tipo de detenções a indivíduos com problemas psicológicos já referenciados e ainda na chamada, zona de suicídio, teve a consciência, de por si terminar com a sua vida. Esta triste história, termina sem que Renato tenha tido sequer uma visita, enquanto esteve detido, de um amigo ou familiar. Quando a sociedade portuguesa acorda para a questão do isolamento dos idosos, existem jovens perdidos na vida e também isolados.
O agressor é o produto de também ser vítima.



Neste dia, foi libertado o malogrado sucateiro, Manuel Godinho, que cumpriu pena de prisão preventiva até ao máximo estipulado pela lei. Figura central do processo Face Oculta, que ganhou dimensão mediática pelas escutas entre o actual primeiro-ministro e um ex-ministro Armando Vara, figuras de alto relevo do PS.

No mesmo dia, a justiça portuguesa, decide levar a julgamento o célebre caso dos CTT, tendo como sua personagem principal Carlos Horta e Costa, figura proeminente do PSD.
No processo, o alegado crime mais evidente, é a venda de um edifício da referida empresa pública em Coimbra a uma imobiliária local, detida por coincidência por dois autarcas, um do PSD e outro do PS pelo valor de cerca de 14 milhões de euros, que por sua vez foi revendido no mesmo dia a uma empresa do grupo BES por 20 milhões de euros, gerando por artes mágicas, num dia, uma mais-valia entre os 5 a 6 milhões de euros.
Sem falar da acusação de gestão danosa e outros crimes previstos na lei portuguesa, enquanto os funcionários da referida empresa recebem ordenados baixos, são sujeitos a horários que muitas das vezes fogem ao que está previsto na legislação laboral, ao mesmo tempo que os administradores dessa equipa "maravilha" se banqueteavam com automóveis de luxo e regalias de boa vida.

Na retina fica, que a justiça portuguesa é incapaz, é inquinada deliberadamente e incompetente para julgar na sua plenitude os dois últimos casos, como todos os outros em que entraram figuras de relevo económico/político. Pois julgam as leis produzidas, principalmente, pelos dois partidos políticos que partem há três décadas a democracia, alternando entre si o poder da república, servindo os seus patrocinadores pagos pela povaça meia perdida nas suas vicissitudes vivenciais.
É a justiça forte para os fracos e fraca para os fortes. Por isso azares acontecem amiúde, como no primeiro caso, que "deixaram" o arguido se suicidar, apesar da elevada probabilidade para o evento ocorrer.

Parece que neste país, não se passa nada!

Extrafisico
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João J. C.Couto

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