Pôr as contas em ordem Pôr as contas em ordem, é o mantra repetido vezes sem conta pelo governo actual, que ao mesmo tempo deixa transparecer outra questão, se é preciso colocar em ordem as contas do Estado, é porque elas, as contas, estão na desordem. E quem as pôs em desordem? As contas, que hoje precisam de ser postas em ordem? Muito provavelmente os governos que têm (des)governado o país, não sendo suposição, a questão é factual. Ou seja, os governos alternados entre o PS e o PSD, durante décadas puseram as contas em desordem, por isso hoje, é preciso pôr, as ditas contas, em ordem, porque se não estão na dita ordem, é porque estão em desordem. Por outras palavras, quem teve a incumbência de gerir, as tão afamadas contas? Registo histórico e factual, o PS e o PSD. Facto real é que Portugal, já está na bancarrota, para quem ainda não tivesse reparado. Para ter uma pequena dimensão do que se passa, só em Dezembro, o Estado teve que se endividar em várias unidades de vários mil de milhões de euros, afim de pagar os subsídios de natal, para que as crianças ainda acreditem no Pai Natal. Nas últimas semanas, técnicos do BCE e da Comissão Europeia em conjunto com o Ministério das Finanças português, desenharam engenharias financeiras, para pôr as tais contas em ordem. A realidade é simples, Portugal está muito para lá de endividado, e em primeira instância há que garantir que os credores recebam o dinheiro. Nem que para tal se recorra ao fundo de resgate europeu ou ao FMI. A ideia de que vêm ajudar, é pura semântica, vêm garantir o retorno do investimento, por outras palavras, vão garantir que os seus financiamentos são pagos, a bem ou a mal. A manifestação de ontem, que é importante para criar uma consciência colectiva, na pratica tem o mesmo valor, que toda a gente se juntasse e fizesse figas. Seria, de sobremaneira interessante, verificar nas 200.000 a 300.000 pessoas que "estiveram na luta" em que partidos votaram nas últimas eleições, qual a percentagem dos que se abstiveram e nos que deixaram outros tomar a sua voz. Numa metáfora de senso-comum, imaginemos uma pequena comunidade que mandata o diabo para gerir "a bucha" durante os próximos quatro anos e ao fim de poucos meses, a maioria da comunidade se queixe que a sua vida é um inferno. É um contra-senso, visto por alguém de fora dirá, mas foram eles que escolheram e agora queixam-se. Em Portugal, isto ocorre há décadas. O que nos leva a concluir, que este povo é demasiadamente carente de sinapses entre neurónios, de uma maneira geral, pois individualmente, é uma questão de esforço de cada um, aumentar o seu próprio auto-conhecimento. Por exemplo, as universidades que se transformaram em unidades de negócio e não mais do que meras certificadoras de conhecimento, por via principalmente, através do processo de Bolonha, que formam bachareis, que depois têm de comprar "um" mestrado, não deixa de ser uma forma de duplicar as receitas. Não se fala a verdade a milhares de jovens que caem no engodo da ilusão de serem alguém. Não lhes é explicado que a maior parte dos cursos, não mais é do que caca ou perca de tempo. Portugal não tem tecido económico e social para absorver as fornadas que ano após ano saem dos politécnicos e universidades. O país não foi pensado para isso, pelas pessoas que governam, muito menos pelas que votaram para as governarem. O português, meio bacoco, meio analgésico, grita que se farta, sente-se meio moderno pelo telemóvel que carrega no bolso. Vê no livro de reclamações a justeza dos seus direitos. Custa dizer, mas é um facto, o povo português é estúpido, estúpido que nem uma porta. Tenha-se como por exemplo a ASAE, toda a gente gritou contra este organismo do estado, maralha em geral e comunicação social em particular, pois esta última "vende" o que a maralha compra, alicerçada em estudos de opinião, que informam do que o povinho gosta. Esta gente reclama, berra que se farta! Só que para os assuntos laterais, reclama por estados de alma, porque está a chover ou porque está sol. Certo é que quando a ASAE começou apenas e apenas a aplicar a lei vigente, mil vozes se levantaram contra ela. Foram acusados de excesso de zelo, em Portugal aplicar a lei é um excesso de zelo, para que conste em memória futura. A ASAE apenas aplicou as leis. As leis é que porventura, estariam erradas. As leis que são elaboradas pelos representantes do povo, eleitos democraticamente, pelo zé povinho. É como, berrar contra José Sócrates, ou num futuro próximo, contra Passos Coelho, aliás podem berrar até as goelas suportarem e "dessas lutas" tiraram polaroides incrustados no facebook. Na essência, de uma forma respeitosa, vale o que vale... Até os cabelos podem arrancar, que ninguém lhes vai ligar. Há que focar as energias para a realidade e não as derramar para as questões laterais. No topo da cadeia alimentar também se luta ferozmente. Em 2007/2008 assistimos aqui em Portugal a uma luta fraticida pelo o poder do maior banco privado português, o BCP. Opus Dei e Maçonaria, sucursais locais de um jogo maior, apesar do que passou para a maralha foi o Joe Berardo com dossiers entre as pernas, este último um joguete, homem do povo, que subiu a pulso na vida, imagem que qualquer descamisado compra. No topo luta-se, há séculos que é assim, mas têm poder porque existem massas que os alimentam, sem elas não seriam nada. Por exemplo os maçónicos, não seriam mais do pessoas a precisar de tratamento hospitalar, rituais de sangue e afins, convenhamos... não vão ao médico, que não é preciso! Parecem cães com o nariz molhado! Votem nos mesmos e depois queixem-se, outra e outra vez ...! Descontando todos os 007's que trabalham para a moenga... D'um lovely day! |
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João J. C.Couto
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