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sexta-feira, 20 de maio de 2011

E eis que surge o "Movimiento 15-M"


Concentração do M 15-M na Puerta del Sol (Madrid)



Nascido a 15 de Maio através das redes sociais espanholas, tem promovido manifestações, um pouco por toda a Espanha, sob o lema (vasto e indefinido): Democracia real, já!

Trata-se - segundo os manifestantes - de um movimento (espontâneo?) que questiona o bipartidarismo espanhol (PP/PSOE) que, ciclicamente, se alterna no Poder. Vai mais longe: É um protesto contra as atitudes da classe política espanhola. Exigem mudanças na forma de fazer política. Reivindicam autonomia perante os partidos e perante a Igreja. As suas semelhanças, ou as suas ligações, com as propostas da “geração à rasca” (portuguesa) ou ainda com movimentos de rebelião nascido no bordo africano do Mediterrâneo serão meras coincidências ou exercícios especulativos...

Este movimento parece ser, essencialmente, a consequência directa, imediata, de um grande contingente de jovens que não conseguem aceder ao mercado de trabalho [a taxa de desemprego dos jovens espanhóis é superior a 40%...!]. Aparentemente é um movimento descoordenado, com um certo grau de irreverência e informalidade, mas pode estar preceder (ou a antecipar) uma eminente ruptura social.

As manifestações levadas a efeito pelo “Movimiento 15-M” têm sido pacíficas. Todavia, não deixam de ser a antecâmara de graves conflitos sociais. Conflitos reactivos às perdas que uma política de pesada austeridade provoca na maioria dos cidadãos.

O actual establishment político (e sindical) não deveria desvalorizá-los… A sua natural tendência é a disseminação a todas as cidades, vilas, etc., contagiando transversalmente todas as gerações em dificuldades. A grande maioria dos cidadãos!

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