Ocupada pelos nazistas desde 14 de Junho de 1940, Paris enfrentou graves problemas, como falta de gás, racionamento de energia elétrica e desabastecimento de alimentos: parte da população chegou a criar galinhas e coelhos para se alimentar. Paris, que outrora fora a capital das luzes, havia se tornado uma grande aldeia, pois suas ruas foram tomadas por charretes e bicicletas já que o metrô só operava durante a semana.
Durante os 52 meses de ocupação, cresceu o sentimento de revolta entre os moradores de Paris, que culminou no dia 25 de agosto quando a cidade foi desocupada. Os principais responsáveis pelo desfecho vitorioso do levante foram o general alemão Von Choltitz e o general francês Leclerc.
Von Choltitz era a autoridade máxima alemã em Paris e tinha carta branca para defender a cidade de uma invasão e também para destruí-la caso fosse preciso retirar-se. No entanto, após uma reunião com o ditador, o general constatou que Adolf Hitler não era mais um líder e sim um doente megalomaníaco. Dessa forma, Von Choltitz, contrariou as ordens para destruir a cidade e buscou contato com a resistência capitaneada pelo general Leclerc que por sua vez se juntou a Charles de Gaulle comandante da 2ª divisão blindada francesa, o que facilitou ainda mais a entrada das tropas na cidade.
A resistência que havia tomado forma no dia 19 de agosto finalmente chegou a Paris no dia 25. O general Von Choltitz foi capturado pelas tropas de Leclerc e não ofereceu resistência para assinar a rendição. As linhas telefônicas e as transmissões de rádio haviam sido interrompidas, o que deixou Hitler sem notícias sobre a situação da cidade. Em Berlim, o ditador perguntava "Paris está em chamas?", sem obter nenhuma resposta.
No dia seguinte, Charles de Gaulle liderou o desfile da Libertação na Champs-Elysées. Foi somente neste momento que os franceses conheceram o rosto de seu libertador. Algumas semanas depois, de Gaulle poderia concretizar a missão em que se lançara: libertar o país, restabelecer a República e organizar eleições livres e democráticas na França.
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