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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Convenção de Gramido realizou-se a 29 de Junho de 1847

Convenção de Gramido

Foi aqui que foi assinada a convenção do Gramido


Realizada a 29 de junho de 1847, a Convenção do Gramido (Valbom, Gondomar) foi imposta por forças militares estrangeiras - espanholas e inglesas -, para que os princípios de manutenção da monarquia defendidos pela Quádrupla Aliança de 1834 se mantivessem em Portugal. Assim, esta convenção entre os estrangeiros da Quádrupla Aliança e a Junta do Porto teve como objetivo a finalização da guerra civil ou revolta da Maria da Fonte e da Patuleia que em Portugal tinha oposto os Cartistas (defensores da Carta Constitucional outorgada em 1826 por D. Pedro IV) aos Setembristas (liberais radicais) entre 1846 e 1847.
Como reação da parte vencida às perseguições subsequentes à Convenção do Gramido surgiram em 1848 jornais contestatários ao regime cabralista e a Carbonária Portuguesa, situação que culminaria com a insurreição militar da Regeneração, em 1851. Os representantes das diferentes partes na Convenção do Gramido foram o general César de Vasconcelos (Junta do Porto), o marquês de Loulé (par do Reino), o tenente general D. Manuel de la Concha, conde de Cancellada e o coronel Buenaga (Espanha) e o coronel Wilde (Inglaterra). D. Manuel de la Concha, general das forças espanholas, tinha sido obrigado a defrontar o exército popular dirigido pelo conde das Antas para conseguir entrar no Porto e levar a cabo a pacificação materializada na Convenção de Gramido. As ações convencionadas foram as de ocupação da cidade do Porto e de Vila Nova de Gaia a partir do dia 30 de junho desse ano pelas forças armadas espanholas - que tinham entrado pelo Alentejo e por Trás-os-Montes - para pacificar o território, a rendição e entrega pacífica das armas por parte do exército da Junta do Porto sem exercício de represálias, com direito a conservarem os seus pertences e de circulação livre, o compromisso por parte das forças de intervenção em reforçar a condição dos oficiais do antigo exército Real e o zelar pela segurança dos habitantes portuenses e da sua propriedade por parte das forças Aliadas.

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