Há mais de cinquenta anos no coração do Porto, junto à velha Torre dos Clérigos, num pequeno e típico espaço a que carinhosamente chamamos " Cantinho da Rambóia" , nascíamos num parto feliz abençoado por uma noite de S. João!
Crescemos rodeados de alegria e boa disposição, sorvendo noitadas salpicadas de "marchas rapioqueiras" , saltando fogueiras, cheirando o alho e a cidreira.....e no resto inebriados, adormecíamos cansados nos braços da gente genuína que ainda bebia os últimos tragos do "Vinho da Clarinha" .......
Mais tarde já era dia, o trabalho esperava e "O carteiro" que chegava sempre das nove para as dez, trazia-nos boas novas. Chegava-nos a notícia de que a gente feita público nos ouvia e nos queria junto dela e nós "arrebitamos" no "Baile da D.Ester", saímos porta fora, corremos vilas e aldeias e a alegria connosco e as chulas, as marchas e os viras, as raízes da nossa música viajavam também além fronteiras.
Fomos deixando pelo caminho recordações sonoras que o tempo empoeirou no negro vinil e que o povo nos faz recordar nos seus terreiros de romarias e foliões!
Mas depois, quis o destino, o António deixou-nos e com ele a sua alegria contagiante e toda a sua arte de criar cantigas dedilhando a guitarra que ele adorava!
Resistimos à perda silenciosamente, pesarosos mas confiantes no legado que persistiria no tempo, nunca nos deixamos de encontrar e na garagem do Mário João, timidamente, voltamos a reviver os anos de sucesso em conversas alegres e divertidas em que a música voltava a fazer ouvir-se. Foram oito anos de encontros e serões cada vez mais regulares, em que a confiança e a vontade de voltar à estrada era cada vez maior.
Finalmente surgiu um convite irrecusável da produção do concurso" 1,2,3" da RTP, foi o pretexto desejado para se afinarem de novo os instrumentos e começarmos uma nova aventura que não sabíamos quando acabaria. O Manel Campanhã já se juntara ao grupo e a guitarra portuguesa fora substituída pela braguesa e o cavaquinho.
Hoje voltamos com o nosso sítio na Internet para dizer que velhos são os trapos. Voltamos na era digital dos discos compactos, da TV interactiva, mas apesar disso o conteúdo é o mesmo: alegria Q.B. e o entusiasmo de sempre numa homenagem ao génio que nos criou:
Para António Mafra, coração com coração
Crescemos rodeados de alegria e boa disposição, sorvendo noitadas salpicadas de "marchas rapioqueiras" , saltando fogueiras, cheirando o alho e a cidreira.....e no resto inebriados, adormecíamos cansados nos braços da gente genuína que ainda bebia os últimos tragos do "Vinho da Clarinha" .......
Mais tarde já era dia, o trabalho esperava e "O carteiro" que chegava sempre das nove para as dez, trazia-nos boas novas. Chegava-nos a notícia de que a gente feita público nos ouvia e nos queria junto dela e nós "arrebitamos" no "Baile da D.Ester", saímos porta fora, corremos vilas e aldeias e a alegria connosco e as chulas, as marchas e os viras, as raízes da nossa música viajavam também além fronteiras.
Fomos deixando pelo caminho recordações sonoras que o tempo empoeirou no negro vinil e que o povo nos faz recordar nos seus terreiros de romarias e foliões!
Mas depois, quis o destino, o António deixou-nos e com ele a sua alegria contagiante e toda a sua arte de criar cantigas dedilhando a guitarra que ele adorava!
Resistimos à perda silenciosamente, pesarosos mas confiantes no legado que persistiria no tempo, nunca nos deixamos de encontrar e na garagem do Mário João, timidamente, voltamos a reviver os anos de sucesso em conversas alegres e divertidas em que a música voltava a fazer ouvir-se. Foram oito anos de encontros e serões cada vez mais regulares, em que a confiança e a vontade de voltar à estrada era cada vez maior.
Finalmente surgiu um convite irrecusável da produção do concurso" 1,2,3" da RTP, foi o pretexto desejado para se afinarem de novo os instrumentos e começarmos uma nova aventura que não sabíamos quando acabaria. O Manel Campanhã já se juntara ao grupo e a guitarra portuguesa fora substituída pela braguesa e o cavaquinho.
Hoje voltamos com o nosso sítio na Internet para dizer que velhos são os trapos. Voltamos na era digital dos discos compactos, da TV interactiva, mas apesar disso o conteúdo é o mesmo: alegria Q.B. e o entusiasmo de sempre numa homenagem ao génio que nos criou:
Para António Mafra, coração com coração
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