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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

António Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, nasceu a 25 de janeiro de 1927

Tom Jobim
 
Nascido em 25 de janeiro de 1927, António Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o famoso Tom Jobim, foi um dos criadores do movimento da bossa nova. Praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical.

A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência impôs a Tom um contido ressentimento que resultou numa profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.

No início dos anos 50, Tom tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas. Até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental, onde trabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Nesta mesma, surgiram as primeiras composições, a primeira gravação foi de “Incerteza” em parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura.

Em seguida foi para a gravadora Odeon, porém não conseguia se dedicar à composição, que lhe interessava mais. Nesse época Tom compões alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia (primeiro sucesso), gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. E assim foram surgindo outras parcerias, com por exemplo, com a cantora e compositora Dolores Duran, na canção Se é por Falta de Adeus.

A parceria com Vinícius de Moraes começou em 1956 quando musicou a peça Orfeu da Conceição. Desde então Vinícius tornou-se um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. Foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: “Garota de Ipanema”. O maestro produziu tantos clássicos: “Samba do Avião”, “Só Danço Samba” (com Vinícius), “Ela é Carioca” (com Vinícius), “O Morro Não Tem Vez”, “Inútil Paisagem” (com Aloysio), “Vivo Sonhando”.

Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de “Matita Perê” e “Urubu”, lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo.

Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, são também destaques: Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque). Em 1991, Antônio Carlos Jobim se tornou era doutor honoris causa pela Universidade Nova de Lisboa / Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Em 1992 foi enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Seu último álbum, António Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte. Tom faleceu em dezembro de 1994, de parada cardíaca quando estava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.







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