Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
domingo, 22 de janeiro de 2012
Personagens e Personagens: Rainha Vitória
Alexandrina [ou Alexandra] Vitória, a rainha Vitória
Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e (1837-1901) e imperatriz da Índia (1876-1901) nascida no palácio de Kensington, Londres, cujo governo marcou um período da história dos britânicos conhecida como sociedade vitoriana. Última representante da casa de Hanôver, era a filha única de Eduardo, duque de Kent, e de Victoria Maria Louisa of Saxe-Coburg, sendo seu pai o quarto filho do rei Jorge/George III, e sua mãe irmã do rei Leopoldo, da Bélgica. Seu tio Jorge IV foi quem sugeriu o nome de Alexandrina em homenagem ao Czar da Rússia Alexandre II. Órfã do pai ainda bebé de oito meses de idade, e com a morte dos tios paternos, tornou-se herdeira do trono. Após enviuvar a Duquesa de Kent desenvolveu uma relação íntima com um ambicioso oficial irlandês, Sir John Conroy, que criou a princesa herdeira como se fosse sua filha, envolvendo-a com sua influência e dando-lhe uma educação formal, preparando-a para sua futura posição. Aos 18 anos e 27 dias sucedeu a seu tio Guilherme/William IV (1837) com o nome de Vitória I, em momento de enorme desprestígio da monarquia. Após a coroação (1837) mostrou logo sua autoridade como monarca ao expulsar Conroy da Corte Real, pela sua tentativa de mostrar poder sobre a rainha. Inicialmente apoiada pelos liberais, os whigs, nomeou então como primeiro-ministro o Lord Melbourne, a quem conhecia e admirava desde sua infância e tornou-se seu grande e particular conselheiro, a ponto das más línguas chamarem a rainha de Mrs. Melbourne. Porém a derrota no parlamento, a House of Commons, fez Lord Melbourne renunciar (1939) e sair de cena para a entrada no poder do líder dos troy como primeiro ministro, Robert Peel. Era costume quem as camareiras da Rainha fossem indicadas pelo partido político do governo. Peel pediu a Rainha que substituísse as senhoras dos Whig por senhoras dos Tory. Com a recusa real, Peel renunciou e Melbourne e os Whigs voltaram ao poder. Aderiu ao pensamento do nobre conservador bávaro Francis Albert Augustus Charles Emmanuel, o Príncipe Albert Saxe-Coburg (1819 - 1861), seu primo, quando este visitou Londres (1939), com quem se casou (1840) e teve nove filhos*, e que foi uma figura dominante em sua vida. Sua infundada acusação de que Lady Flora Hastings estava grávida de Sir John Conroy, enquanto na verdade ela sofria de câncer no fígado e morria alguns meses depois, foi exaustivamente explorada pelos jornais e a monarca se tornou muito impopular entre seus súditos, chegando inclusive a sofrer um atentado enquanto ela estava dirigindo sua carruagem em Londres. Outras seis tentativas de assassinato novamente aconteceram contra a Rainha (1842/1842/1849/1850/1872/1882). Lord Melbourne renunciou e a Corte apoiou a volta do líder conservador Sir Robert Peel, primeiro-ministro (1841-1846) e o Lord John Russell, seu sucessor. Hostilizou o liberal Lord Palmerston, acusando-o de tentativa de sedução contra uma de suas damas, no Castelo de Windsor. Muito popular entre os nobres do parlamento, Palmerston levou a derrubar Lord Russell, e assumiu a chefia do governo (1855) durante a guerra da Criméia (1853-1856) em que a aliança de britânicos e franceses derrotaram a Rússia. Após a morte do esposo (1861), vítima de febre tifóide, um duro golpe para a rainha, passou grande parte de seu tempo nas residências reais de Balmoral, na Escócia, e Osborne, na ilha de Wight, desinteressando-se temporariamente dos assuntos do governo. A reversão deste comportamento ocorreu depois da morte de Palmerston (1865) e a indicação de William Ewart Gladstone, líder dos Liberais na House of Commons, como Primeiro Ministro (1868). Depois da eleição do conservador tory Benjamin Disraeli para primeiro-ministro (1874), o favorito da rainha, e de ser coroada imperatriz da Índia (1876), o resto de seu reinado foi comandado por mandatos conservadores alternados entre Disraeli e seu sucessor, o Marquês de Salisbury (1885), e os do liberalWilliam Gladstone. Politicamente apoiou a legislação de reforma do sistema eleitoral (1867), aceitou a contragosto a secularização da Igreja Anglicana da Irlanda, trabalhou pela vitória eleitoral de Disraeli contra Gladstone (1874), dando-lhe total apoio ao segundo gabinete de Disraeli, durante o qual o imperialismo britânico chegou ao apogeu. Profundamente conservadora, adepta incondicional da noção do direito divino dos reis, antidemocrática e avessa às inovações tecnológicas, a prestigiada rainha morreu na casa dela, em Osborne, na Ilha de Wight, após o término vitorioso da guerra dos bôeres, na África do Sul. Seu senso de dever, honestidade e simplicidade, seus conceitos de dignidade, autoridade e respeito à família, marcaram um período da história dos britânicos conhecida como sociedade vitoriana. Seu exemplo de sua vida austera e formal, segundo rígidos princípios religiosos e éticos, influiu no terreno da moral e dos costumes e foram seguidos pela classe média do reino, e serviram para restaurar a dignidade e popularidade da coroa britânica e devolver o respeito a monarquia, cujo prestígio fora enfraquecido pelos excessos de seus antecessores. Ao longo de seu reinado o Império Britânico expandiu-se e floresceram as letras, ciências e artes, a indústria e o comércio. Em resumo, a Revolução Industrial, no século XVIII, tornara o Reino Unido a maior potência econômica do planeta, mas o país tinha perdido suas colónias na América do Norte, que proclamaram sua independência (1776). Porém, durante o longo reinado dessa rainha (1837-1901), o Império Britânico conquistou territórios na África e na Ásia. Na era vitoriana, o Reino Unido também experimentou mudanças sociais que muito beneficiaram seus cidadãos. Sob o governo conservador de Benjamim Disraeli e do liberal William Gladstone, o país aprovou relevantes leis sociais, reconheceu os sindicatos e ampliou a participação política dos cidadãos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário