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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Júlio Verne nasceu no dia de 8 de janeiro de 1828


 
Júlio Verne nasceu na cidade de Nantes (região francesa da Bretanha) no dia de 8 de janeiro de 1828. Ele e o seu irmão Paul (um ano mais novo) gostavam de brincar nas margens do rio Loire e conversar com os marinheiros. Júlio era apaixonado pelas histórias de países distantes, a tal ponto que, quando tinha 11 anos, resolveu fugir de casa. Pierre Verne, seu pai, conseguiu apanha-lo no porto de Poimboeuf, na primeira escala do navio. O pai queria que seus filhos seguissem a sua carreira de advogado e não marujo, como sonhava Júlio. Resultado: Júlio levou uma inesquecível surra de chicote.
O seu irmão tornou-se marinheiro e Júlio, que tinha a paixão pelos rios e pelas máquinas acabou a frequentar a faculdade de Direito e, aos 20 anos, foi para Paris para agradar o seu pai.
Em 1852, foi trabalhar como secretário do Teatro Lírico, e aí ficou por 2 anos. Nesse período, conheceu Honorine-Ane de Vianne, que era viúva e tinha duas filhas. Namoraram e, por fim, casaram-se em 1857. Ela não se interessava pelas mesmas coisas que ele, gostava mesmo era de participar de grandes recepções e vestir-se bem. Logo após o casamento, arranjou um emprego para trabalhar como corretor da bolsa de valores. No entanto, não esquecia a ideia de escrever romances que difundissem o conhecimento da tecnologia e do mundo.
Conheceu o fotógrafo Félix Nadar, apaixonado pelo balonismo, como toda Paris. Nadar era conhecido pelas suas aventuras com balões até que resolveu fazer um passeio com a mulher e mais 9 passageiros num enorme balão durante 16 horas, no qual um acidente com o pouso o fez quebrar as duas pernas. Mas esse facto não fez diminuir em Verne o desejo de escrever sobre máquinas, invenções e viagens pelo mundo. Pelo contrário, a partir daí passou a estudar muito as revistas científicas e livros que falassem dessas invenções.
Nadar marca um encontro entre Jules Helzel (editor) e Júlio Verne. Verne mostra-lhe os primeiros escritos sobre aventuras a bordo de balões. Mas Hetzel, depois de lê-los, mandou Verne voltar para casa e reescrevê-los, desta vez com aventura e emoção. Júlio reescreveu em duas semanas. O editor adorou porque continha sonhos e aventura, classificando como uma leitura prazerosa.
O livro foi chamado de "Cinco semanas num balão" e foi um verdadeiro sucesso. Assinou um contrato no qual teria que escrever dois livros por ano, pelos próximos vinte anos e depois prorrogado por toda a produção futura. Verne cumpriu o contrato durante 40 anos.
Passado algum tempo, Hetzel acompanhava frase a frase a obra de Verne. Ele, que era um viajante inveterado, fazia anotações durante as viagens que serviriam de base para os livros de Verne. Eram admiradores do meio de transporte mais revolucionário da época: o comboio.
Ler Verne significava sair em viagem e aventurar-se; para muitos, a única oportunidade. Ele descrevia minuciosamente os cenários, transportando o leitor dos pólos para o centro da terra. Descrição tão perfeita que o livro "Vinte mil léguas submarinas" serviu de inspiração para o oceanógrafo Jacques Costeau, que considera Verne a pessoas que o inspirou a explorar os mares.
Verne foi assediado a tal ponto que se mudou para uma mansão em Amiens (norte de Paris) para ter sossego e poder escrever. Escrevia também a bordo de seu barco, o Saint-Michel.
Tinha o costume de escrever dois, as vezes até três livros ao mesmo tempo. Escrevia sempre na página da direita, deixava a esquerda para corrigir o texto e raramente mudava a versão original, o que prova que ele era um redator fluente.
Os seus livros obedeciam a regras específicas, não ferindo de forma alguma a cultura católica da época. Eram considerados os melhores presentes de Natal.
Enquanto escrevia a série "A volta ao mundo em 80 dias", surgiu uma febre na população em comprá-los a tal ponto que as companhias de navegação ofereceram fortunas para que os personagens dos livros fizessem a última etapa num de seus navios.
Caiu em depressão na viragem do século, perdeu as coisas que mais amava: seu irmão, seu amigo e editor Hetzel e seus passeios de barco (pois não se equilibrava mais no convés).
Passou a ser severo com o filho e mandou-o para o reformatório. Mas, pelo contrário, foi muito carinhoso com um colega de ginásio de seu filho, Aristide Breand. Inclusive chegou a incluí-lo chamando-o de Briant como personagem principal do livro "Dois anos de férias", de 1888.
Júlio não deixou de escrever. Segundo sua própria declaração, queria chegar a sua centésima obra.
Em 1905, publica um livro sobre a ligação por um canal do deserto do Sahara ao mar Mediterrâneo, para transformar o deserto num lago.
Na noite de 24 de março de 1905 pediu o livro "Vinte mil léguas submarinas", perguntou pela mulher e os filhos, fechou os olhos e faleceu.

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