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domingo, 22 de abril de 2012
Hoje 22 de Abril é o Dia da Terra
A primeira luta a favor do planeta juntou, há 39 anos, 20 milhões de norte-americanos. Hoje em dia, o ambiente tornou-se moda e os especialistas portugueses admitem que os jovens estão mais atentos à defesa do local onde vivem. No entanto, ainda há sítios afundados em poluição. Amanhã, o dia será dedicado à defesa da Terra.
"Os mais jovens têm hoje maiores preocupações ambientais do que as gerações anteriores", diz ao DN Filipe Duarte Santos, professor catedrático da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa, admitindo que "se nota que todas as pessoas se estão a preocupar mais para diminuir a agressão ambiental".
Quem contribuiu para que hoje o ambiente esteja na moda foram 20 milhões de norte-americanos que há 39 anos saíram à rua para protestar em massa pelo direito a um ambiente mais sustentável e a um planeta mais saudável. Foi o primeiro passo para a criação do Dia da Terra, que se comemora amanhã em todo o mundo e que chamará a atenção para locais que hoje estão ainda afundados em poluição. Entre os dez piores (ver infografia) está a Rússia que tem actualmente quatro locais de poluição extrema, devido a fábricas de armamento da Guerra Fria e de produção de materiais pesados.
É por existirem casos destes, que os ambientalistas dizem ser importante comemorar o dia da terra. Susana Fonseca, presidente da associação ambientalista Quercus, Vitorino Soromenho-Marques, especialista ambiental, e Filipe Duarte Santos, concordam que este é um dia usado para mobilizar os cidadãos pela causa ambiental. "O Dia da Terra serviu para chamar à atenção numa altura em que o ambiente não era incluído em nenhuma agenda política e quando os problemas ambientais ainda eram apenas estudos científicos e dados", explica Soromenho-Marques.
Este dia serviu"para abrir consciências" e mostrar à sociedade civil que a mudança depende não só dos políticos mas também das próprias pessoas, defende, por seu lado, Susana Fonseca.
Num ano tão importante para o ambiente - com a realização da Earth Hour, das conferências de Bona (Alemanha) e com o encontro de Copenhaga (Dinamarca), que poderá definir o substituto do Protocolo de Quioto -, todos estão "com esperança" de que algo irá mudar, principalmente com as novas políticas ambientais por parte dos Estados Unidos chefiado por Barack Obama.
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