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quarta-feira, 25 de julho de 2012
A partida da armada para a conquista de Ceuta deu-se a 25/07/1415
No Verão de 1415 a armada encontrava-se pronta para zarpar do porto de Lisboa, tendo a partida sido atrasada pela morte, a 19 de Julho, da Rainha D. Filipa. A expedição acabou por levantar âncora no dia 25 de Julho. Desconhece-se o número exacto de navios e de homens que a compunham, mas tudo indica que os valores se cifrariam em dezenas de embarcações e alguns milhares de soldados.
A armada rumou primeiramente ao Algarve, tendo sido apenas em Lagos, no dia 28 de Julho, que o objectivo da empresa foi finalmente divulgado. Afectada por calmarias, a expedição apenas abandonou o Algarve nos primeiros dias de Agosto. Dispersas por uma tempestade, algumas embarcações avistaram Ceuta no dia 13 de Agosto, antes de a armada se ter reagrupado em Algeciras, reunindo-se o conselho para determinar a forma de investida sobre a cidade, enquanto esta, avisada do ataque iminente, era reforçada por efectivos militares das vizinhanças.
O desembarque decorreu no dia 21 de Agosto, com o assalto à praia de Almina, tendo os defensores muçulmanos sido facilmente derrotados. Perante a debandada das forças inimigas, a vanguarda do exército português, liderada pelos infantes D. Duarte e D. Henrique, prosseguiu a sua ofensiva, conseguindo penetrar as defesas da cidade, antes de ser reforçada pelo corpo principal da expedição. Após algumas horas de combate nas ruas, a cidade foi controlada pelos atacantes, tendo o castelo sido abandonado sem luta pelos seus defensores.
No final do dia 21 de Agosto de 1415 Ceuta encontrava-se efectivamente conquistada pelas forças portuguesas. A semana seguinte, assistiu, com a presença de D. João I, à sacralização da grande Mesquita, convertida em igreja, e ao ritual solene de armar cavaleiros os infantes e muitos dos fidalgos que haviam participado na batalha. A conquista originou, no entanto, um debate sobre se a cidade deveria ser ocupada permanentemente ou abandonada após o saque. Face a esta situação prevaleceu a vontade régia, favorável à primeira opção, dado que, para D. João I, a conquista de uma cidade no seio do território muçulmano era uma forma de consagração da nova dinastia, facto que o levou a intitular-se Senhor de Ceuta.
Decidida a manutenção da praça, a sua capitania foi entregue, após a recusa de figuras como o condestável Nuno Álvares Pereira e o marechal Gonçalo Vasques Coutinho, a D. Pedro de Meneses, conde de Viana, comandando uma guarnição de 2500 homens.
A notícia da conquista, levada a cabo pelo rei de Portugal, foi rapidamente divulgada cumprindo, neste sentido, o seu objectivo de elevação do peso do Reino, perante a Santa Sé e perante os Reinos da Cristandade.
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