No começo do ano 100 a.C., todos os habitantes de Herculaneum passaram a ser cidadãos Romanos.
Localizada a oito quilômetros ao sul da Baía de Nápoles, na Itália, Herculaneum, assim como sua vizinha Pompéia, tornou-se uma colónia de férias para os ricos e poderosos Romanos, que ali construíram casas de banho, teatros e lojas.
A cidade ganhou então uma malha de ruas pavimentadas com calçadas, um fórum, que ficava bem no centro dela, uma basílica e muitas mansões para abrigar e divertir os Romanos endinheirados.
As edificações mais importantes, como a Casa de Neptuno e Amphitrite, eram adornadas com estátuas de mármore e bronze, pisos e paredes com mosaicos e pinturas.
A grande maioria das residências encontradas neste sítio arqueológico data do século III a.C., tendo pertencido a apenas uma família.
A prosperidade deste paraíso romano foi abalada no ano 63 d.C., quando um forte terremoto abateu a cidade, destruindo-a quase que por completo.
Mas o pior viria tempos mais tarde, mais precisamente em 24 de agosto de 79 d.C., ano em que o Vulcão do Monte Vesúvio entrou em erupção e cobriu Herculaneum e Pompeia com lava e lama fervente.
Cerca de quatro mil habitantes conseguiram escapar do desastre, mas a cidade ficou coberta por uma espessa camada de quinze metros de lama.
Todos os prédios foram completamente carbonizados, o que permitiu a preservação de utensílios domésticos como vasos de cerâmica, cordas, roupas, móveis e até documentos que não deterioraram com o passar dos anos.
Herculaneum foi encontrada por arqueólogos em 1709 e desde 1738 acontecem escavações em diferentes pontos deste sítio, que hoje se mistura com uma cidade chamada Resina, fato que vem atrapalhando e atrasando muito o trabalho das expedições que investigam o local.
Muitos objectos e obras de arte encontrados em Herculaneum estão expostos no Museu Nacional de Nápoles.
A cidade de Pompeia, situada ao sul da Itália, à vinte e dois quilómetros de Nápoles, foi, no passado, uma das maiores cidades romanas, em beleza e riqueza.
Foi fundada setecentos anos antes de cristo, sua cultura era muito influenciada pelos etruscos e os gregos, mas foi no apogeu do império romano que Pompeia viveu seus dias de glória, factos que antecederam sua tragédia.
Foi a partir dos vinte anos depois de cristo que a cidade começou a expandir sua beleza, prestígio e riqueza, interrompendo, pela primeira vez durante um terremoto em 62 d,c., destruindo uma parte da cidade. Talvez esse fato tenha influenciado na decisão de pessoas que poderiam ter fugido a tempo do que estava para acontecer, uma das maiores tragédias que o mundo antigo conheceu.
Em 24 de agosto do ano 79 d.c., a cidade foi destruída pelo vulcão Vesúvio que entrou em erupção e lançou suas lavas em direção a cidade, além das lavas, o vulcão também foi responsável por uma chuva de cinzas e pedras que destruiram todos os telhados das casas, obstruindo as portas de algumas pessoas que acabaram ficando presas dentro de suas casas enquanto as lavas encobriam toda a cidade.
Muitos séculos depois, um homem descobriu um dos muros da cidade e, durante os anos seguintes, os arqueólogos se encarregaram de fazer escavações e pesquisas, revelando os costumes e toda a vida da época, isso porque as lavas que cobriram os objectos, conservaram-se durante todos esses séculos.
No caso dos corpos, o fenômeno foi mais assustador, depois de cobrir os corpos, o calor da lava destruiu todos os ossos, derretendo a carne, solidificando rapidamente em seguida, deixando a forma de seus corpos na maneira exacta como estavam, no momento da tragédia.
Para os estudiosos e a todas as pessoas que conhecem as ruínas e vêem os corpos, esse é o registro mais assustador da história que se teve conhecimento até hoje. È difícil para uma pessoa, não se emocionar com os corpos petrificados.
A chuva de pedras incandescentes, cinzas, lava e poeira destruiram toda a cidade matando cerca de 30 mil pessoas, constituindo-se na maior tragédia natural registrada no mundo antigo. As cidades de Herculano e Stábia não tiveram melhor sorte.
Após a tragédia, ainda houve, por parte do governo romano, esforços no sentido de realizar escavações, mas com a tecnologia da época, acabaram desistindo, assim, a cidade acabou ficando esquecida durante séculos, sendo conhecida apenas por registros escritos.
Quis o destino que séculos depois, no século dezoito, acidentalmente, toda a história fosse descoberta e contada para as gerações posteriores.
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