Agora era a vez de Nagasaki experimentar o fulminante efeito de um bombardeio nuclear. O segundo ataque contra o Japão teve por finalidade aniquilar a cidade, estrategicamente reconhecida como a principal base militar nipónica. Diante da impotência em resistir às investidas americanas, restou ao Japão contabilizar seus milhares de mortos, feridos e desaparecidos. A atrocidade foi criticada pela opinião pública e tida como uma ação desnecessária contra a população civil japonesa. O governo americano defendeu-se, alegando tratar-se da forma mais rápida de encerrar a Segunda Guerra. De fato, em poucos dias o Japão assinaria a capitulação, aceitando a derrota e as condições de paz impostas pelos aliados. Mas as sequelas dos ataques se manteriam por gerações, registadas em milhares de novas mortes por contaminação radioativa.
Além do interesse militar, a escolha de Hiroshima e Nagasaki teve um sentido político-económico. Detentoras de grandes parques industriais, seriam uma ameaça aos planos americanos de liderar e financiar a reconstrução do mundo.
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