Em Novembro de 1947 a Assembleia Geral das Nações Unidas (NU) votou a favor da divisão da Palestina em dois estados, um Judeu e um Árabe, sendo que o estado Árabe seria constituído por 44% da terra dividida. Evidentemente a partição não foi aceite pelos líderes Árabes o que conduziu à guerra civil de 1947-1948, sendo que a 14 de Maio de 1948 Israel declarou a sua independência. De então para cá Israel travou uma série de guerras com os estados Árabes seus vizinhos e cujo resultado é o controlo de diverso território para além do que havia sido delineado no Armistício israelo-árabe de 1949.
Durante todo o conflito e o processo de negociação israelo-árabe os Palestinianos foram aqueles que mais concessões fizeram, constantemente humilhados na mesa das negociações, constantemente humilhados no conflito bélico, constantemente humilhados perante os seus pares do mundo árabe e perante a comunidade internacional.
Ontem o estado Árabe que deveria ser constituído por cerca de 44% do território pediu nas Nações Unidas o reconhecimento de um Estado com cerca de metade da dimensão reconhecida em 1947.
Pouco a pouco Israel vai-se apoderando de território árabe, a pouco e pouco vai anexando território com a justificação de que é território sob sua jurisdição e que anteriormente a essa situação não era território atribuído a um estado reconhecido.
Para mim é por demais evidente que se a votação de 1947 optou pela criação de dois estados na Palestina atribuindo a Israel 56% do território, então os restantes 44% serão território do estado que deveria haver sido reconhecido, e não para ser anexado a seu bel-prazer.
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