Benvenuto Cellini
Escultor e ourives italiano, Após um duelo que provoca escândalo, instala-se em Roma e, ao cabo de dois anos, consegue que o papa Clemente VII o fixe e lhe faça uma encomenda. Durante o assédio de Roma pelo condestável de Bourbon (de cuja morte Cellini se vangloria), refugia-se no Castelo de Sant’Angelo com outros defensores do papa e bate-se valorosamente. De seguida viaja por Mântua e Florença e volta a Roma, onde trabalha com Miguel Ângelo. Nesta época tem inúmeras aventuras, duelos e escândalos. Paulo III tira-o de um apuro dando-lhe um salvo-conduto, mas pouco depois fá-lo encarcerar como suspeito de ter roubado parte do tesouro papal durante o assalto ao Castelo de Sant’Angelo. A influência do cardeal Ferrara e de Francisco I de França tiram-no da prisão.
Em 1540 viaja para Paris, onde trabalha durante cinco anos como ourives. Data desta época, ao que parece, o magnífico saleiro de ouro conservado em Viena. Na corte de Francisco I e do seu sucessor, Henrique II, faz a maravilhosa estátua de A Ninfa de Fontainebleau, actualmente no Museu do Louvre. De volta a Florença é protegido por Cosme de Médicis, que o encarrega da sua obra mais notável, o Perseu, estátua de bronze. A extraordinária fama de que goza Cellini procede não só da sua habilidade como ourives e escultor, mas também da sua hábil autopropaganda. Neste sentido são notáveis as suas Memórias, em que recolhe, com um cinismo ingénuo, as suas aventuras, as suas velhacarias e, inclusive, os seus crimes.
Obras de Benvenuto Cellini
Sem comentários:
Enviar um comentário