Dedico-lhe um fadinho daquele tempo, onde poderá encontrar toda uma filosofia económica, para partilhar com o seu super ministro tótó .
Três palmos de terra,
com uma casa à beira,
E o Manel mais eu
para vida inteira!
Ele e quatro filhos
são tudo o que eu gosto,
Gente mais feliz
não há neste mundo, aposto!
Vamos pra o trabalho,
logo ao clarear,
E de sol a sol,
vá demorejar,
Tenho a vida cheia,
tenho a vida boa,
Que Deus sempre ajuda
a quem é boa pessoa!
Quando chega a tarde,
tarde tardezinha,
Já o jantar fumega
na lareira da vizinha.
Os filhos sorriem,
o Manel também,
Não há melhor vida
que aquela que a gente tem!
Os sinos ao longe
dão Ave-Marias,
Reza-se a oração
de todos os dias.
Menino Jesus,
meu botão de rosa,
Faz que a minha gente
não seja má nem vaidosa!
Menino Jesus,
boquinha de riso,
Faz que a minha gente
seja gente de juízo!
Acabada a reza,
vai-se pra o jantar,
Se alguém bate à porta,
também tem lugar,
Come do que há,
tarde tardezinha,
Mesmo ali, à beira
da lareira da cozinha.
Os filhos sorriem,
o Manel também,
Não há melhor vida
que aquela que a gente tem!
Não invejo nada,
nem quem tem dinheiro,
Pois pra trabalhar
tem-se o mundo inteiro.
Basta só fazer
o que se é capaz.
E a felicidade está
naquilo que se faz.
E assim vou andando,
com a graça de Deus,
Em paz e amor
com todos os meus,
Trabalho não falta,
todo santo dia,
Mas o coração,
chega à noite,
uma alegria!
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