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domingo, 29 de março de 2015

Alfredo da Assunção Dinis nasceu em Lisboa, na freguesia de Marquês de Pombal, a 29 de março de 1917



Alfredo da Assunção Dinis nasceu em Lisboa, na freguesia de Marquês de Pombal, a 29 de março de 1917 e morreu, assassinado pela Pide em Bucelas a 4 de julho de 1945, quando tinha 28 anos!
Filho de José Lobato Dinis e de Cardra da Assunção Dinis, viveria no Beco de João Alves, na Ajuda, até ser preso em 1938.
Começa a trabalhar como operário metalúrgico na Parry & Son, ao mesmo tempo que estudava à noite numa escola industrial, tirando o curso de desenhador.
Em 1936 adere às Juventudes Comunistas e ao Socorro Vermelho Internacional, tendo uma activa militância num Comité de Zona de Lisboa e no Comité Local.
Do seu pseudónimo de organização, Alexandre, ficará apenas o diminutivo “Alex”.
No dia 25 de Agosto de 1938 é preso às 7h30 da manhã, no Cais do Sodré e o motivo da sua captura não deixa dúvidas “Por ordem superior dos Serviços Secretos”.
Julgado a 8 de Março de 1939, no Tribunal Militar Especial, ao todo cumpre 18 meses de cadeia, acrescido de um período de 5 anos de suspensão dos direitos políticos. A 21 de Março do mesmo ano dá entrada no Depósito de Presos de Peniche, onde cumpre a restante pena.
Entre 1941 e 1942 é responsável da célula da Parry & Son e pelo Comité Local de Almada. No final de 1942, sendo responsável pela organização local, é um dos impulsionadores das greves ocorridas em toda a Região de Lisboa.
Em 1943 é chamado a fazer parte do Comité Regional de Lisboa e em Julho e Agosto desse ano é, uma vez mais, o grande organizador e impulsionador das greves que se verificam na Região de Lisboa e na Margem Sul, em que participam cerca de 50 mil trabalhadores.
Pouco depois, entra na clandestinidade, escapando à onda repressiva que se abate sobre a região.
Ainda em Novembro de 1943 é eleito para o Comité Central do PCP, no seu III Congresso (I Ilegal).
A sua actividade leva-o a estar presente nas organizações regionais de Lisboa, Margem Sul e Ribatejo e, em 1944, está novamente na condução das greves de 8 e 9 de Maio, pertencendo ao Comité Organizador das Greves, naquela que ficaria como a “Greve do Pão”, onde participaram milhares de operários e camponeses.
Em 1945 foi eleito para a Comissão Política do Comité Central e, pouco depois, a 4 de Julho, foi assassinado a tiro por agentes da PVDE, na estrada que liga Bucelas, no concelho de Loures, a Sobral de Monte Agraço, mais precisamente na localidade de Bemposta, Estrada Nacional 115, ao quilómetro 71,2.
Alfredo Dinis participou ativamente na organização das greves de Novembro de 1942 na margem Sul do Tejo, de julho e agosto de 1943 e de 8 e 9 de maio de 1944, e nas manifestações da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
Foi assassinado pela brigada do inspector da PIDE José Gonçalves, em 4 de julho de 1945, na estrada de Bucelas, no concelho de Mafra, quando se dirigia para uma reunião clandestina com Joaquim Campino e António Dias Lourenço.

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