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sexta-feira, 24 de abril de 2015

A 24 de Abril de 1917 – Morre o escritor português Abel Botelho

Abel Botelho - Pintura de Columbano

Abel Acácio de Almeida Botelho nasceu em Tabuaço, distrito de Viseu em 23 de Setembro de 1855, filho de um militar e de uma senhora descendente de lavradores abastados. Tendo o pai falecido prematuramente, Abel Botelho ingressou no Colégio Militar como pensionista do Estado, tendo aí estudado de 1867 a 1872. Saiu do colégio com o posto de aspirante, matriculando-se na Escola Politécnica. Casou em 1881 com uma senhora de origem nobre. Abel Botelho começou por escrever poesia, tendo publicado em 1885 no Porto a colectânea Lira Insubmissa. Seguiu entretanto a carreira das armas, chegando a coronel em 1906. Foi nesse ano nomeado Chefe do Estado Maior da 1.ª Divisão Militar. Em 1911 passa à situação de adido, desempenhando funções diplomáticas no Ministério dos Negócios Estrangeiros até à sua morte ocorrida na Argentina em 1917. Foi por influência sua que a Argentina se tornou o primeiro país a reconhecer o regime republicano em Portugal. Abel Botelho colaborou em várias publicações, de que se destacam O Século, O Dia, O Ocidente, A Ilustração, a Revista Literária e O Repórter (que chegou a dirigir). Com o romance O Barão de Lavos (1891), Abel Botelho inicia o ciclo que intitulou de «Patologia Social», pretendendo com este ciclo criticar os vícios da sociedade. Desta forma se insere na chamada literatura naturalista.




Adaptado de um conto de Abel Botelho, Mulheres da Beira foi o primeiro filme de Rino Lupo para a Invicta. Com exteriores filmados na região de Arouca, o filme destaca-se pela força realista das imagens, numa história rural de excessos melodramáticos em que se destaca a fotogenia e a intensidade de Brunilde Júdice no papel principal. As duas principais novidades deste restauro são relativas às cores - é a primeira cópia restaurada com as tintagens e viragens originais (até aqui, as preservações foram sempre a preto e branco) -- e à montagem, permitindo apresentar agora uma versão mais aproximada da cópia estreada em 1923 (foram incluídos cinco planos novos e foi reposta a ordem narrativa de todo o material existente).
Em 2007, o musico arouquense Ivo Brandão é convidado por João Rita, director do AroucaFilm Festival, a musicar este filme para a quinta edição deste certame. Este foi o resultado.

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