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segunda-feira, 27 de julho de 2015

A 27 de Julho de 2004 - Morre Fernando Luso Soares, advogado e escritor, 80 anos.


Fernando Luso Soares, de seu nome completo Fernando Augusto de Freitas Motta Luso Soares, nasceu em Alenquer aos 2 de Março de 1924 e faleceu em Lisboa aos 27 de Julho de 2004.
Licenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1947, tendo iniciado a sua actividade profissional como Delegado do Procurador da República, em Coruche. Foi entretanto destacado para a Polícia Judiciária de Lisboa, onde exerceu as funções de Inspector.
A partir de 1956, em regime de licença ilimitada, iniciou o exercício da Advocacia, que abraça para o resto da vida. A par da sua actividade de Advogado foi ficcionista, ensaísta e dramaturgo.
A partir do ano lectivo de 1977-78 lecciona na Faculdade de Direito de Lisboa, o que se verificou até 1992, assegurando as disciplinas de Teoria Geral do Direito Civil, Processo Civil Declarativo, Processo Civil Executivo e Processo Penal. Posteriormente regeu Processo Civil Declarativo e Filosofia do Direito no Departamento de Direito da Universidade Moderna de Lisboa.
Obteve o grau de Mestre na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa aos 30 de Janeiro de 1986. No âmbito da Ordem dos Advogados, por múltiplas vezes incorporou júris de agregação.
Da sua bibliografia jurídica destacam-se, entre outros, os seguintes trabalhos: Uma Introdução Crítica ao Estudo do Processo Penal. O Processo Penal como Jurisdição Voluntária (Almedina, 1981); O Agravo e o seu Regime de Subida (Almedina, 1982); Processo Civil de Declaração. História – Teoria – Prática (Almedina, 1985); A Responsabilidade Processual Civil (Dissertação de Mestrado, Almedina, 1987); Tópicos e Sumários de Processo Civil, vol. I (s.e., 1991); e A Decisão Judicial e o Raciocínio Tópico-Abdutivo do Juiz. Um Ensaio de Lógica para Juristas (Cosmos / Arco-Íris, 1993).
No que, por seu turno, respeita à sua obra literária refiram-se, por exemplo, os títulos seguintes: Crime a Três Incógnitas (distribuição da Agência Portuguesa de Revistas, 1953); O Crime de um Fantasma (distribuição da Portugália-Editora, 1954); O Mais Inteligente dos Estúpidos (s.e., 1956); O Quinto Império. Ensaio sobre a Anatomia da Esperança (Separata do Tempo Presente. Revista Portuguesa de Cultura, n.os 17-18, II ano, Set.-Out., 1960); O Juiz e a Pedra. Contos (Verbo, 1960); Tentação Escarlate com Eficácia em Cor de Burro quando Foge. Carta Aberta ao Escritor Mário Braga a Propósito da sua Crítica em Vértice ao meu Livro O Juiz e a Pedra (s.e., 1960); O Parque dos Camaleões. Contos (Aga, 1962); Os Cavalos Marinhos. Drama (Guimarães, 1963); Vontade de ser Ministro (Cronos, 1965); A Outra Morte de Inês (Peça em 14 episódios) (Europa-América, 1968, levada à Cena pelo Teatro Estúdio de Lisboa – Companhia de Luzia Maria Martins e Helena Félix, 8.ª Temporada, 1971-72); Cadáver Adiado que Procria. Carta ao Arqueológico João Gaspar Simões (Cronos, 1969); Literatura. Dialéctica. Estrutura. Ensaios (Cronos, 1971); António Vieira (Jornal do Fundão, 1973; Cosmos, 1997); Teatro Vanguarda. Revolução e Segurança Burguesa (Edições Afrodite, 1973); Grandezas e Misérias num Sonho de Maiorais de Gado (edição clandestina, 1973, levada à cena pelo Grupo T. A. P., com estreia em 9 de Abril de 1975 na Academia de Santo Amaro); A Novela Policial-Dedutiva em Fernando Pessoa (Diabril, 1976); e O Poeta era um Fingidor (Cosmos, 1999).
Fernando Luso Soares foi porém – acima de tudo – Causídico.

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