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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A 21 de Outubro de 1805 - Morreu Horacio Nelson



No dia 21 de Outubro de 1805, o almirante inglês Horácio Nelson morre em plena Batalha Naval de Trafalgar. Nelson destacou-se durante as Guerras Napoleónicas e conquistou a sua maior vitória na célebre batalha que o levou à morte.
A bordo da embarcação Raisonnable, o jovem Nelson tornou-se grumete aos 12 anos e foi promovido a capitão aos 20 anos, na fragata Hinchinbrooke.
Em 1794, após o cerco de Calvi, no qual perdeu um olho, participou das batalhas do Cabo de São Vicente e de Santa Cruz de Tenerife. Nelas lutou contra o exército espanhol aliado da França, o que lhe custou o seu braço direito, mas rendeu-lhe o posto de contra-almirante, por ter tomado dois navios inimigos.
Em 1 de Agosto de 1798, surpreendeu a frota francesa do Leste, que fugia de Aboukir, reduzindo-a a nada, condenando ao fracasso toda a expedição que rumava para o Egipto, comandada pelo general Napoleão Bonaparte. Dirigiu-se em seguida a Nápoles, enquanto, na França, a dinastia Bourbon acabava de começar a guerra com os grupos que contestavam o seu poder.
Nelson travou, então, uma ligação tumultuosa com Lady Hamilton, esposa do embaixador britânico, e também denunciou o armistício concluído pelo Cardeal Ruffo em comunhão com os revolucionários. Forçou-os à rendição incondicional e mandou prender o almirante Caracciolo.
Nomeado vice-almirante, barão do Nilo, duque de Bronte e par da Grã Bretanha, bombardeou Copenhaga e destruiu a frota dinamarquesa em 2 de Abril de 1801. Quando a Inglaterra estabeleceu uma terceira coligação contra a França, retomou o comando da esquadra do Mediterrâneo e impôs o bloqueio da frota francesa em Toulon durante 22 meses.
Quando o almirante Villeneuve, comandante da frota francesa, conseguiu romper o cerco, dirigindo-se às Antilhas, Nelson retornou apressadamente à Europa com o objectivo de desimpedir o canal da Mancha. Ao assumir o comando da frota do Mediterrâneo a bordo da nau HMS Victory, passou mais de dois anos a navegar, só retornando a Merton, Inglaterra, por obrigações de saúde.
Em 13 de Setembro de 1805, após dois meses de recuperação, é convocado para lutar contra as frotas francesa e espanhola que se tinham aliado e refugiado no porto de Cádiz. Nelson parte então para a batalha, ignorando que esta seria a sua derradeira. Napoleão havia novamente reunido forças para invadir as Ilhas Britânicas, contando com uma frota de 33 navios composta por soldados franceses e espanhóis.
Em 19 de Outubro as frotas francesa e espanhola deixaram Cádiz e Nelson, a bordo do navio Victory e ao lado de 27 embarcações inglesas, enfrenta-as. Pouco antes de começar a batalha, o almirante envia uma das suas últimas mensagens codificadas à frota. “England expects that every man will do his duty” (A Inglaterra espera que cada homem cumprirá com o seu dever). Esta frase tornar-se-ia imortalizada no acervo popular britânico, sendo citada, parafraseada e referenciada até aos dias de hoje.
Em Trafalgar, a estratégia vitoriosa de Nelson consistiu em alinhar as suas embarcações em várias colunas, a fim de que, a cada lado de um navio francês passassem dois ingleses. Depois de destruir o navio francês Bucentaure, o Victory defrontou-se com o Redoutable, que contra atacou, causando a morte de um dos marinheiros mais conceituados da história.
Uma bala de mosquete, disparada por um atirador desde a gávea do Redoutable, alcançou o almirante, atravessando um pulmão e alojando-se finalmente numa vértebra. Nelson caiu sobre o piso da ponte de comando e, ao ser transportado para a cabine, disse: “finalmente, acabaram comigo”. No entanto, para evitar que a tripulação se desmotivasse a cara de Nelson foi coberta com um pano, encobrindo seu sofrimento.
A batalha prolongou-se por mais três horas, o almirante Nelson morreu sabendo que tinha alcançado a sua maior vitória. As suas derradeiras palavras foram: “Graças a Deus, cumpri com meu dever”. Após o pronunciamento, perdeu a consciência e foi declarado morto, às 16h30 do dia 21 de Outubro de 1805.
O Victory seguiu rumo a Gibraltar, carregando o corpo de Nelson que se mantinha conservado num barril de conhaque. O cadáver foi então enviado para Londres e enterrado na catedral de S. Paulo.


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