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sábado, 2 de janeiro de 2016

A 02 de Janeiro de 2012 - Morreu Beatriz Vicência Bandeira Ryff


Beatriz Vicência Bandeira Ryff, escritora brasileira e militante dos direitos humanos, morreu no Rio de Janeiro em 2 de Janeiro de 2012. Nascera na mesma cidade em 8 de Novembro de 1909.
Começou a escrever poesia aos 9 anos de idade. Na década de 1930, militou no Partido Comunista Brasileiro ao lado do seu futuro marido, o jornalista Raul Ryff. O casal conhecera-se nas fileiras do PCB, sendo o facto mencionado por Graciliano Ramos no seu livro “Memórias do Cárcere”.
Em 1936, foi presa pela ditadura do Estado Novo, sendo companheira de cela de Nise da Silveira, Maria Werneck e Olga Benário. Exilada depois no Uruguai, voltou ao Brasil em 1937. Militou na Federação de Mulheres do Brasil.
Foi professora no Conservatório Nacional de Teatro mas, em 1964, depois do golpe que instaurou o Regime Militar no Brasil, foi demitida. Pediu asilo político à Jugoslávia, juntamente com o marido. Mais tarde, os dois mudaram-se para a França.
Regressou de novo ao Brasil em 1967, ajudando a fundar o Movimento Feminino pela Amnistia e Liberdades Democráticas. Teve três filhos: o jornalista Vitor Sérgio Ryff, o economista Tito Ryff e o físico Luiz Carlos Ryff.
Em 2011, participou na homenagem póstuma prestada ao seu companheiro de mais de cinquenta anos, no Auditório Óscar Guanabarino, na Academia Brasileira de Letras, por ocasião do centenário do seu nascimento.
Além de recolhas de poesia, Beatriz Bandeira publicou dois livros de memórias: “A Resistência – Anotações do Exílio em Belgrado” e “Antes que seja tarde”. Faleceu aos 102 anos.

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